LANÇADA CAMPANHA DE MOBILIZAÇÕES

Patrícia, Pedrini, Gegê, Barela e Cavalli no ato na sede da Apeoesp
De São Paulo (SP) - Mesmo enfrentando uma conjuntura de acentuada desmobilização popular, com as atenções voltadas para o processo eleitoral, algumas entidades ligadas à Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) lançaram ontem, dia 10, sua campanha de mobilizações visando as lutas neste segundo semestre de 2010.

Houve a distribuição de panfletos durante a tarde na Praça da Sé e, à noite, no auditório do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), num breve ato, foi discutida a criminalização dos movimentos sociais.


Segundo dirigentes da central sindical, que bate de frente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e tem posição crítica contra o governo de Lula, ocorreram manifestações neste dia 10 – que eles intitularam Dia Nacional de Luta – também em outras capitais como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza e Belém. Nesta quinta-feira, dia 12, está marcado um ato promovido pelos aposentados, na cidade paulista de São José dos Campos e, na próxima semana, dia 18, haverá um protesto na Praça da Estação, centro de Belo Horizonte.

Estão previstas ainda mobilizações na campanha salarial dos metalúrgicos paulistas (data-base em setembro), principalmente em cidades cujos sindicatos não são ligados à CUT, como São José dos Campos, Campinas, Limeira, Santos, São Caetano do Sul, Tatuí e São Carlos. Há também previsão de ações a serem promovidas pelos movimentos por moradia.


Ações judiciais e repressão policial

Toda movimentação gira em torno das seguintes bandeiras: “Aumento real de salários; redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais sem redução de salários; pela derrubada do veto de Lula ao fim do fator previdenciário; em defesa dos serviços públicos e direitos sociais da população; não à criminalização e à violência policial contra os movimentos sociais; pelo pleno direito de greve; e por terra, trabalho e moradia”.

Durante o ato na sede da Apeoesp, Paulo Barela, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, destacou a utilização de ações judiciais contra grevistas e militantes no processo de criminalização dos movimentos sociais – processo reforçado pela atuação dos meios de comunicação -, bem como a repressão policial, a exemplo do ocorrido na greve dos servidores da Justiça (ver matéria neste blog “Frente do fórum em SP vira praça de guerra”, postada em 08/07/10). Na zona rural, o quadro é ainda pior, com a ocorrência de prisões, espancamentos e assassinatos.

Falaram também Patrícia Alves, da Liga Estratégia Revolucionária (LER), Paulo Pedrini, da Pastoral Operária, e Aníbal Cavalli, da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp). Os trabalhos foram dirigidos por José Geraldo Correa (Gegê), da Secretaria Executiva Estadual da CSP-Conlutas.

Comentários

Anônimo disse…
É bom saber que no Brasil, as lutas sociais ainda respiram!
É prazeroso ler as reportagens do EVIDENTEMENTE! Sempre atuais, dando a importância merecida aos problemas de nosso Brasil! Sempre Avante companheiro Jadson!