JOSÉ RAINHA DÁ NOTA 9,5 A PROTÓGENES

Rainha exalta o trabalho do delegado da PF contra a corrupção

De São Paulo (SP) – O delegado Protógenes Queiroz inaugurou na quinta-feira, dia 22, seu comitê eleitoral na capital paulista (Rua Domingos de Morais, 1765 – Vila Mariana). Teve uma noite de casa cheia. Ele é candidato a deputado federal pelo PC do B depois de ganhar enorme notoriedade ao dirigir a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, a qual resultou em duas prisões (com solturas imediatas) do banqueiro Daniel Dantas.




Muitos amigos, candidatos a deputado estadual (como a cantora Leci Brandão) e alguns parlamentares, além de dirigentes do PC do B, participaram do evento. Marcaram presença também o candidato ao Senado na chapa liderada pelo PT, Netinho de Paula (popular cantor de pagode e vereador da capital pelo PC do B), Fernando Costa, presidente da Uniesp (União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo, importante órgão privado de ensino), e José Rainha, conhecido líder do movimento dos sem-terra, hoje atuando fora dos quadros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, o MST (sua mulher, Deolinda Alves de Souza, é candidata a deputada estadual pelo PC do B).



Protógenes discursa na inauguração do seu comitê 
Ao discursar, Rainha brincou dando nota 9,5 a Protógenes. E justificou: não dava nota 10 porque o delegado, apesar de ter prendido um banqueiro, não prendeu nenhum latifundiário. Mas o líder da luta pela terra foi corrigido pelo vereador Jamil Murad (PC do B): ele lembrou que Daniel Dantas, já com uma condenação judicial por tentativa de suborno, é proprietário de um grande latifúndio no estado do Pará.



Um repórter muito especial
Raimundo Pereira com Sônia Mesquita, secretária de redação de Retrato do Brasil



Estava cobrindo a inauguração do comitê um repórter muito especial: Raimundo Pereira, o jornalista que comandou o combativo Movimento, jornal semanário que nos tenebrosos anos 70 foi um foco de resistência à ditadura. Ele hoje, aos 70 anos, é diretor editorial da revista Retrato do Brasil. Mas, pelo jeito, continua repórter, a função essencial e mais nobre do jornalismo, infelizmente um bicho (o repórter) em extinção na imprensa brasileira.

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