De Porto Espanha (Trinidad e Tobago) – De novo na estrada. Desta vez, como já tinha anunciado a minha editora, a jornalista Joana D’Arck (Joaninha, para os íntimos), no seu blog Pilha Pura, recomeçando pela cidade Porto Espanha, capital de Trinidad e Tobago, ilhas (com outras menores) que formam o pequeno país caribenho de cerca de 1,3 milhão de habitantes.
É o que chamo, meio contraditoriamente, de busca de novas rotinas. A busca de novas paragens, outras gentes, aquela excitação diante do novo, aquele medo do desconhecido, os amigos que esperam (ou não), os amigos do porvir, a espera do retorno – “só quem partiu, pode voltar...” -, o andar sozinho, “solito” ou “alone”, já que aqui tenho que mexer com o diabo do inglês (aliás, nesta minha terceira escapada tenho sentido com mais intensidade o peso do estar só, devo estar ficando velho).
Então, mais uma vez, o aeroporto de Salvador, aquela imensidão do de Guarulhos, São Paulo, depois Panamá City, e afinal Port of Spain ou Puerto España (São Paulo a Panamá, seis horas de voo, e até Trinidad mais três). Aquele corre-corre e/ou as esperas nos aeroportos, a “prisão” das salas de embarque, a comidinha péssima do avião parecendo plástico ensaboado... convenhamos, o glamour das viagens tem também muita chatice.
Enfim, o que não se faz por amor às pequenas aventuras que temperam o doce (ou amargo) sabor da vida! Rufam os tambores, estalam as trombetas: eis-me aqui, já vencidos todos os trâmites burocráticos – troca de moeda, hotel, celular, Internet... Em Porto Espanha, uma pequena cidade com 50 mil habitantes, mas que, na verdade, tem toda pompa de grande cidade (veja as fotos) e está inserida na maior concentração urbana da ilha, uma região metropolitana com quase a metade da população do país.
Uma população negra, a maioria com cara de africano, como a nossa de Salvador/Bahia, e grande parte com cara de indiano. E que fala inglês. Aí é que está a grande barreira, pelo menos para mim que falo e entendo pessimamente a língua do império, ainda mais diante das diferenças de pronúncia do chamado inglês crioulo. Começo já esta semana o curso de inglês, vou tentar entender as coisas, mas é complicado.
Que saudade da ebulição política da Venezuela e da Bolívia, captada através do espanhol! Aqui me parece que o sistema político, que é parlamentarista, está naquela pasmaceira da chamada democracia representativa.
Para quem quer aprender geografia (alô Ana Carolina), Trinidad e Tobago fica bem ao sul do Mar do Caribe, ao norte (um pouco acima, olhando no mapa) da América do Sul, mais precisamente da Venezuela. Pelo mapa, Trinidad é a primeira, a partir de baixo, daquele arco de ilhas e ilhotas caribenhas que vai chegar até Cuba, a maior de todas elas.
É o que chamo, meio contraditoriamente, de busca de novas rotinas. A busca de novas paragens, outras gentes, aquela excitação diante do novo, aquele medo do desconhecido, os amigos que esperam (ou não), os amigos do porvir, a espera do retorno – “só quem partiu, pode voltar...” -, o andar sozinho, “solito” ou “alone”, já que aqui tenho que mexer com o diabo do inglês (aliás, nesta minha terceira escapada tenho sentido com mais intensidade o peso do estar só, devo estar ficando velho).
Então, mais uma vez, o aeroporto de Salvador, aquela imensidão do de Guarulhos, São Paulo, depois Panamá City, e afinal Port of Spain ou Puerto España (São Paulo a Panamá, seis horas de voo, e até Trinidad mais três). Aquele corre-corre e/ou as esperas nos aeroportos, a “prisão” das salas de embarque, a comidinha péssima do avião parecendo plástico ensaboado... convenhamos, o glamour das viagens tem também muita chatice.
Enfim, o que não se faz por amor às pequenas aventuras que temperam o doce (ou amargo) sabor da vida! Rufam os tambores, estalam as trombetas: eis-me aqui, já vencidos todos os trâmites burocráticos – troca de moeda, hotel, celular, Internet... Em Porto Espanha, uma pequena cidade com 50 mil habitantes, mas que, na verdade, tem toda pompa de grande cidade (veja as fotos) e está inserida na maior concentração urbana da ilha, uma região metropolitana com quase a metade da população do país.
Uma população negra, a maioria com cara de africano, como a nossa de Salvador/Bahia, e grande parte com cara de indiano. E que fala inglês. Aí é que está a grande barreira, pelo menos para mim que falo e entendo pessimamente a língua do império, ainda mais diante das diferenças de pronúncia do chamado inglês crioulo. Começo já esta semana o curso de inglês, vou tentar entender as coisas, mas é complicado.
Que saudade da ebulição política da Venezuela e da Bolívia, captada através do espanhol! Aqui me parece que o sistema político, que é parlamentarista, está naquela pasmaceira da chamada democracia representativa.
Para quem quer aprender geografia (alô Ana Carolina), Trinidad e Tobago fica bem ao sul do Mar do Caribe, ao norte (um pouco acima, olhando no mapa) da América do Sul, mais precisamente da Venezuela. Pelo mapa, Trinidad é a primeira, a partir de baixo, daquele arco de ilhas e ilhotas caribenhas que vai chegar até Cuba, a maior de todas elas.
Comentários
Abcos!
Para se ter uma idéia, ontem, estava eu perambulando pelo centro, como faço quase diariamente, e vi umas 80 pessoas reunidas, ouvindo um orador. Risos de aprovação, algumas palmas. Mas não consegui apurar do que realmente se tratava. Deu pra notar que era uma manifestação de trabalhadores, sindicato ou coisa semelhante. Muitos carregavam um cartaz no peito, consegui traduzir: "Eu sou um bom trabalhador". Fiquei nisso apenas, companheira, é mole?
Bahia, o bar e também o cara, é um amor novo na minha vida, amor apresentado e alimentado por nosso querido Sinval. Fale com Bahia da minha saudade da genebra, do toldo abrasador e, claro, dos seus simpáticos clientes. Já paguei? já paguei?...
O Espaço Social Cultural Etílico Bar do Bahia é muita pompa, gostei.
Só uma ressalva: quando estou em Bahia, sinto uma pontinha de remorso por estar traindo David, o amor antigo.
Companheiro, leve à turma o meu abraço (e também à turma do "chefe" Bina).
abração.
E viva o caribe e suas mulheres maravilhosas.
Rui Santana
Practice english the most you can, because it's hard to deal with 2 or 3 languages at the same time.
Tchau e até a próxima.
Fabiano
Fique atento, na próxima semana vou postar um artigo que escrevi quando ainda em Salvador ("Grande imprensa golpeia a democracia"), acho que vai cair bem pro nosso Ananindeua Debates.
Quanto às "mulheres maravilhosas", espero descobri-las qual sereias nas águas claras do mar caribenho.
Quanto às languages, aqui pelo menos ninguém fala o português, fico pautado nas outras duas, sempre há alguém por perto que fala também o espanhol.
A verdade é que tô sofrendo com o inglês, parece, porém, que já começo a desencavá-lo das paredes da memória.
De qualquer forma, vou aproveitar esta oportunidade para try to speak the English, devo começar um curso na próxima semana, cinco horas por dia, vamos ver. Daqui uns dias quero começar a escrever pra vc na língua do império.
Abraços.
Acho uma scanagem essa de você viajar antes de rever a TODOS!
Agora, você falando a língua do império é o máximo, só falta beber coca-cola.
Estou com Joaninha: queremos fotos e texto, então pode deixar a preguiça de lado, vamos trabalhar and I want to try speak English with you too.
See you,
Júnior (Bla, bla, bla, das meninas Almeida)
Que tal, companheiro? Tô sofrendo aqui com meu inglês chifrim, ainda mais diante do sotaque crioulo. Mas vou em frente, afinal um futuro ex-guerrilheiro não se acovarda na frente da cultura imperial. Devo começar um curso intensivo e etc. Vamos em frente. A história não fala aos (ou dos) covardes.
Forte abraço.