Representantes dos movimentos sociais durante palestras na APP-Sindicato
De Curitiba(PR) – Além da luta contra o machismo (ver matéria anterior Mulher não é só bunda e peito), os representantes dos movimentos sociais esperam que a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) avance no combate ao racismo e à homofobia, duas pragas disseminadas na mídia brasileira.
Tal expectativa ficou clara no último sábado, dia 11, quando a Comissão Paranaense Pró-Conferência de Comunicação (CPC/PR) promoveu o primeiro dia da II Jornada de Democratização da Mídia, no Salão Nobre do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (APP-Sindicato).
Com a participação de cerca de 40 pessoas, num dia frio e chuvoso, os paranaenses discutiram os dois temas, tendo como palestrantes a jornalista Juliana Cézar Nunes, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira), e o jornalista Léo Mendes, da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT).
MATANÇA DIÁRIA DE JOVENS NEGROS - Juliana Nunes deu uma idéia das dificuldades que terão de enfrentar os movimentos e a sociedade civil nos embates da Confecom, lembrando a experiência recente da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir). Destacou avanços como a política de cotas nas universidades, apesar da forte oposição da mídia, e o tratamento melhor dado pelas TVs públicas à cultura e às reivindicações quilombolas.
Mas denunciou a subrepresentação dos negros nos meios de comunicação: 10% dos trabalhadores e 2% dos cargos de direção। Denunciou também como os negros são criminalizados e ridicularizados na mídia brasileira, especialmente na TV. E destacou a matança diária de jovens pobres nas periferias das grandes cidades, crimes que são ou “escondidos” no noticiário ou noticiados de acordo com os boletins de ocorrência (o famigerado BO): resistência à prisão e troca de tiros.
Léo Mendes
30% DOS GAYS JÁ TENTARAM O SUICÍDIO - Se é ruim a maneira como os negros aparecem na mídia, muito pior é a situação dos homossexuais, fez ver Léo Mendes ao falar e debater com os militantes paranaenses. Ele chamou a atenção para o escandaloso “fundamentalismo religioso”, espalhado principalmente pelos canais de TV concedidos às diversas denominações evangélicas, e defendeu uma frente de luta contra o racismo, o machismo e a homofobia.
Falou de um aspecto delicado e pouco conhecido do grande público, o que chama de “homofobia internalizada”, problema que atinge os integrantes da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). O fenômeno pode ser entendido através dos sentimentos de pecado, doença e crime, que atingem os homossexuais, diante dos desejos reprimidos e da falta de espaços onde possam desenvolver sua afetividade.
É bastante citar – reforçou Léo Mendes – que 75% deles já sentiram vontade de se suicidarem e 30% já tentaram. E um dado estarrecedor: é o único segmento que ainda atualmente, em pleno século 21, chega a ser rejeitado radicalmente pelos familiares, sendo comum, por exemplo, a expulsão de casa de um filho ou de uma filha quando os pais descobrem que ele é gay ou ela é lésbica.
COMEÇAM VÍTIMAS E ACABAM CRIMINOSOS - Chamados cruel e pejorativamente de viados, boiolas, bonecas, sapatonas, etc, etc, os homossexuais, mesmo quando vítimas – o que é quase sempre regra geral -, acabam sendo apresentados nos meios de comunicação como culpados. Começam a entrar na notícia como vítimas, mas do meio para o fim acabam sendo tratados como criminosos.
Outra luta diária dos LGBTs, não percebida pelo grande público – por ser boicotada pela grande imprensa - é quanto a certas conceituações, conforme explicou Léo Mendes. Por exemplo: eles consideram que a expressão que define adequadamente sua condição decorre da “orientação sexual” e não da “opção sexual”, como insistem os jornalistas em todos os veículos de comunicação.
Outro exemplo: uma pessoa que nasceu com pênis (homem, no senso comum), cuja “orientação sexual” lhe dá a condição de travesti, deve ser chamada “a” travesti e não “o” travesti, como insiste a mídia.
Cláudia CardosoOutra luta diária dos LGBTs, não percebida pelo grande público – por ser boicotada pela grande imprensa - é quanto a certas conceituações, conforme explicou Léo Mendes. Por exemplo: eles consideram que a expressão que define adequadamente sua condição decorre da “orientação sexual” e não da “opção sexual”, como insistem os jornalistas em todos os veículos de comunicação.
Outro exemplo: uma pessoa que nasceu com pênis (homem, no senso comum), cuja “orientação sexual” lhe dá a condição de travesti, deve ser chamada “a” travesti e não “o” travesti, como insiste a mídia.
CRIANÇA É BOMBARDEADA POR ANÚNCIOS DA TV - Ainda no sábado, dia 11, a pedagoga Cláudia Cardoso (da Campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania) expôs o grave problema da utilização das crianças para incrementar o consumismo, o que remete à necessidade de se avançar no controle social da publicidade infantil, especialmente na TV, durante o processo da Confecom.
As crianças, em plena fase de formação – não separam o real do imaginário - são expostas ao bombardeio dos anúncios da TV, cuja mensagem pode ser resumida em comprar, comprar e comprar। 98% dos lares brasileiros têm TV e as programações seguem, de modo geral, a lógica ditada pelos anunciantes. Segundo dados apresentados por Cláudia Cardoso, crianças de 4 a 11 anos ficam diante da TV, em média, quatro horas por dia.
CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA NO DIA 22 – A II Jornada pela Democratização da Mídia continua no dia 22, quarta-feira, a partir das 18:30 horas, na APP-Sindicato, com palestra de João Brant (do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social) sobre a concentração dos meios de comunicação. A programação se estende até 5 de setembro, com debates de 15 em 15 dias. A CPC/PR realizou a primeira jornada no mês de abril. O objetivo é preparar os ativistas e a sociedade civil do Paraná para enfrentar na Confecom os representantes dos poderosos empresários da mídia.
As crianças, em plena fase de formação – não separam o real do imaginário - são expostas ao bombardeio dos anúncios da TV, cuja mensagem pode ser resumida em comprar, comprar e comprar। 98% dos lares brasileiros têm TV e as programações seguem, de modo geral, a lógica ditada pelos anunciantes. Segundo dados apresentados por Cláudia Cardoso, crianças de 4 a 11 anos ficam diante da TV, em média, quatro horas por dia.
CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA NO DIA 22 – A II Jornada pela Democratização da Mídia continua no dia 22, quarta-feira, a partir das 18:30 horas, na APP-Sindicato, com palestra de João Brant (do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social) sobre a concentração dos meios de comunicação. A programação se estende até 5 de setembro, com debates de 15 em 15 dias. A CPC/PR realizou a primeira jornada no mês de abril. O objetivo é preparar os ativistas e a sociedade civil do Paraná para enfrentar na Confecom os representantes dos poderosos empresários da mídia.
Comentários
Não sei se você conhece o jogo da tabuleiro chamado Jogo da Vida. Observei uma vez que nele a criança aprende desde sempre que:
É preciso trabalhar. Que professor ganha menos que todos os outros profissionais. Todo são obrigados a casar e a regra do jogo diz que tem de ser com o sexo oposto. Ter filhos atrai presentes. E por fim você tem apenas 2 destinos na vida: se aposentar milionário ou falir e virar filósofo (isto é, um inútil fracassado).
Brinquedos, tá aí uma mídia que ninguém parou para pensar seu poder ideológico.
Ótima matéria.Abraço, Fabiano.
Será porque os militantes que esbravejam contra o preconceito da mídia contra seus grupos não são capazes de nominar os jornalistas diplomados (ou não) que cometem este crime? Será que seriam anônimos? Que ninguém é responsável por isto além dos donos da mídia? Ou há uma cumplicidade da categoria jornalística com esta sacanagem toda que os militantes preferem fingir que não existe?
Suas listas estão abrindo portas para meu trabalho, grato.
Seu blog está muito bem organizado, com matérias que fogem do que vemos nas midias oficiais. È bom ver que pessoas comprometidas com a informação aberta e descomprometida com a ideologia burguesa oficial.
continue com seu trabalho de resistência.
Forte abraço!
Saudações!
Dyener Fracaro
Agradeço sua avaliação elogiosa, por mim e por minha editora, jornalista Joana D'Arck. É um estímulo importante. Vamos em frente.
Um abraço do companheiro toquinho do Pará.
Quanto ao Galileu, acho que ele está certíssimo.
Grande abraço
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