"Os líderes políticos norte-americanos pensam há muito tempo que são proprietários do mundo. Mas a área de domínio dos Estados Unidos está diminuindo, inclusive em seu centro.
Em anos recentes, a América do Sul deu uma série de passos para escapar do controle dos Estados Unidos. Os países da região estão se movendo rumo à integração, um requisito para a independência, ao mesmo tempo em que encaram alguns severos problemas internos, o mais importante o tradicional domínio de uma minoria rica sobre uma maioria submetida à miséria e ao sofrimento.
As relações Sul-Sul também estão se fortalecendo, vinculando o Brasil, África do Sul e a Índia, entre outras interações. E como na África e Oriente Médio, o aumento do poder econômico da China está propiciando alternativas ao domínio ocidental.
Durante alguns anos, a economia internacional foi tripolar, com os centros mais importantes na América do Norte, Europa e Ásia.
Estados Unidos reina(1) supremo em uma dimensão: a da violência. Gasta em armas aproximadamente tanto como o resto combinado do mundo, e é tecnologicamente muito mais avançado. Porém, em outros aspectos o mundo está se tornando mais diverso e complexo.
As duas formas tradicionais de controle por parte dos Estados Unidos são a violência e a estrangulação econômica. Talvez esses métodos estejam perdendo sua eficácia, mas de nenhum modo foram abandonados”.
Observação – Este trecho foi tirado de um artigo do renomado linguista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e estudioso da política imperial estadounidense (foto). Foi publicado sob o título Postergando o dia do Juízo Final, no jornal venezuelano Últimas Noticias. É muito mais abrangente, fala do desafio da sobrevivência no nosso mundo em meio às armas nucleares. Usei só a parte que se refere diretamente à América do Sul.
(1) Vamos acabar com esse negócio de botar no plural o verbo que tem como sujeito os Estados Unidos, afinal de contas trata-se de UM PAÍS (imperial, mas um país). O saudoso professor de Português Raul Sá, mestre de gerações de baianos, sempre defendia esta tese. No espanhol e no inglês é assim, por que no português não?
As relações Sul-Sul também estão se fortalecendo, vinculando o Brasil, África do Sul e a Índia, entre outras interações. E como na África e Oriente Médio, o aumento do poder econômico da China está propiciando alternativas ao domínio ocidental.
Durante alguns anos, a economia internacional foi tripolar, com os centros mais importantes na América do Norte, Europa e Ásia.
Estados Unidos reina(1) supremo em uma dimensão: a da violência. Gasta em armas aproximadamente tanto como o resto combinado do mundo, e é tecnologicamente muito mais avançado. Porém, em outros aspectos o mundo está se tornando mais diverso e complexo.
As duas formas tradicionais de controle por parte dos Estados Unidos são a violência e a estrangulação econômica. Talvez esses métodos estejam perdendo sua eficácia, mas de nenhum modo foram abandonados”.
Observação – Este trecho foi tirado de um artigo do renomado linguista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) e estudioso da política imperial estadounidense (foto). Foi publicado sob o título Postergando o dia do Juízo Final, no jornal venezuelano Últimas Noticias. É muito mais abrangente, fala do desafio da sobrevivência no nosso mundo em meio às armas nucleares. Usei só a parte que se refere diretamente à América do Sul.
(1) Vamos acabar com esse negócio de botar no plural o verbo que tem como sujeito os Estados Unidos, afinal de contas trata-se de UM PAÍS (imperial, mas um país). O saudoso professor de Português Raul Sá, mestre de gerações de baianos, sempre defendia esta tese. No espanhol e no inglês é assim, por que no português não?
Viva a Caros Amigos
Estou retornando, pouco a pouco, ao nosso português, chegando quase ao final desta etapa da eterna aprendizagem de vida. Além de usá-lo (o português) no blog e tê-lo sempre disponível na Internet, li esta semana, de cabo a rabo, a Caros Amigos de fevereiro (revista que vem se mantendo há 10 anos, apesar de imensas dificuldades financeiras). Espetacular a entrevista com Marcos Bagno, da nova geração de linguistas brasileiros, dando uma sova homérica nos senhores gramáticos com sua “cultura dos erros”. “Como é que não sabíamos disso?”, admira-se um dos entrevistadores. Ele responde, está lá. Outra coisa: não me lembro de ter lido uma denúncia tão contundente, e ao mesmo tempo engraçada, como a contida no artigo de Cesar Cardoso (pág. 36). Que figura esse Paulo Patarra (eu não conhecia), o inventor da inesquecível revista Realidade! Uma restriçãozinha: nossa querida Marilene Felinto usou seu espaço para transcrever a letra de Ouro de Tolo, de Raul Seixas. Nada contra o irreverente e genial baiano, mas... “nada se tem a dizer?”
Talvez tenha sido o último número sob a direção do grande Sérgio de Souza, a quem os amigos chamavam Serjão. No número que está circulanhdo, já soube, não li ainda, há uma entrevista com ele. Tive o privilégio de trabalhar sob sua chefia no final da década de 70, em Salvador, no antigo Jornal da Bahia. Uma aula de competência e ética para os então jovens jornalistas baianos. Obrigado Sérgio, obrigado Caros Amigos.
Salário mínimo na América do Sul
Veja o valor atual, em dólares, do salário mínimo nos países da América do Sul (sem incluir Surinam, Guiana e Guiana Francesa), segundo anúncio publicitário do governo venezuelano, que, por sua vez, dá como fonte o Banco Central dos respectivos países: Venezuela (372 dólares), Argentina (310), Chile (266), Brasil (248), Colômbia (229, vigente desde janeiro), Paraguai (216), Peru (186, vigente desde janeiro), Ecuador (170), Uruguai (129) e Bolívia (78, vigente desde janeiro). Salário mínimo médio na região – 212 dólares.
Em comentário neste blog sobre a cobertura do Primeiro de Maio em Caracas, alguém (identificou-se como “fala sério”) disse que no governo de Lula o Brasil tem avançado muito neste assunto. De fato. Me recordo que na época do presidente Fernando Henrique o desafio era chegar aos 100 dólares. Comentava-se então que o mínimo brasileiro era menor do que o do Paraguai, um país marcado por elevados índices de pobreza.
Em comentário neste blog sobre a cobertura do Primeiro de Maio em Caracas, alguém (identificou-se como “fala sério”) disse que no governo de Lula o Brasil tem avançado muito neste assunto. De fato. Me recordo que na época do presidente Fernando Henrique o desafio era chegar aos 100 dólares. Comentava-se então que o mínimo brasileiro era menor do que o do Paraguai, um país marcado por elevados índices de pobreza.
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