Desafiando a altura e o frio (Dicas turísticas)


O repórter/turista a 4.765 metros, tendo ao fundo o Pico Bolívar, e uma das oito cabines do teleférico de Mérida, o mais extenso e alto do mundo


Essa vida de turista é dura. Esta quinta-feira, dia 17, foi o dia do programa básico para todos os visitantes de Mérida, capital do estado Mérida, oeste da Venezuela: subir no teleférico mais extenso e mais alto do mundo (4.765 metros). A cidade está encravada entre morros da famosa Cordilheira dos Andes e no estado estão os 10 picos mais altos do país, inclusive o Bolívar, o primeiro deles, com 5.007 metros, que pode ser visto bem de pertinho, majestoso, na quarta e última etapa do teleférico. Só visto, rapidamente, porque não podemos dizer apreciado, admirado, pois o frio é de matar qualquer baiano. Chega a 6 graus, nesta época. No Pico Bolívar neva abundantemente durante o mês de agosto.

A subida, dividida em quatro trechos, é realmente muito interessante, e um desafio (muito duro para quem sofre de medo de altura, como este que vos fala). Ao final da terceira etapa, o frio começa a castigar, e na quarta, então, é de lascar. Umas turistas européias aguentaram até o terceiro trecho sem qualquer agasalho, mas tiveram que se abrigar lá no topo. Custa 60 bolívares fortes (a nova moeda), 40 para crianças e 36 para os da terceira idade (60 anos em diante). (Abaixo, dica sobre o valor da moeda venezuelana).

A cidade de Mérida, ao redor de 1,3 milhão de habitantes (segundo o sítio oficial na Internet), é organizada, limpa e acolhedora, pelo menos se comparada com os padrões de Caracas, que já foi chamada neste blog de caótica. A única exceção talvez seja o número excessivo de carros particulares para as suas ruas estreitas. Os engarrafamentos (as colas, como eles chamam) fazem parte do dia-a-dia, neste aspecto igual a Caracas. Parecem influir dois fatores, dentre outros que os estudiosos certamente apontarão: o aumento do poder aquisitivo dos venezuelanos (estatísticas revelam que 87% deles usam celular) e a gasolina muito barata, subsidiada pelo governo. Os donos de carro preferem sofrer nas colas do que usar o transporte público, que pode ser considerado muito bom e baratíssimo, comparando-se com o de Salvador.

Mérida, o estado, tem 23 municípios, é eminentemente urbano. Além do turismo, é marcante na capital a presença estudantil, sendo sede da Universidad Los Andes. O jornal mais lido, aparência de equilibrado politicamente, chama-se Pico Bolívar. A praça principal, onde estão uma estátua de Bolívar, a Catedral e o palácio do governador, chama-se (adivinha...) Simón Bolívar. O principal município chama-se (adivinhou?) Libertador, aliás como em Caracas. Aqui se sabe, a todo momento, quem é o Pai da Pátria.

Valor da moeda – A cotação oficial do Bolívar Fuerte é 2,15 para um dólar norte-americano. Porém, quem tem dólar (em espécie) troca atualmente um por 3,5 bolívares fortes (talvez por mais) no chamado mercado negro. Então, para quem tem dólares em mãos, a vida aqui fica bem mais barata (presume-se que no caso do euro, por exemplo, seja mais vantagem ainda, pois o dólar está em constante queda).

Comentários

Léa disse…
Oi companheiro, deve ser muito linda essa paisagem com as montanhas no fundo.Lembra um pouco os Alpes Suíço.
Tô gostando muito de conhecer a Venezuela atraves de vocês, pois não podemos esquecer a fotógrafa.

Beijo, Léa e Chou-chou.
Unknown disse…
Olá. Estou sempre acompanhando voces e aproveitando para conhencer a Venezuela, mas quando vou mandar um alô, a mansagem some. Esta é a quarta tentativa. Tenho que ficar noderna.Beijos Rubia.
Norma disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Norma disse…
Que maravilha! Estou com inveja de vocês. Meu espírito aventureiro fica todo serelepe.
Esses desafios estão te fazendo muito bem, a foto está ótima. Ou seria montagem da excelente fotógrafa?
Te echo de menos. Besos en tú coración.
Tú hija,
Norma
Unknown disse…
Ai pode até ser muito frio, mas nada que um gole de cachaça não resolva.