(Foto: da Internet) |
INVISÍVEIS – Donizete Galvão
Sobre um livro de
Fernando Braga da Costa
Homens como
arrebenta-pedra
que insiste
em existir
no estreito
espaço das
frestas
das calçadas
Uns teimosos
que vestem
macacões
cor de laranja
e andam pela
rua correndo
atrás do
caminhão.
Uns com
uniformes
gastos
que dormem
nas calçadas,
na folga do almoço,
em frente ao prédio
em construção.
Outros
que carregam
baldes,
vassouras,
limpam banheiros,
lavam calçadas
e mesas
de escritório.
Aqueles que
se enrolam
em roupas,
saem de casa
pela madrugada
nas carrocerias
e trazem a pele
lapeada.
Onde estão?
Que poema habitam?
(Extraído do site poesia.net, editado por Carlos Machado)
Comentários