BACHELET CONFIRMA PROPOSTA DE NOVA CONSTITUIÇÃO PARA SUPERAR O LEGADO DE PINOCHET

Bachelet fala durante a comemoração da vitória do histórico Não (Foto: EFE/Página/12)
Nos 27 anos do triunfo do Não, a presidenta defendeu sua gestão, mas admitiu também que cometeu “erros” que causaram sua forte queda nas pesquisas. Disse que durante seu governo houve mudanças históricas no Chile.
Do jornal argentino Página/12, edição impressa de hoje, dia 5
A presidenta Michelle Bachelet afirmou neste domingo que em 18 meses de governo realizou “mudanças de magnitude histórica” no Chile, e reafirmou sua intenção de iniciar um processo constituinte para elaborar uma nova Constituição. “Que não nos invada o pessimismo dos que querem que tudo continue igual. Nestes 18 meses realizamos mudanças de magnitude histórica”, disse Bachelet durante a comemoração dos 27 anos desde que no plebiscito realizado em 1988 ganhou a opção Não que determinou o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Diante de cerca de 7.500 militantes da Nova Maioria, o conglomerado de partidos de centro-esquerda que apoiam sua presidência, Bachelet reafirmou sua postura de iniciar um processo constituinte para obter uma nova Carta Magna que substitua a atual que data de 1980, e que foi aprovada num questionado plebiscito pelo regime de Pinochet. “Iniciaremos em breve o caminho dum processo constituinte que parta da própria base social para garantir que nossa Carta fundamental tenha uma legitimidade democrática inquestionável”, asseverou a mandatária socialista (do Partido Socialista).
A Constituição de Pinochet sofreu algumas modificações nestes 25 anos de democracia, mas até agora não se tinha apresentado nenhuma iniciativa para erradicá-la completamente. Também destacou os avanços alcançados no que se refere à reforma educacional que seu governo promoveu e que busca acabar com o atual sistema educativo chileno herdado também da ditadura e que é considerado um dos mais caros e segregadores do planeta.
A mandatária ponderou ademais que durante seu governo se logrou o fim do sistema eleitoral binominal implementado também na ditadura, e se instaurou o voto chileno no exterior, como também a aprovação duma reforma tributária. Ainda, o início da reforma educacional que já tem aprovada a lei de inclusão para os colégios; o acordo de união civil “e a eliminação da cobrança de 5% da Saúde de nossos idosos”, entre outros temas.
Bachelet afronta a mais baixa popularidade para um mandatário chileno desde o retorno à democracia em 1990 (22%) depois que seu filho mais velho, Sebastián Dávalos, e sua nora Natalia Compagnon foram investigados pela Justiça pelo “uso de informação privilegiada” e “tráfico de influência” após uma milionária compra e venda de terrenos no sul do Chile. “É certo que cometemos erros e os reconhecemos, lamentamos não fazer as coisas da melhor maneira”, enfatizou a presidenta num abarrotado Teatro Caupolicán.
Continua em espanhol, com traduções pontuais:
La presidenta fue la única oradora del acto, organizado como un apoyo explícito que llega en momentos en que no pasa por su mejor momento político y cuando ha bajado significativamente en las encuestas (nas pesquisas).
A tono con el sentido de la convocatoria, en las pantallas (nas telas) gigantes instaladas en el lugar se podía leer “Presidenta cuente conmigo”.
En referencia al aniversario del plebiscito que decretó el fin de la dictadura de Pinochet, la mandataria socialista sostuvo que hoy “es un día imborrable (inesquecível) que marcó nuestra historia”.
“El plebiscito selló nuestra unidad”, subrayó Bachelet en alusión a los colectivos políticos que votaron por el No y que ahora forman parte de la Nueva Mayoría. “Y esa victoria no es sólo nuestra sino de todo el país”, enfatizó. Flanqueada por todos los presidentes de los partidos políticos y algunos ministros, la mandataria afirmó que “tenemos razones para estar orgullosos, pero que no tenemos que darnos por satisfechos”, ya que se requiere mantener la marcha de las reformas.
“No estamos en la vereda del frente de los câmbios(das mudanças), y tenemos las responsabilidad de perseverar, la unidad de los demócrata progresista no es flor de un día”, sostuvo. Afirmó que lo que viene ahora para su gobierno y la coalición es “trabajar con más energía y disciplina” con el fin de asegurar que se requiere culminar la reforma educacional, “la gran tarea de nuestro gobierno”.
Bachelet añadió (acrescentou) que debe trabajar para devolver el dinamismo de la economías chilena, bastante alicaída en los últimos meses, enfrentar el tema de la delincuencia, concretar la reforma laboral (trabalhista) y seguir sin claudicar en la agenda pro transparencia. “Debemos enfrentar un escenario económico internacional complejo que limita nuestro margen de acción. Estamos plenamente conscientes de ello y ya estamos actuando en consecuencia, hemos presentado un presupuesto (orçamento) prudente y responsable (para el 2016), que nos permite seguir progresando y asegurando los derechos y el gasto social”.
Como corolario de su intervención, la presidenta recordó que “iniciaremos en breve un proceso constituyente que parta de la propia base social”, en referencia a la creación de una nueva Carta fundamental.

Tradução (parcial): Jadson Oliveira

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