EM BUSCA DUMA FRENTE POPULAR: PLATAFORMA DE SEIS PONTOS PARA DEBATE

(Foto: do Página 13)
João Pedro Stédile, dirigente do Movimento Sem Terra, fala numa entrevista sobre o tema que está na boca de 10 em cada 10 militantes da esquerda brasileira: a necessidade de construir uma frente.

Veja a plataforma mínima para discussão e as mobilizações previstas para este semestre:

1. Defesa dos direitos dos trabalhadores: lutar por melhorias das condições de vida do povo, o que envolve emprego, renda, moradia, educação, terra, transporte publico etc. Criticar e fazer ações de massa contra todas as medidas de política econômica e “ajuste fiscal” que retirem direitos dos trabalhadores e que impeçam um processo de desenvolvimento com distribuição de renda.
2Defesa dos direitos sociais do povo brasileiro.   Devemos lutar contra a diminuição da maioridade penal, contra o extermínio da juventude pobre das periferias, e lutar pela ampliação dos direitos sociais que estão em perigo pela campanha da mídia burguesa e por iniciativas conservadores no congresso.
3. Defesa da democracia.   Não podemos aceitar nenhuma tentativa de golpe. E também por isto mesmo, para fazer reformas mais profundas, precisamos avançar na luta pela reforma política, pela reforma do poder judiciário e dos meios de comunicação de massa, como instrumentos também da democracia necessária.
4  Defesa da soberania nacional.  O povo é o verdadeiro dono do petróleo, do pré-sal e das riquezas naturais. Devemos impedir a ofensiva que visa entregar nosso petróleo às empresas transnacionais.   Assim como devemos lutar contra a transferência de bilhões de dólares ao exterior, de forma legal pelas empresas ou ilegal, por contas secretas (vide caso do HSBC).
5. Lutar por reformas estruturais e populares.     Há diversas propostas já consolidadas em torno da necessidade de reforma política, da reforma urbana, agrária, tributaria, educacional etc.  Consideramos que o documento unitário construído pelos movimentos populares em agosto/14 é um subsidio que devemos utilizá-lo para fazer o debate.
6. Defesa dos processos de integração latino-americana em curso,  como Unasul, Celac,MERCOSUL  e  integração popular,  que estão sendo  atacados pelas forças do capital internacional.

Mobilizações neste semestre, segundo Stédile

"Certamente no segundo semestre teremos muitas mobilizações, como já está programada a Marcha das Margaridas em Brasília (já realizada na última quarta-feira, dia 12), que terá a adesão de movimentos populares, a jornada de luta unitária do dia 20 de agosto em todas as capitais.  Depois na Semana da Pátria teremos mobilizações e o Grito dos Excluídos, em outubro há agendas internacionais na luta contra as empresas transnacionais e pela soberania alimentar entre 12 e 16 de outubro. Depois teremos o 5 de novembro, jornada continental contra a ofensiva imperialista dos Estados Unidos e celebrando a derrota da ALCA há dez anos em Mar del Plata.
Ou seja, o período será de muitas articulações, mas também de muitas mobilizações de massa. A disputa será grande".

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