(Foto: Tijolaço) |
Comparou o noticiário de
televisão ao que se fez na Alemanha, antes da 2a. Guerra: “parece os nazistas criminalizando
o povo judeu”.
Por Fernando
Brito, no seu blog Tijolaço, de 25/07/2015
Ontem, na posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC
paulista, o ex-presidente Lula falou pouco, mas falou grosso.
Disse que está “de saco cheio” do que estão fazendo em matéria “de
perseguição e criminalização que fazem às esquerdas desse país” e comparou o
noticiário de televisão ao que se fez na Alemanha, antes da 2a. Guerra: “parece
os nazistas criminalizando o povo judeu”.
Lula atribuiu este comportamento à reação de “pessoas que se diziam
democráticas e que não aceitaram até agora o resultado da eleição”. “Sei que é
difícil para parte da elite brasileira aceitar certas coisas”, disse, porque
“tudo que é conquista social incomoda uma elite perversa”.
-Eles não conseguem suportar o fato de que, em 12 anos, um presidente
que tem apenas o diploma primário colocou mais estudantes nas universidades do
que eles colocaram em um século. Que esse presidente colocou três vezes e meia mais estudantes em escolas
técnicas do que eles em 100 anos. Que levou energia elétrica de graça para 15
milhões de pessoas. Que não deixou eles privatizarem o Banco do Brasil, a Caixa
e os bancos do Espírito Santo, de Santa Catarina e do Piauí. Que nos últimos 12
anos nós bancarizamos 70 milhões de pessoas, gente que entrou numa agência
bancária pela primeira vez sem ser para pagar uma conta. Acho que isso explica
o ódio e a mentira dessas pessoas.”
O ex-presidente reconheceu as dificuldades, mas se disse seguro de uma
reversão da situação: “somos um país grande, com uma enorme capacidade de
recuperação e um mercado interno de 204 milhões de consumidores. Quem apostar
no fracasso deste país vai quebrar a cara”.
Pois é, Lula, foi assim na crise de 2008, quando o Governo aceitou o
enfrentamento do “tsunami” com coragem. Será assim se enfrentarmos ondas
menores com o mesmo discurso do inimigo?
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