NAS RUAS DE SÃO PAULO CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO: DIANTE DA FIESP, GUILHERME BOULOS DENUNCIA HIPOCRISIA DA ELITE

“Nós vamos terminar este ato na Fiesp pra dizer que eles não devem cantar vitória antes da hora. O PL 4.330 não vai passar. E se passar, vamos barrá-lo, nem que seja na marra”

Reproduzido do blog Viomundo - o que você não vê na mídia, publicado em 15 de abril de 2015 às 21:02

Em sua fala diante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na avenida Paulista, na noite desta quarta-feira 15, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, denunciou a hipocrisia da elite brasileira, que coloca bandeiras verde-amarelas na sacada enquanto patrocina projetos que tiram direitos dos trabalhadores.
No evento, o presidente do partido Solidariedade, Paulinho da Força, foi denunciado por se mostrar solidário aos patrões.
SÃO PAULO
Ato reúne milhares contra o PL da terceirização; marcha segue para a Fiesp
Manifestantes vão seguir em marcha pelos Jardins até a avenida Paulista para encerrar o ato em frente à Fiesp, onde já estão concentrados trabalhadores e dirigentes sindicais
Manifestantes de vários movimentos sociais se concentraram no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo
São Paulo – Milhares de manifestantes deixam o Largo da Batata, na zona oeste da capital, neste início de noite, em direção à avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), dando continuidade ao ato de protesto contra o Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização do trabalho no país, em tramitação na Câmara dos Deputados. No local, vão encontrar outros movimentos e trabalhadores que protestam desde o início da tarde e também com os professores estaduais, cuja greve que completou um mês na segunda-feira e tem sido ignorada pelo governo do estado e pela mídia. Segundo os organizadores, a marcha reúne aproximadamente 40 mil pessoas, e não há policiamento ostensivo. A PM diz que são 1.300.
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que existem três recados a ser transmitidos com a manifestação: o primeiro, para a “elite preconceituosa”: “Vamos passar pelo ninho deles, pelos Jardins, para dizer que a rua é do povo, e que eles não vão nos impedir de ocupar as ruas”.
O segundo recado do MTST, que está à frente da organização do ato, é para a presidenta Dilma Rousseff: “Se o PL for aprovado, a Dilma tem o dever de vetá-lo. Não vamos aceitar as MPs (medidas provisórias) do ajuste (fiscal). O governo Dilma não foi eleito para cassar direito de trabalhador, nem pra fazer ajuste, nem pra colocar o (Joaquim) Levy na Fazenda (ministério). Não vamos aceitar ataque contra trabalhadores pobres, venha de onde vier. O MTST não tem rabo preso com ninguém”.
Quando a marcha chegou em frente ao escritório da presidência da República, já na avenida Paulista, Boulos repetiu o recado mencionado no início, reforçando que o movimento não vai aceitar cortes nos direitos dos trabalhadores, exigindo o veto ao PL 4.330 e o lançamento imediato do Minha Casa, Minha Vida 3, além da garantia das verbas de programas sociais para que não sofram com cortes do ajuste fiscal.
O último recado foi direcionado ao empresariado: “Nós vamos terminar este ato na Fiesp pra dizer que eles não devem cantar vitória antes da hora. O PL 4.330 não vai passar. E se passar, vamos barrá-lo, nem que seja na marra”

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