SEMANA VENEZUELANA ESTEVE MARCADA POR NOVOS ASSÉDIOS DA DIREITA





Bandera de Venzuela
(Foto: Prensa Latina)
Caracas, 17 jan (Prensa Latina) - A Venezuela esteve marcada durante essa semana por denúncias do governo sobre novos assédios da direita e a repercussão do giro internacional do presidente, Nicolás Maduro, que esteve a par desses fatos desde o estrangeiro.
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, revelou na última quarta-feira em seu programa 'Con el mazo dando', na televisão estatal, um plano agressivo e desestabilizador da oposição.

Sob o nome de La Salida 2 (A Saída 2), continuidade do denominado La Salida, que no início do passado ano de 2014 causou graves perdas humanas e materiais, a estratégia da direita pretende gerar caos e justificar uma intervenção estrangeira para derrubar o Governo, denunciou o líder parlamentar.

O novo projeto estimulador da violência inclui a contratação de mercenários, a reativação das guarimbas (barricadas com atos violentos conscientes) e o uso de meios financeiros como o milhão de dólares levado ao país da Colômbia no princípio deste ano, disse Cabello.

Segundo o presidente da AN, essa quantia entrou na Venezuela em um caminhão procedente do país vizinho pela rota Cucutá-San Cristóbal (norte venezuelano) e era somente parte da primeira entrega de apoio às atividades em 2015 do partido da direita Voluntad Popular.

Parte desse dinheiro foi utilizado para contratar 35 colombianos recrutados em Calí, Barranquilla e Perera com instruções de se deslocarem de San Cristóbal (estado venezuelano de Táchira limítrofe com a Colômbia) para outras zonas do país, acrescentou.

Cabello explicou que a missão dessas pessoas é instigar saques e protestos violentos entre pessoas que fazem filas para comprar nos mercados, deficitários de abastecimentos informalmente pela guerra econômica imposta pela direita e marcada pela estocagem, especulação e contrabando.

Nesse mesmo dia, durante uma concentração de apoio do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) ao governo na Plaza Venezuela, na capital, o também primeiro vice-presidente dessa organização fez um chamado ao povo para que se mantenha mobilizado nas ruas para cuidar e consolidar a Revolução Bolivariana.

O dirigente político e parlamentar disse que cada vez que os inimigos do processo tentem atacar o povo "responderemos com mais contundência, com mais forças, pois a burguesia só está desenhada para esses ataques, e a militância do PSUV tem a obrigação e a capacidade de defender os cidadãos".

Cabello desmentiu rumores sobre um suposta greve convocada pelo Governo e disse que o povo é o único capaz de se alçar nas ruas, mas isso não acontecerá pelo compromisso que a Venezuela tem de continuar com o legado do comandante (falecido presidente) Hugo Chávez.

Maduro, que chega hoje (sábado, dia 17) ao país depois de visitar China, Rússia e Portugal e países membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo como Irã, Catar, Arábia Saudita e Argélia, nestes últimos com o propósito de estabilizar os preços do petróleo, informará na próxima terça-feira (dia 20) ao Parlamento sobre seu governo em 2014.

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