EXPECTATIVAS NA ILHA DIANTE DA APROXIMAÇÃO COM OS ESTADOS UNIDOS



A notícia da aproximação foi recebida com alegria e cautela (Foto: EFE/Página/12)
Os cubanos estão otimistas com as mudanças possíveis: esperam que a nova situação ajude a melhorar a vida cotidiana, porém sabem que falta, nada mais nada menos, do que a suspensão do bloqueio de 50 anos.

Matéria do jornal argentino Página/12, edição impressa de 19/12/2014

O otimismo com a chegada em Cuba da notícia do restabelecimento das relações com os Estados Unidos abriu passagem para a expectativa de que o fato se traduza em melhorias na vida cotidiana da ilha e solucione problemas como o desabastecimento ou as comunicações. Nas ruas, o tema das conversas da quinta-feira, dia 18, era o reinício dos vínculos com os Estados Unidos, acontecimento recebido com alegria, mas com a incerteza de quando e como as mudanças se concretizarão e se culminarão com o fim do embargo econômico. O levantamento do bloqueio, como se referem na ilha a esta política vigente desde 1963, “será uma notícia muito boa, sobretudo para o povo cubano, que é quem realmente sofreu e continua sofrendo o embargo dos Estados Unidos”, disse o cubano Yosbany Barrio.

Seu compatriota Ariel Rodríguez considerou que o acordo anunciado abre a possibilidade de que se elimine o bloqueio e acabem todas essas carências sofridas durante tanto tempo e que não são segredo para ninguém. “A mudança vai ser boa não só para nós, mas também para os familiares que estão no lado de lá (nos Estados Unidos), que são muitos os cubanos lá que querem que se normalizem as relações”, afirmou. As medidas anunciadas pela Casa Branca, que aliviam o embargo, vão facilitar a reunificação das famílias separadas pelo exílio, ao flexibilizar restrições ao envio de remessas (dinheiro) e liberar as viagens para os que mantêm laços familiares na ilha.

Continua em espanhol (com traduções pontuais):

Fruto del acuerdo, Washington también facilita las licencias para viajar a Cuba por motivos educativos, religiosos y culturales, algo que según el número dos (dois) del gobierno cubano, Miguel Díaz-Canel, va a incrementar los intercambios académicos entre ambos países y beneficiará a todos. “Si a pesar de los obstáculos, en el pasado se buscaron formas de contacto, ahora el intercambio aumentará y lo mantendremos siempre a partir del respeto mutuo por nuestras diferencias”, dijo el vicepresidente cubano, en la única reacción oficial de ayer (ontem, quinta-feira).

Desde la disidencia se volvieron a escuchar voces escépticas (céticas) sobre la posibilidad de que el acuerdo con Estados Unidos se traduzca en cambios sustanciales (mudanças substanciais) para la sociedad civil, especialmente en materia de derechos humanos. “No oculto mi escepticismo (ceticismo) profundo, que tiene como fundamento la manifiesta falta de voluntad política del gobierno de Cuba para hacer verdaderas reformas”, señaló el opositor Elizardo Sánchez, líder de la Comisión Cubana de Derechos Humanos y Reconciliación Nacional. A su juicio (Na sua opinião), las reformas económicas emprendidas por Raúl Castro para actualizar el modelo socialista de la isla son sólo “cambios (mudanças) de pequeño calado, tardíos y reversibles”. “El balón está en el lado de Cuba, que es el que tiene que hacer más para acercarse a los estándares internacionales en derechos humanos”, precisó.

Aunque con matices (Apesar das nuances), el ambiente general es de incertidumbre (incerteza) y expectativa sobre la velocidad a la que se producirá el acercamiento (a aproximação) entre Cuba y Estados Unidos, noticia que tomó por sorpresa al mundo entero. “Ha sido algo inédito e inesperado. Se esperaba algún cambio (alguma mudança) antes de la Cumbre de las Américas, pero no algo tan profundo”, indicó ayer (ontem, quinta) el diplomático (o diplomata) y académico cubano Carlos Alzugaray. También indicó que ambas partes tienen por delante dos (dois) años, antes de las elecciones presidenciales en Estados Unidos para seguir estrechando vínculos, período en el que cree que Obama explotará (exercitará) sus capacidades ejecutivas.

Tradução (parcial): Jadson Oliveira

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