EX-PREFEITO É LIBERTADO NA VENEZUELA: "ESTIVE PRESO POR APOIAR CAMPONESES E CONSELHOS COMUNAIS"


Fidel Palma junto al pueblo al momento de su liberación
Fidel Palma, com o povo no momento de sua libertação: promete continuar fiel à Revolução Bolivariana (Foto: Comitê de Solidariedade)
 "Não devemos perder de vista quem é o inimigo principal, a direita e o imperialismo; acima das contradições que se evidenciam em fatos como este", assinalou Palma.
 
Por Comitê de Solidariedade a Fidel Palma - reproduzida do portal Aporrea.org, de 15/04/2014



Na tarde da segunda-feira, 14 de abril, após passar mais de três meses detido na sede do Departamento de Inteligência Militar (DIM), foi posto em liberdade o dirigente revolucionário Fidel Palma, que se encontrava preso sob acusações de suposta corrupção, o que organizações chavistas e revolucionárias de base denunciavam como uma retaliação política em virtude dele exercer uma candidatura rebelde ante as imposições da cúpula do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela, o principal partido de sustentação política do governo).

Desde cedo, pela manhã, foi realizado um expressivo ato de solidariedade ao camarada Palma, por iniciativa de comunidades e organizações populares do estado de Lara.

Ao sair da prisão, Palma expressou seu agradecimento à solidariedade manifestada pelo povo de Morán (município do qual ele foi prefeito) e de Lara, às diversas organizações revolucionárias que se mantiveram consequentes na luta por sua liberdade, assim como a diversos deputados e dirigentes da revolução que se mantiveram solidários e invocaram a necessidade de sua libertação, como um ato de justiça.

Visivelmente emocionado, Palma expressou que "estive preso, mas nunca me senti preso, minha consciência sempre esteve livre".

Denunciou a existência de gente que faz política e dirime as diferenças desta maneira, coisa com a qual não estamos de acordo, já que são torpezas que causam prejuízo à Revolução.

Manifestou que as acusações que lhe imputaram não são acusações reais para um revolucionário, já que eram parte do apoio que eu devia fazer como prefeito em favor dos setores populares e camponeses. "Estive preso por apoiar os conselhos comunais, por apoiar os resgates de terra no município, por apoiar os camponeses", assinalou.

Palma assegurou que se mantém firme nas suas convicções revolucionárias, e fez um chamado a seguir apoiando com firmeza e dignidade o processo revolucionário venezuelano, fazendo revolução em todos os cenários junto ao povo, e enfrentando a direita fascista que não descansa e continua atentando contra o povo.

"Não devemos perder de vista quem é o inimigo principal, a direita e o imperialismo; acima das contradições que se evidenciam em fatos como este", assinalou Palma.

Ao ser consultado sobre seu destino imediato na política, Fidel Palma respondeu que iria no rumo da revolução, como sempre, junto ao povo sempre.

Tradução: Jadson Oliveira

Observação do Evidentemente: É um exemplo de divergência entre as forças chavistas, no seio dos que lutam pela Revolução Bolivariana. É o reflexo de posições de organizações políticas e de militantes mais à esquerda. Estão no processo de busca da construção do socialismo, do poder popular, do poder comunal, mas às vezes se chocando com posições do governo central, no caso específico aí acima, se chocando contra "as imposições da cúpula do PSUV". 

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