O ministro do STF Gilmar Mendes chegou a questionar se a “vaquinha” dos petistas não seria “lavagem de dinheiro” (Foto: Internet) |
Tentativa de criminalizar arrecadação dos réus da AP 470 procura esconder críticas cada vez maiores ao julgamento
Por Paulo Moreira Leite, no seu blog Istoé Independente
Só
quem ainda não entendeu o que está acontecendo com a ação penal 470 implica com
as doações recebidas por Genoino e Delúblo Soares.
Basta fazer uma conta de aritmética simples para entender
que são números compatíveis, por exemplo, com o número de filiados ao PT. Eles
somam 1,7 milhão de brasileiros. Em teoria, bastaria que cada filiado doasse R$
1 para que o total fosse atingido. Claro que não foi isso o que ocorreu mas
essa estimativa dá uma ideia do processo.
Sem que se tenha provado nenhuma irregularidade nas
arrecadações, a divulgação da (suspeita? denuncia? calunia? mentira? ) sobre
lavagem de dinheiro e os pedidos de investigação são apenas tentativas de
esconder um fato político de primeira ordem: a visão de muitos brasileiros
sobre o “maior julgamento da história” está mudando – e rapidamente.
Em vez atender ao grotesco pedido de Joaquim Barbosa,
estes cidadãos mostram que os condenados não serão punidos com o esquecimento.
Pelo contrário. Tem gente que é capaz de colocar a mão no bolso para dizer que
serão lembrados.
O
esforço para criminalizar as doações é apenas uma tentativa de criminalizar um
movimento político legítimo e, do ponto de vista de muitas pessoas, necessário.
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