CARIBE: COMISSÃO DE REPARAÇÕES INCLUI OITO PAÍSES EUROPEUS NA DEMANDA PELA ESCRAVIDÃO




Governos caribenhos querem indenização das potências colonizadoras da Europa, pelos crimes contidos na escravidão e no genocídio dos povos nativos (Foto: Nodal)
Uma comissão caribenha ampliou o número de antigas potências colonizadoras na demanda por alguma forma de compensação pelo enorme impacto negativo que teve o comércio de escravos na região.

Matéria do portal Nodal – Notícias da América Latina e Caribe, de 11/12/2013

Numa entrevista coletiva à imprensa realizada no campus da Universidade das Índias Ocidentais,  na Jamaica, a Comissão de Reparações da Comunidade do Caribe identificou oito países europeus dos quais os governos da região devem “cobrar o legado de malefícios deixados por esses crimes”.

Uma banca britânica de advogados, contratada pelos governos caribenhos que pedem compensação, inicialmente se concentrou na Inglaterra, França e Holanda. Mas a Comissão de Reparações, que atua como um grupo de assessoria dos governos da região, acrescentou a Espanha, Portugal, Dinamarca, Noruega e Suécia.

“Na verdade, quando aprofundamos na história, percebemos que a maioria das nações europeias, incluindo as do sul e centro da Europa, também estiveram envolvidas nisto”, disse o presidente da comissão, Hilary Beckles, acrescendo que o grupo  recolhe informação também de países como a Suíça e a Rússia.

Beckles, que escreveu vários livros sobre a história da escravidão caribenha, disse que a comissão se prepara para enviar seu primeiro informe aos chefes de Estado, os quais decidirão como abordar o tema com as nações europeias.

Continua em espanhol:

La comisión dijo que las heridas de la esclavitud incluyen traumas psicológicos que aún son evidentes en la vida social caribeña, y un legado de retraso científico y tecnológico derivado del enfoque en la producción de materias primas tales como el azúcar.

El primer ministro de San Vicente, Ralph Gonsalves, quien asumirá la presidencia rotativa de la Comunidad del Caribe (Caricom) al comienzos de 2014, ha prometido impulsar el reclamo, el cual califica como “un asunto fundamental y definitivo de nuestra era”.

La Caricom anunció en julio que tenía la intención de solicitar compensación por la esclavitud y el genocidio de los pueblos nativos, y creó la comisión regional de reparaciones para atender el asunto. Además, ocho países integrantes han establecido sus propias comisiones nacionales de reparaciones.

Los gobiernos caribeños contrataron a la firma legal británica Leigh Day, que libró una exitosa batalla para la compensación de cientos de kenianos que fueron torturados por el gobierno colonial británico durante la llamada rebelión Mau Mau de las décadas de 1950 y 1960.

Richard Stein, un abogado de la firma, dijo el martes que acudirán a la Corte Internacional de Justicia, el máximo órgano judicial de las Naciones Unidas, si las negociaciones con los gobiernos no resultan fructíferas.

Tradução: Jadson Oliveira

Comentários