CARIBENHOS EXIGEM REPARAÇÃO ECONÔMICA E MORAL PELOS SÉCULOS DE ESCRAVIDÃO




Representantes de governos, da sociedade civil e de instituições acadêmicas do Caribe estão mobilizados e exigem compensações econômicas e morais das antigas metrópoles europeias, por terem submetido os povos caribenhos à excrescência da escravidão durante os séculos de colonização.

No mês passado eles realizaram a Conferência Regional de Reparações, que foi organizada pelo primeiro ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, um férreo crítico da escravidão e exploração a que foram submetidas as ilhas da região, conforme informações divulgadas pelo portal da web Nodal - Notícias da América Latina e Caribe.

De acordo com a matéria, durante o foro Gonsalves negou que o objetivo seja enfrentar as potências coloniais. Pelo contrário, argumentou, necessitamos  dos europeus para nos ajudar a impulsionar este projeto. 

Nesse sentido, ele conclamou os chefes de governo e de Estado da região a abordar o tema no novo período de sessões da 68ª. Assembleia Geral da ONU, que se realizaria logo em seguida à Conferência. 
E, de fato, foi o que aconteceu nas sessões plenárias das Nações Unidas, com pronunciamentos de vários mandatários do Caribe, como o do mesmo Gonsalves e de seus colegas de São Cristóvão, de Antigua e Barbuda e de Trinidad e Tobago. 

Na ONU eles cobraram uma indenização pelos danos da escravidão e recordaram as atrocidades do comércio de escravos e do extermínio de nativos, assim como seu impacto no desenvolvimento das ilhas caribenhas, conforme cobertura do mesmo sítio Nodal. 

“Além da reparação por danos – continua o texto divulgado por Nodal -, o Caribe quer que as antigas metrópoles beneficiadas pela escravidão, como a França, Holanda e o Reino Unido, reconheçam as atrocidades causadas por esse flagelo.

Na XXXIV Reunião da Comunidade do Caribe (Caricom) - celebrada em Porto Espanha (capital de Trinidad e Tobago) em julho último - o bloco regional decidiu de maneira unânime apoiar a demanda da indenização.

Dados das Nações Unidas fixam em 15 milhões os homens, mulheres e crianças vítimas do comércio transatlântico de escravos durante quatro séculos”.

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