COLÔMBIA: COMEÇA NOVA SEMANA DE PROTESTOS SOCIAIS





(Foto: Prensa Latina)
Bogotá, 16 set (Prensa Latina) - A Colômbia entra em outra semana de protestos sociais com os camponeses e produtores agrícolas à espera de uma saída à crise vivida no campo e aos pilotos da Avianca que exigem melhores salários e condições de trabalho.
Depois da recente Cúpula Agrária realizada na última sexta-feira, que aconteceu de maneira paralela ao grande Pacto Agrário promovido pelo Governo, os agricultores, que desde 19 de agosto se encontram em greve, reiteraram ao Executivo que suas propostas foram claras.

"Continuamos reivindicando o avanço a uma política de reforma agrária integral que reconheça os territórios coletivos indígenas e afrodescendentes, que reconheça a terra e territorialidade necessária ao campesinato, e que desmonte os grandes latifúndios que concentraram a maior parte da terra produtiva", sustentaram.

Em uma declaração final no encerramento do encontro, exigiram que fossem derrogadas as leis que, dizem, têm incentivado a extração indevida, legalizado os roubos de terras, o deslocamento de pessoas, a apropriação indevida de terrenos e títulos de terras falsos auspiciados por cartórios ilegítimos.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou na sexta-feira a assinatura de um pacote de decretos em benefício do setor agropecuário que inclui, entre outras coisas, a eliminação de impostos para os insumos agrícolas.

Segundo a emissora Caracol Rádio, a expectativa é que na próxima quinta-feira o Governo aproveite as mesas de acompanhamento dos acordos para expor os pontos do Pacto Nacional Agrário.

O primeiro encontro, informou a fonte, será realizado em Popayán com a presença dos ministérios do Interior, Agricultura, Comércio Exterior e Planejamento.

Ainda que no passado dia 8 de setembro os setores em greve desbloquearam as vias para começar a negociar com o Executivo, as concentrações, reuniões e assembleias continuam.

Por outro lado, durante o fim de semana, o vice-presidente colombiano Agelino Garzón tentou mediar a greve de mais de mil pilotos da Avianca que desde sexta-feira entraram na chamada operação zero trabalho suplementar, que obrigou a companhia aérea a cancelar mais de 160 voos até quarta-feira.

Garzón anunciou que amanhã será realizada uma reunião com o ministro do Trabalho, Rafael Pardo, as diretorias da companhia e os representantes do sindicato de pilotos da Avianca para tratar de dar uma saída à crise.

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