MADURO: “TEMOS QUE NOS PREPARAR PARA A BATALHA PELA NOVA ÉTICA POLÍTICA”


Nicolás Maduro sobre Mardo: "Está confeso... por Globovision
Vídeo reproduzido do sítio da TV Globovisión (emissora privada). É um pequeno trecho do discurso do presidente Nicolás Maduro, onde ele se refere ao deputado oposicionista Richard Mardo, que perdeu a imunidade parlamentar por responder a acusações de corrupção. O processo contra Mardo parece ter sido a principal motivação da manifestação dos antichavistas. Maduro diz no vídeo se tratar de um caso inédito: convocar uma marcha para defender um corrupto.

Maduro liderou os chavistas na Grande Marcha contra a Corrupção (Esta e mais três fotos abaixo são da AVN)

Chavistas e opositores ocuparam as ruas da capital venezuelana neste sábado (03/08), em dois atos simultâneos, com, no entanto, o mesmo objetivo: reivindicar o fim da corrupção. O grupo liderado pelo governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, se reuniu na zona leste de Caracas. Já os chavistas, vestidos de vermelho, marcharam da Praça Venezuela - zona central da cidade - até a Assembleia Nacional, onde o presidente Nicolás Maduro pediu aos seus seguidores que se preparassem para batalhar “por uma nova ética política”. (Abertura da matéria do portal Opera Mundi, assinada por Luciana Taddeo, de 03/08/2013, com o título “Com atos simultâneos, governo e oposição saem às ruas contra corrupção na Venezuela”).

A seguir, matéria da Agência Venezuelana de Notícias (AVN – estatal), traduzida do portal Aporrea.org, de 03/08/2013:

"Daqui, de Caracas, o berço do Libertador Simón Bolívar, o povo está nas ruas lutando contra a corrupção, contra os corruptos do passado, contra os corruptos do presente e contra o capitalismo, que é o responsável pela corrupção na Venezuela", disse Maduro.

De Caracas - Durante um ato com o povo após a Grande Marcha contra a Corrupção, neste sábado em Caracas, o presidente Nicolás Maduro manifestou que o povo humilde, sábio e humanista deve seguir adiante na luta contra todos os delitos, sobretudo a corrupção, fundamentado nos valores de Cristo, nos ideais do Libertador Simón Bolívar e no caráter revolucionário do líder socialista Hugo Chávez.

"Preparemo-nos para travar uma batalha pela refundação, bolivariana e cristã, duma nova ética política e sair procurando os farsantes, os hipócritas, os que põem uma boina vermelha para roubar o povo, os que se escondem detrás da imagem de Bolívar para roubar, os que se escondem detrás dum salmo, acreditando que rezando um Pai Nosso ficam 0 quilômetro para continuar roubando", atacou Maduro.
(Foto: Luciana Taddeo/Opera Mundi)
O mandatário nacional ressaltou que a legislação venezuelana conta com uma série de instrumentos pertinentes para fazer cada vez mais efetiva a luta contra a corrupção e contra pessoas inescrupulosas que pretendem se aproveitar das instituições do Estado e roubar o povo.
"Os primeiros que temos que cumprir a lei somos nós, os que governamos, os que temos cargos públicos dados pelo povo com seu voto (...) por isso temos que lutar todos os dias contra os hipócritas", disse.

Lembrou que a grande diferença entre a quarta República, desde 1830 a 1998, e a República Bolivariana, é que agora não governa a burguesia,  "agora os que governamos estamos comprometidos com o povo e decididos a lutar contra a corrupção".

Durante a manifestação, Maduro felicitou o povo venezuelano por sua participação na Grande Marcha contra a Corrupção.

"Daqui, de Caracas, o berço do Libertador Simón Bolívar, o povo está nas ruas lutando contra a corrupção, contra os corruptos do passado, contra os corruptos do presente e contra o capitalismo, que é o responsável pela corrupção na Venezuela", disse.

(Para continuar lendo, em espanhol, clicar aqui)


CAPRILES: “ESTA REVOLUÇÃO JÁ ACABOU”
Capriles liderou a marcha dos antichavistas (Foto: jornal El Universal)
A seguir, parte da matéria do Opera Mundi mencionada acima (com inversão na posição do primeiro parágrafo), referente ao ato da oposição:

Em seu discurso, o governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, que não reconhece a derrota para Maduro na eleição presidencial de 14 de abril, afirmou que com o atual governo “não dá mais”, mas que a oposição deverá chegar ao poder pela via constitucional. “A pior coisa que pode acontecer com este país é um governo militar, um golpe de Estado, os democratas temos o compromisso de conseguir mudanças democraticamente”, disse, garantindo no entanto que “esta revolução já acabou”.
Protestos dos oposicionistas (Foto: Luciana Taddeo/Opera Mundi)
“Não há azeite”, “não há farinha”, “com o salário mínimo não dá para comer”. Além de ironias em relação à nacionalidade de Maduro, que afirmam ser colombiano, estas foram algumas das mensagens lidas nos cartazes levantados na manifestação opositora. “Sei que antes do chavismo havia mais pobreza, mas agora temos que reconhecer que estamos pior do que quando estava Chávez. Agora não encontramos manteiga, papel higiênico, cimento”, queixou-se Emily Vázques, uma jovem que participava do ato.

Já a vendedora Carolina Fernández contou que protesta contra o governo desde a greve petroleira de 2002-2003, com a qual a oposição tentou derrubar Hugo Chávez ao desabastecer o país de suprimentos básicos. “Tenho muita vontade de chorar, sinto impotência por ver como destroem o país. Temos um governo ladrão, luto pela liberdade, contra o poder eleitoral que fez trapaça nas eleições. Tudo tem um limite e por isso estou aqui, há um momento em que a tolerância já não é virtude”, afirmou.

 
(Para ler, em espanhol, matéria do sítio de El Universal, jornal radicalmente antichavista, com o título “Capriles não descarta chamar a Constituinte - O líder opositor disse que a prioridade no momento são as eleições municipais de 8 de dezembro”, clicar aqui)

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