CHÁVEZ CONCLAMA A CLASSE OPERÁRIA A ASSUMIR SEU PAPEL NA TRANSIÇÃO AO SOCIALISMO

Por Agência Venezuelana de Notícias (AVN - estatal), de 31/08/2012



Caracas - O candidato presidencial Hugo Chávez indicou nesta sexta-feira, dia 31, durante um encontro com trabalhadores da indústria petrolífera nacional, em La Guaira, estado de Vargas, que a classe operária terá um papel primordial na transição ao socialismo.

"Lhes peço e exijo, tenho moral para fazê-lo, que a classe operária tenha seu papel de transição ao socialismo. Aspiro a que nos próximos seis anos ultrapassemos a barreira do não retorno de nossa revolução", asseverou realçando a necessidade de acelerar a construção duma nação socialista.

Por isso assinalou que se deve trabalhar arduamente em todos os setores para continuar construindo o modelo socialista da pátria. "Temos que trabalhar muito duro em todas as áreas, no econômico, social, político e cultural, em todas essas áreas a classe operária tem que assumir um papel fundamental", assegurou.

Chávez reconheceu a classe operária socialista e revolucionária como um exemplo da cultura do trabalho, contra a cultura do capitalismo e seus vícios, corrupções e anti-valores. "De muitas coisas depende o êxito da revolução e uma delas é o papel da classe operária", expressou.

Manifestou que os povos do mundo têm os olhos postos sobre a Venezuela porque sabem que "aqui se trava uma batalha da qual depende, em boa medida, o futuro da humanidade". "É uma batalha entre a besta capitalista e o projeto humano, o projeto socialista é a esperança da espécie humana", proclamou.

Ressaltou que o capitalismo provocou uma crise econômica mundial, "está acabando com este mundo", mas "volta a tomar seu espaço no mapa, no tabuleiro do xadrez mundial, a frase de Rosa Luxemburgo: ‘Socialismo ou barbárie'. O capitalismo é a garantia da barbárie e a ameaça à vida humana neste planeta, inclusive", acrescentou.



Desmascarar o plano contra-revolucionário

Chávez destacou que, nos próximos 30 dias, uma das maiores tarefas da classe trabalhadora venezuelana será "terminar de desmascarar o plano contra-revolucionário".
Reiterou que o plano da direita venezuelana, frente às eleições presidenciais do próximo 7 de outubro, segue diretrizes do imperialismo norte-americano.

"¡Ay, majunche!  (medíocre, coisa sem valor, como os chavistas chamam o candidato da direita, Henrique Capriles) Você não sabe com quem se meteu. Está se metendo com a dignidade dos trabalhadores da pátria, das mulheres trabalhadoras", expressou.

O candidato socialista, citando o livro O programa da MUD (como se chama a articulação da oposição: Mesa de Unidade Democrática), de Romain Miggus (já objeto de postagem deste blog), desmentiu que no setor público seja preciso diminuir o número de trabalhadores, tal como o propõe o plano da direita. Somente 14,2% da população ativa trabalha como empregado público, enquanto que em países como a França, Canadá ou Suécia, o número ascende a 21,2%, 21% ou 24,8%, respectivamente.

"Além do discurso e das ideias incendiárias desse fogo sagrado que nos move, temos que aprofundar nos argumentos para convencer a maioria sobre qual é o rumo que necessitamos todos na Venezuela, incluindo a classe média", manifestou Chávez.

Assinalou também que esses setores burgueses buscarão aplicar A Tríade (a autonomia, descentralização e privatização), que é o mais cru pacote neoliberal. "Esses pacotes causaram o desastre dos anos 70, 80 e 90", lembrou.

Chávez afirmou ainda que a direita sempre tratou de manejar o Estado como uma empresa capitalista, porque essa é a visão do neoliberalismo. "Eles utilizam a velha tese do Estado mínimo e capitalista. Isto quer dizer que o governo tem que torná-lo pequeno para que seja rentável e baixar o gasto público", explicou.




Diálogo com todos os setores

Chávez destacou a relevância da etapa seguinte da campanha Batalha de Carabobo (nome da campanha dos chavistas, é o nome de uma batalha na guerra pela independência vencida por Simón Bolívar), na qual promoverá encontros com diferentes setores da vida nacional para escutar suas propostas para o Plano Socialista da Nação - 2013-2019 (período de duração do próximo mandato).

"Amanhã começa setembro, mas no marco do último dia de agosto pensamos em incorporar na campanha eleitoral, que amanhã completa dois meses, incorporar um novo elemento, os encontros com diferentes setores da vida nacional", disse.
Contou que se prevê encontros com mulheres, camponeses, estudantes, produtores, classe média, profissionais e técnicos para conversar e ouvir as diferentes propostas para o próximo período presidencial.

Agregou que é necessário "seguir incrementando a inversão social, a inversão pública, seguiremos fortalecendo o Estado nacional, o poderio nacional, isso só podemos fazer no marco da independência nacional e dentro dos cinco objetivos históricos do Plano Socialista Nacional" (os cinco objetivos são: manter a independência, seguir construindo o socialismo, converter o país em potência, contribuir para construir um mundo multipolar e para a salvação do planeta).

"Nós continuaremos incrementando a inversão pública e o tamanho da propriedade social para que possa haver socialismo", garantiu.

Acrescentou que "a economia socialista vai continuar crescendo e aí está uma das tarefas maiores da classe operária, da Central Bolivariana dos Trabalhadores, dos trabalhadores da cidade, do campo, da pesca".

"Isto é parte dos planos em marcha, dentro de uma estratégia socialista, seguir fortalecendo a economia socialista. Todas estas são inversões do Estado", explicou.

 

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