NA BOLÍVIA: COCA COLA E MCDONALD’S PRA FORA!


Estudos médicos associam o consumo de Coca-Cola com o aumento de doenças como infarto cardíaco, derrame celebral, câncer, diabetes e cardiopatia coronária (Foto: jornal CiudadCCS)
Por Laiguanatv/RNV – reproduzido de Aporrea.org, de 31/07/2012

Caracas - A megaempresa estadunidense Coca-Cola deixará de operar no território boliviano a partir de 21 de dezembro deste ano. Foi o que anunciou o ministro de Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca. Ele afirmou que esta determinação estará em sintonia com o “fim” do calendário maia, e será parte dos festejos para celebrar o final do capitalismo e o começo da “cultura da vida”.

Segundo estudos médicos e químicos, a Coca Cola, assim como a maioria dos refrigerantes industriais, contém diversas substâncias prejudiciais ao corpo, e seu consumo periódico se associa inclusive a infartos cardíacos, derrames celebrais e câncer. Por exemplo, na Universidade da Califórnia se realizou uma análise dos componentes artificiais que se utilizam na produção desta bebida e também da Pepsi-Cola, para dar a conhecida coloração marrom, encontrando-se compostos químicos cancerígenos que poderiam afetar o pulmão, o fígado e a tireóide.

Além disso, o consumo desses refrigerantes açucarados está relacionado com a diabetes. Um estudo apresentado na American Heart Association considera que o aumento do consumo de bebidas como a Coca-Cola e a Pepsi-Cola registrado entre os anos 1990 e 2000, tem incidido diretamente na última década para que surjam 130.000 novos casos de diabetes e 14.000 episódios de cardiopatia coronária nos Estados Unidos, berço destas duas bebidas espalhadas pelo mundo e acusadas, ainda, de ter um importante controle de vastas e estratégicas reservas de água doce em muitos países, incluindo a América Latina.

Também a cadeia de comida “chatarra” (de baixa qualidade) McDonald’s abandonará o território boliviano; após 14 anos de infrutíferas tentativas de instalar-se na cultura dos habitantes desse país, fechará os oito restaurantes que tem em La Paz, Cochabamba e Santa Cruz, já que o estilo “fast-food” de consumo, uma das pontas de lança da transculturização, é estranho à concepção boliviana de como se deve preparar uma comida.

“Este suquinho sim é saboroso. Se você quer experimentar, por que você está comprando Pepsi ou Coca Cola? Compre Uvita”, comentou o presidente (Hugo) Chávez, esperando que na Venezuela, o quanto antes melhor, o exemplo dos bolivianos influa positivamente para mudar nossos hábitos de consumo.

Comentários

Joana D'Arck disse…
Tá, mas ontem mesmo, dia 01/08 saiu o desmentido do governo, dizendo que o ministro não disse o que disse. A ABI (Agência Boliviana de Informação) divulgou uma nota esclarecendo que o ministro das Relações Exteriores do país, David Choquehuanca, é um estudioso da cosmologia andina e que mencionou a possibilidade de desaparecimento da Coca-Cola do território boliviano apenas para exemplificar alguns dos possíveis efeitos do fim do calendário maia. Não há, portanto, em sua fala, qualquer tom institucional que formalize uma decisão da Presidência pela expulsão da Coca-Cola do país.
Jadson disse…
É isso mesmo, Joaninha. Se trata de um fato, ou uma pretensão cultural, não tem nada a ver com uma suposta decisão de governo. A declaração do ministro, que é da etnia Aymara (a mesma de Evo) foi interpretada (erroneamente) fora do contexto. Veja que o comentário de Chávez, por exemplo, vai nesse rumo, coisa de mudança de hábitos de consumo.
Pelo que vi, me parece que quem apurou bem a coisa foi o Azenha, do Vi o Mundo. Vou botar um link da matéria dele para que nossos leitores fiquem bem informados.