A CONSPIRAÇÃO NÃO SAI DA PAUTA DA ELEIÇÃO VENEZUELANA



De Caracas (Venezuela) - Todo dia aqui é dia de conspiração, ameaça de desestabilização, suspeitas. Razões para isso não faltam. A denúncia agora vem de José Vicente Rangel (foto), jornalista venezuelano muito respeitado. Apesar de reconhecidamente chavista, tem uma página semanal no Últimas Notícias, jornal diário de um grande grupo empresarial privado, tido como o mais lido do país, que apresenta um noticiário equilibrado politicamente. E tem um programa todo domingo numa TV privada, a Televen, chamado José Vicente Hoje.

Na sua página do Últimas Notícias desta semana (segunda, dia 6), ele denuncia que “há algo por trás” da campanha midiática de descrédito contra a Força Armada Nacional Bolivariana. “Em política nada é inocente, sobretudo quando provém de setores com experiência desestabilizadora”, diz, frisando que o roteiro é igualzinho ao do golpe de 11 de abril de 2002. Nesta área, particularmente, deve ter informações privilegiadíssimas, pois no golpe de 2002 ele era ministro da Defesa de Chávez.

Rangel fala da ação de um meio de comunicação, sem identificá-lo. “Cada vez mais esse veículo se destaca envolvido numa aventura. Chega a extremos de publicar que um narcotraficante, preso e processado, estaria presente no ato da Marinha bolivariana em Puerto Cabello (cidade do estado de Carabobo) no 24 de julho” (data em que se comemora o nascimento de Simón Bolívar, o Libertador).

E finaliza: “Na Venezuela temos muitas horas de voo e a ninguém engana a direita golpista e seus meios de comunicação: há um plano em marcha para enfrentar o resultado eleitoral adverso de 7 de outubro (dia da eleição presidencial). Um plano de grupos da oposição. E urge denunciá-lo para que o setor democrático dessa oposição contribua para desmontá-lo”. 

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