E SE “LAVOU” O BONFIM COM OS JEGUES E TUDO MAIS (um pedacinho do Carnaval da Bahia)


A repórter da Rádio FM Educadora afaga o burrico, após fazer matéria sobre
a polêmica (me desculpem a falha técnica, não anotei o nome da moça)
De Salvador (Bahia) - Pois é, não consigo atinar com a relevância social e animal da polêmica (me desculpem os defensores da causa), mas os jeguinhos e burricos terminaram liberados para desfilar na Lavagem do Bonfim. O assunto mexeu com os altos escalões da Justiça baiana e foi decidido, na última hora, por despacho da presidente do Tribunal de Justiça, Telma Brito.

Muita farra e muita gente, como sempre. Creio que deve ter uns 20 anos que não ia à festa. Acho que desde os velhos tempos de repórter de jornais baianos. Como voltei a este nobre ofício, agora como blogueiro, estive lá. Dei uma larga caminhada, tive que voltar também a pé, pois não havia ônibus. Encontrei pouquíssimos conhecidos.

Fiz uns vídeos (postados logo abaixo) e muitas fotos, que compartilho com meus leitores. Partidos políticos e movimentos sociais também estavam por lá, aproveitando a enorme “plateia”: somente o percurso – da Praça Cairu, no Comércio, à Colina do Bonfim – são oito quilômetros cheios de gente.

Antes, transcrevo a parte final da matéria distribuída pela Assessoria de Comunicação do deputado federal Emiliano José (PT-BA):

“As homenagens ao Senhor do Bonfim, conhecido como Oxalá no candomblé, tiveram início em 1754 quando a imagem do Senhor Crucificado, trazida de Portugal em 1745, foi transferida da Igreja da Penha, em Itapagipe, para a Igreja do Senhor do Bonfim, na Ribeira. A lavagem do adro da igreja com água de cheiro era feita pelos escravos, que preparavam o local para a novena em louvor ao Senhor do Bonfim, mas foi proibida pela Arquidiocese de Salvador em 1889, voltando a ser realizada pelos adeptos do Candomblé em 1950. Hoje, as escadarias são lavadas pelas baianas – consideradas como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Emiliano José lembrou ainda que, se no passado, a Igreja permanecia aberta para receber os fiéis que completavam o cortejo até a Colina Sagrada, hoje, as portas fechadas do santuário não abalam a fé do baiano. “A festa do Bonfim mantém uma relação muito forte entre o catolicismo e o candomblé, o sagrado e o profano, uma tradição que se mantém, sobretudo, pela força do povo baiano”, afirmou o deputado petista.

Vestidos de branco, a cor de Oxalá, diversas entidades representando variadas manifestações culturais também foram fazer seus pedidos ou agradecer ao santo. Grupos de percussão, baianas, blocos carnavalescos – o Filhos de Gandhi da Bahia e a Portela do Rio - juntaram-se à multidão. Entre os políticos, além de Emiliano José e de Waldir Pires, também participaram do cortejo o governador Jaques Wagner, o pré-candidato à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, a deputada estadual Maria Del Carmem, a vereadora Marta Rodrigues, entre outros políticos, autoridades e líderes partidários.

A Lavagem do Senhor do Bonfim é considerada a principal festa religiosa da Bahia e a segunda maior manifestação da cultura popular do Brasil”. (Observação deste blog: a primeira deve ser o Carnaval, certo? E a baita festança do 2 de Julho baiano, onde fica?)
Emiliano José com Waldir Pires (Foto da Assessoria
de Comunicação de Emiliano)

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