PROFESSORES VÃO ÀS RUAS POR SEUS DIREITOS


A passeata foi da Praça da Bandeira até a frente da prefeitura, no centro antigo da cidade
(Foto: Smitson Oliveira)
Maristônia Rosa Oliveira, conhecida como Tânia, diretora-geral da Delegacia Sindical
da APLB-Sindicato (Foto: Smitson Oliveira)
De Seabra (Bahia) – Um dia de greve, uma passeata e um protesto diante da sede da prefeitura para pressionar o prefeito Rochinha (José Luis Maciel Rocha), do PMDB, a atender suas reivindicações. Foi na segunda-feira, dia 19, em Seabra, cidade a 460 quilômetros de Salvador, considerada o centro administrativo da Chapada Diamantina (o município tem mais de 40 mil habitantes).


Professores municipais pararam suas atividades e dezenas deles foram às ruas para exigir o cumprimento do Plano de Carreira do Magistério, aprovado no ano passado depois de 45 dias de greve da categoria. Eles pedem também o envio à Câmara dos Vereadores do Estatuto do Magistério e do Plano de Carreira para os funcionários das escolas.


Outras reivindicações são a instalação de residência estudantil na capital e a abertura da biblioteca municipal, fechada há dois anos, conforme informações de Maristônia Rosa Oliveira, mais conhecida como Tânia, diretora-geral da Delegacia Sindical da APLB-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia). Ela observou que um documento com as posições do professorado foi protocolado na prefeitura na tarde do dia 19.


Iago Aquino, presidente da Associação dos Estudantes de Seabra,
foi um dos oradores na concentração em frente da prefeitura
(Foto: Smitson Oliveira)
Os manifestantes se concentraram no início da manhã na Praça da Bandeira e desfilaram com suas bandeiras, faixas e cartazes, gritando palavras-de-ordem, ao som de canções como Caminhando, de Geraldo Vandré, até a frente da prefeitura, no centro antigo da cidade. Aí vários oradores – incluindo representantes da Associação dos Professores de Seabra e da Associação dos Estudantes de Seabra - bradaram suas exigências, queixas e denúncias contra a administração municipal. A manifestação durou até por volta do meio-dia.


Maristônia (ou Tânia) avalia que as negociações já ocorridas com representantes do prefeito não têm sido satisfatórias. Ela e seus companheiros sindicalistas trabalham para que a categoria se conscientize mais da sua importância social e engrosse mais as mobilizações. Acreditam que o movimento goze da simpatia da sociedade e pedem que a população participe das reuniões dos vereadores nas terças-feiras à noite, visando maior influência da cidadania nos assuntos do município.


Segundo a dirigente sindical, a adesão à greve do dia 19 foi total. Não houve aula em nenhuma das 61 escolas da rede pública do município (responsável pelo ensino fundamental – da educação infantil até a 8ª. série), onde existem em torno de 400 professores e quase 10 mil alunos.

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