tag:blogger.com,1999:blog-10719070184031740102024-03-16T05:08:24.907-02:00EvidentementeBlog do jornalista Jadson OliveiraJoana D'Arckhttp://www.blogger.com/profile/08253164778693457119noreply@blogger.comBlogger4312125tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-66816990808116549222023-05-14T12:41:00.027-02:002023-05-21T13:04:29.503-02:00PELA IMEDIATA LIBERTAÇÃO DE JULIAN ASSANGE<p><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 20pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKobGMsjoBUMOEzimNqO0BCYEmruVRjSf6CXLbg0yLY2rlXZ53E54KvVrLKGm3Rejf8AxbrURGw_o3rBirVOCSyXCNNl7pCA1Pzy7v5e9ZjR6XGGFMK5wY-4_dFrBpHnhTPOpdV2BzFxFbXzzgr96GFRJRWqKU85HGteH_QGmvp74XRyuw3xSLATZ6/s622/20230504160544_3108fc0b4d6f52ac87cd8493270636ac95c2f8c032dcaec0438f102cc3c39141%20(1).webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="622" data-original-width="468" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKobGMsjoBUMOEzimNqO0BCYEmruVRjSf6CXLbg0yLY2rlXZ53E54KvVrLKGm3Rejf8AxbrURGw_o3rBirVOCSyXCNNl7pCA1Pzy7v5e9ZjR6XGGFMK5wY-4_dFrBpHnhTPOpdV2BzFxFbXzzgr96GFRJRWqKU85HGteH_QGmvp74XRyuw3xSLATZ6/s16000/20230504160544_3108fc0b4d6f52ac87cd8493270636ac95c2f8c032dcaec0438f102cc3c39141%20(1).webp" /></a></b></div><b><span face="Arial, sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #888888;">E as nossas bandeiras ainda estão lá — And Our Flags Are Still There — arte de Mr. Fish (Foto: Mr. Fish)</span></b><p></p><p><b><span face="Arial, sans-serif"><span style="color: #888888;"><br /></span><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 20pt;">“As ilegalidades cometidas contra Assange pressagiam um mundo no qual
aqueles que têm a coragem e a integridade de expor o uso indevido do poder
serão caçados, torturados, sujeitos a julgamentos falsos e punidos com
sentenças vitalícias de prisão em confinamento solitário”</span></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.9pt; margin-bottom: 3.75pt; mso-outline-level: 2;"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u><span face=""Arial",sans-serif" style="color: blue; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por
<a href="https://www.brasil247.com/authors/chris-hedges"><span style="color: blue;">Chris Hedges</span></a> (jornalista)</span></u></i></b><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Declaração de Chris Hedges
em manifestação no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa na cidade de Nova York<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">4 de maio
de 2023, 16:46 h <span style="color: #929292;">Atualizado em </span><span style="background: rgb(152, 185, 106); color: white;">4 de maio de 2023, 17:17</span></span><span face="Arial, sans-serif" style="background-color: #98b96a; color: white; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><i><span face="Arial, sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">(As matérias foram transcritas do site<b> Brasil 247)</b></span></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Esta é uma fala que fiz numa manifestação no Dia Mundial da Liberdade de
Imprensa na cidade de Nova York, clamando pela libertação imediata de Julian
Assange.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Originalmente publicado no</span></b><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #0066b0; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://chrishedges.substack.com/p/this-i-talk-i-gave-in-new-york-city" target="_blank"><span style="color: #0066b0; text-decoration: none; text-underline: none;"> The Chris Hedges Report</span></a></span></b><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> em 3/5/23. Traduzido e adaptado por Rubens Turkienicz, com
exclusividade para o Brasil 247.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 1;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 20pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“As ilegalidades cometidas contra Assange pressagiam um mundo no qual
aqueles que têm a coragem e a integridade de expor o uso indevido do poder
serão caçados, torturados, sujeitos a julgamentos falsos e punidos com
sentenças vitalícias de prisão em confinamento solitário”<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 1;"><span face="Arial, sans-serif" style="color: #333333;"><span style="font-size: medium;"><i>(As três matérias são transcritas do site <b>Brasil 247</b>)</i></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b style="color: black; font-size: medium;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 20pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“As ilegalidades cometidas contra Assange pressagiam um mundo no qual aqueles que têm a coragem e a integridade de expor o uso indevido do poder serão caçados, torturados, sujeitos a julgamentos falsos e punidos com sentenças vitalícias de prisão em confinamento solitário”</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(Do site Brasil 247) A detenção e perseguição de Julian Assange eviscera todos os fingimentos
do estado de direito e dos direitos de uma imprensa livre. As ilegalidades,
abraçadas pelos governos do Equador, do Reino Unido, da Suécia e dos EUA são
ameaçadoras. Elas pressagiam um mundo no qual as maquinações internas, os
abusos, a corrupção, as mentiras e os crimes, especialmente os crimes de
guerra, executados por estados corporativos e a elite dominante mundial, serão
mascaradas ao público. Elas pressagiam um mundo no qual aqueles que têm a
coragem e a integridade de expor o uso indevido do poder serão caçados,
torturados, sujeitos a julgamentos falsos e punidos com sentenças vitalícias de
prisão em confinamento solitário. Elas pressagiam a distopia Orwelliana na qual
a notícia é substituída pela propaganda, por trivialidades e entretenimento. Eu
temo que o linchamento legal de Julian marque o início oficial do totalitarismo
corporativo que definirá as nossas vidas.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;"><b style="color: black; font-size: medium;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 20pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“As ilegalidades cometidas contra Assange pressagiam um mundo no qual aqueles que têm a coragem e a integridade de expor o uso indevido do poder serão caçados, torturados, sujeitos a julgamentos falsos e punidos com sentenças vitalícias de prisão em confinamento solitário”</span></b></span></p><p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">(Transcrito do site Brasil 247) Sob qual
lei o presidente equatoriano Lenin Moreno acabou por capricho com os direitos
de asilo de Julian enquanto refugiado político? Sob qual lei Moreno autorizou a
polícia britânica a entrar na embaixada equatoriana — sancionada
diplomaticamente como território soberano — para prender um cidadão
naturalizado do Equador? Sob qual lei Donald Trump criminalizou o jornalismo e
exigiu a extradição de Julian, que não é um cidadão estadunidense e cuja
organização de notícias não se sedia nos EUA? Sob qual lei a CIA violou o
privilégio de advogado-cliente, vigiou e gravou todas as conversas de Julian,
tanto digitais quanto verbais, com os seus advogados e conspirou para
sequestrá-lo da embaixada e para assassiná-lo?<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">O estado
corporativo eviscera os direitos consagrados por decreto judicial. É assim que
temos o direito à privacidade, sem privacidade. É assim que temos eleições
“livres” financiadas pelo dinheiro corporativo, cobertas pelas mídias
corporativas e sob o controle férreo das corporações. É assim que temos um
processo legislativo sem o devido processo legal. É assim que temos um governo,
cuja responsabilidade fundamental é a de proteger os cidadãos, que ordena e
executa assassinatos dos seus próprios cidadãos, como o clérigo muçulmano Anwar
al-Awlaki e o seu filho de 16 anos. É assim que temos uma imprensa a qual é
permitido legalmente publicar informações classificadas e o publisher mais
importante da nossa geração está sentado em confinamento solitário numa prisão
de alta segurança, aguardando a sua extradição para os EUA.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">A tortura
psicológica de Julian — documentada pelo relator especial da ONU sobre tortura,
Nils Melzer — espelha a quebra do dissidente Winston Smith na novela “1984” de
George Orwell. A Gestapo quebrava ossos. A Stasi da Alemanha Oriental quebrava
almas. Nós também refinamos as formas mais brutas de tortura para destruir
tanto almas quanto corpos. Isto é mais eficaz. É isto que eles estão fazendo
com Julian, degradando constantemente a sua saúde física e psicológica. Este é
uma execução em câmera lenta. Isto é feito de propósito. Julian passou a maior
parte do tempo em isolamento, é frequentemente sedado e lhe foi negado
tratamento médico para uma variedade de doenças físicas. É-lhe negado
rotineiramente o acesso aos seus advogados. Ele perdeu muito peso, sofreu um
AVC leve, passou algum tempo na ala hospitalar da prisão — a qual os
prisioneiros chamam de ala do inferno — porque ele está em estado de suicídio,
foi colocado em confinamento solitário prolongado, foi observado batendo a sua
cabeça na parede e tendo alucinações. Esta é nossa versão do temido Quarto 1010
de Orwell.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Julian
foi marcado pela CIA para ser eliminado depois que ele e o WikiLeaks publicaram
o documento conhecido como Vault 7, o qual expôs o arsenal de guerra
cibernética da CIA — incluindo dezenas de vírus, trojans, sistemas de malware
por controle remoto programados para explorar uma ampla gama de produtos
estadunidenses e europeus, incluindo o iPhone da Apple, o Android do Google, o
Windows da Microsoft e até as Smart TVs da Samsung, que podem ser usados como
microfones clandestinos quando parecem estar desligados.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Eu passei
duas décadas como correspondente estrangeiro. Vi como as ferramentas brutais da
repressão são testadas naqueles que Frantz Fanon chamou de “os miseráveis da
Terra”. Desde o seu início, a CIA executou assassinatos, golpes de estado,
torturas, campanhas de propaganda suja, chantagens e espionagem ilegal e abusos,
incluindo de cidadãos estadunidenses, atividades expostas em 1975 pelas
audiências públicas do Comitê Church no Senado dos EUA e nas audiências do
Comitê Pike na Assembleia Federal de Representantes. Todos estes crimes,
especialmente após os ataques de 11/9/2001 [torres-gêmeas de NY], voltaram como
uma vingança. A CIA tem as suas próprias unidades armadas e um programa de
drones, esquadrões da morte e um vasto arquipélago global de prisões
clandestinas nas quais as vítimas sequestradas são torturadas e desaparecidas.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Os EUA
alocam um orçamento clandestino secreto de cerca de US$ 50 bilhões por ano para
esconder múltiplos tipos de projetos clandestinos executados pela Agência
Nacional de Segurança [NSA — National Security Agency], pela CIA e por outras agências
de inteligência — geralmente fora do escrutínio do Congresso dos EUA. A CIA tem
um aparato bem lubrificado, que é a razão pela qual, já que tinha montado um
sistema de vigilância por vídeo de 24 horas por dia de Julian na embaixada
equatoriana em Londres, enquanto discutia naturalmente o sequestro e o
assassinato de Julian. Este é o negócio deles. O Senador Frank Church — após
examinar os documentos pesadamente censurados da CIA que foram disponibilizados
ao seu comitê — definiu as “atividades clandestinas” da CIA como “um disfarce
semântico para assassinatos, coerção, chantagem, suborno, a disseminação de
mentiras e associações com conhecidos torturadores e terroristas
internacionais”.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Tema os
manipuladores das marionetes, não as próprias <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>marionetes. Eles são o inimigo que vem de
dentro.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Esta é
uma luta por Julian, a quem conheço e admiro. Esta é uma luta pela sua família,
que está trabalhando incansavelmente pela sua libertação. Esta é uma luta pelo
estado de direito. Esta é uma luta pela liberdade de imprensa. Esta é uma luta
para salvar o que resta da nossa diminuída democracia. E esta é uma luta que
nós não podemos perder.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; margin-bottom: 3.75pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 15pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chris Hedges</span></i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 15pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">: Jornalista vencedor do Pulitzer Prize (maior
prêmio do jornalismo nos EUA), foi correspondente estrangeiro do New York
Times, trabalhou para o The Dallas Morning News, The Christian Science Monitor
e NPR.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 1;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 24pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Entenda por que Assange é considerado um herói do
jornalismo investigativo e mobiliza entidades de direitos humanos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Preso desde 2019 no Reino Unido, ele revelou importantes segredos de
guerra<o:p></o:p></span></b></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">247
– </span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Preso desde 2019 no Reino Unido, Julian Assange é um jornalista,
ativista e fundador do site Wikileaks, que ficou famoso por divulgar
informações confidenciais e documentos secretos de governos, empresas e
organizações ao redor do mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">A
importância de Assange para o jornalismo mundial está relacionada com a sua
defesa da liberdade de imprensa e da transparência governamental. Ele
acreditava que a sociedade tem o direito de saber o que seus governos estão
fazendo em seu nome e que o jornalismo tem o dever de investigar e divulgar
informações relevantes para o público.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Assange
foi responsável por divulgar informações importantes, como os documentos do
Departamento de Estado dos Estados Unidos, que mostraram conversas entre
diplomatas americanos e líderes de outros países e revelaram ações secretas dos
Estados Unidos no exterior, assim como a ação durante a invasão do Iraque.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Assange
também contribuiu para o desenvolvimento do jornalismo investigativo, ao
incentivar a publicação de informações confidenciais e ao promover o uso da
tecnologia para proteger a identidade de fontes e jornalistas.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">O papel
de Assange na guerra do Iraque</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Julian
Assange e o Wikileaks divulgaram vários documentos secretos sobre a guerra do
Iraque, que revelaram informações importantes sobre a atuação dos Estados
Unidos e de outros países no conflito.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Um dos
documentos mais divulgados foi um vídeo que ficou conhecido como
"Collateral Murder", que mostrava um ataque aéreo dos Estados Unidos
em Bagdá, em 2007, que matou 12 pessoas, incluindo dois funcionários da agência
de notícias Reuters. O vídeo mostrou soldados americanos atirando em civis
desarmados, incluindo um motorista de táxi e crianças que estavam próximas ao
local do ataque. A divulgação do vídeo gerou indignação em todo o mundo e
levantou questões sobre a conduta dos soldados americanos no Iraque.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Além
disso, o Wikileaks divulgou milhares de relatórios militares confidenciais que
mostravam o número de civis mortos no conflito, ações violentas cometidas por
soldados americanos e outras informações que colocaram em dúvida a versão
oficial dos Estados Unidos sobre a guerra do Iraque.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">Os
documentos também revelaram que os Estados Unidos permitiram que tropas britânicas
e americanas entregassem prisioneiros iraquianos a grupos de milícias que os
torturaram e mataram. Além disso, os documentos mostraram que as forças
americanas mantiveram um registro de 109.032 mortes no Iraque, incluindo 66.081
civis, entre 2004 e 2009.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24pt; margin-top: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt;">A
divulgação desses documentos e informações trouxe à tona questões importantes
sobre a conduta dos Estados Unidos e de outros países no conflito, e teve um
impacto significativo na opinião pública sobre a guerra no Iraque.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 1;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 24pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Na Inglaterra, Lula defende soltura de Assange e
cobra mobilização da imprensa mundial: "prisão vergonhosa"<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"O jornalista denunciou que um Estado estava vigiando os outros e
isso virou crime contra ele? E a imprensa não faz um movimento para libertar
esse cidadão?", questiona o presidente.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">6 de maio de 2023, 13:30 h </span><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #929292; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Atualizado
em </span><span face=""Arial",sans-serif" style="background: rgb(152, 185, 106); color: white; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">6 de maio de 2023, 13:30</span><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">247 -</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Durante
coletiva de imprensa em Londres neste sábado (6), o presidente Lula (PT)
defendeu a </span><u><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #0066b0; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://www.brasil247.com/mundo/primeiro-ministro-da-australia-se-diz-frustrado-com-a-detencao-continua-de-julian-assange" target="_blank"><span style="color: #0066b0;">soltura do jornalista Julian
Assange</span></a></span></u><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, fundador do WikiLeaks preso por revelar ao mundo
documentos do Departamento de Estado dos EUA, que mostraram conversas entre
diplomatas americanos e líderes de outros países e revelaram ações secretas do
país no exterior, assim como a ação durante a invasão do Iraque.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assange está preso justamente em Londres, a cerca
de 10 km onde o chefe de Estado brasileiro falou com jornalistas na manhã de
hoje. O jornalista aguarda um caso de extradição para os EUA.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Eu acho uma vergonha. É uma vergonha que o
Assange, um jornalista que denunciou falcatruas de um Estado contra os outros,
esteja preso, condenado a morrer na cadeia, e a gente não faça nada para
libertá-lo. É um negócio maluco, a gente que briga e fala em liberdade de
expressão, e o cara está preso porque denunciou as falcatruas. E a imprensa não
se mexe na defesa desse jornalista, eu sinceramente não consigo entender",
declarou Lula quando questionado sobre o tema. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O presidente reforçou que conversará com o
primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, por telefone sobre o assunto
quando retornar ao Brasil, e cobrou uma mobilização da imprensa internacional
em defesa de Assange: "eu até peço perdão porque foi um assunto que
esqueci de falar com o primeiro-ministro, vou ligar para ele quando chegar no
Brasil. Acho que é preciso um movimento da imprensa mundial em defesa da
liberdade dele. Na defesa da liberdade para denunciar as coisas". <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Ele denunciou que um Estado estava vigiando
os outros e isso virou crime contra o jornalista? E a imprensa, que defende a
liberdade de imprensa, não faz um movimento para libertar esse cidadão?",
questionou Lula.<o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-17233013428602013282023-01-14T11:36:00.000-02:002023-01-14T11:36:02.003-02:00LULA NÃO TEM FORÇA PARA ENFRENTAR QUESTÕES MILITARES AGORA, DIZ HISTORIADOR<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 30.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 1; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "Segoe UI", sans-serif; font-size: 13.5pt; text-align: left;">Matéria reproduzida do site da BBC News – de 06/01/2023 (Atenção: entrevista feita antes do quebra-quebra nas sedes dos poderes em Brasília, dia 08/01/2023)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span lang="es-419"><a href="https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/lula-n%C3%A3o-tem-for%C3%A7a-para-enfrentar-quest%C3%B5es-militares-agora-diz-historiador/ar-AA162943?ocid=msedgdhp&pc=U531&cvid=5555dd46f32e4cf6912ab722a35a5857&fullscreen=true#image=2" target="_self"><span lang="PT-BR" style="color: blue; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes; text-decoration: none; text-underline: none;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape alt="Especialista em estudos sobre a ditadura militar, Carlos Fico é autor de livros como 'O Golpe de 1964: Momentos Decisivos'" href="https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/lula-n%C3%A3o-tem-for%C3%A7a-para-enfrentar-quest%C3%B5es-militares-agora-diz-historiador/ar-AA162943?ocid=msedgdhp&pc=U531&cvid=5555dd46f32e4cf6912ab722a35a5857&fullscreen=true#image=2" id="Imagem_x0020_16" o:button="t" o:spid="_x0000_i1026" style="height: 324pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 8in;" target=""_self"" type="#_x0000_t75">
<v:fill o:detectmouseclick="t">
<v:imagedata o:title=" Momentos Decisivos'" src="file:///C:\Users\JADSON\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg">
</v:imagedata></v:fill></v:shape></span></a></span><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoRvfW_0Kvv1Me49wQIo7k2yYB5-nT-tXyQIoYmmGXvcDQ5PJeEEwMcSS5ykDWzcWVXOTYgL2OV0_Zh6QOw8gxJZWuMDGtF2djvrZwUrWubR3y_1m0xaAnyOqFoGWfIF6hD3ziHVkrDPNrmSELDU5UwAmXy9H81_pNlKbJH_XpeB8p2qWdyywMtPOp/s648/555030019-104702358img8613.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="648" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoRvfW_0Kvv1Me49wQIo7k2yYB5-nT-tXyQIoYmmGXvcDQ5PJeEEwMcSS5ykDWzcWVXOTYgL2OV0_Zh6QOw8gxJZWuMDGtF2djvrZwUrWubR3y_1m0xaAnyOqFoGWfIF6hD3ziHVkrDPNrmSELDU5UwAmXy9H81_pNlKbJH_XpeB8p2qWdyywMtPOp/w400-h225/555030019-104702358img8613.webp" width="400" /></a></div><br />Especialista em estudos sobre a ditadura militar,
Carlos Fico é autor de livros como 'O Golpe de 1964: Momentos
Decisivos'© Julia Dias Carneiro/BBC News Brasil<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-family: "Segoe UI",sans-serif; font-size: 13.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><!--[if mso & !supportInlineShapes & supportFields]><span lang=es-419><span
style='mso-element:field-begin;mso-field-lock:yes'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>SHAPE <span
style='mso-spacerun:yes'> </span>\* MERGEFORMAT <span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span lang="es-419"><v:rect alt="data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAAEAAAABCAQAAAC1HAwCAAAAC0lEQVR42mNkYAAAAAYAAjCB0C8AAAAASUVORK5CYII=" filled="f" id="AutoShape_x0020_2" o:gfxdata="UEsDBBQABgAIAAAAIQC75UiUBQEAAB4CAAATAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbKSRvU7DMBSF
dyTewfKKEqcMCKEmHfgZgaE8wMW+SSwc27JvS/v23KTJgkoXFsu+P+c7Ol5vDoMTe0zZBl/LVVlJ
gV4HY31Xy4/tS3EvRSbwBlzwWMsjZrlprq/W22PELHjb51r2RPFBqax7HCCXIaLnThvSAMTP1KkI
+gs6VLdVdad08ISeCho1ZLN+whZ2jsTzgcsnJwldluLxNDiyagkxOquB2Knae/OLUsyEkjenmdzb
mG/YhlRnCWPnb8C898bRJGtQvEOiVxjYhtLOxs8AySiT4JuDystlVV4WPeM6tK3VaILeDZxIOSsu
ti/jidNGNZ3/J08yC1dNv9v8AAAA//8DAFBLAwQUAAYACAAAACEArTA/8cEAAAAyAQAACwAAAF9y
ZWxzLy5yZWxzhI/NCsIwEITvgu8Q9m7TehCRpr2I4FX0AdZk2wbbJGTj39ubi6AgeJtl2G9m6vYx
jeJGka13CqqiBEFOe2Ndr+B03C3WIDihMzh6RwqexNA281l9oBFTfuLBBhaZ4ljBkFLYSMl6oAm5
8IFcdjofJ0z5jL0MqC/Yk1yW5UrGTwY0X0yxNwri3lQgjs+Qk/+zfddZTVuvrxO59CNCmoj3vCwj
MfaUFOjRhrPHaN4Wv0VV5OYgm1p+LW1eAAAA//8DAFBLAwQUAAYACAAAACEAoHda0T8DAADzBgAA
HwAAAGNsaXBib2FyZC9kcmF3aW5ncy9kcmF3aW5nMS54bWykVVtzmzgUfu9M/4NGz0sAF19gQzo2
ttNM0yS1N5npowwyqBUSleRLdqf/fY8Ejp1kZx8aHuCco6NP37mJ84/7mqMtVZpJkeLwLMCIilwW
TJQpvv9r7o0w0oaIgnApaIofqcYfL96/OydJqUhTsRwBgtAJSXFlTJP4vs4rWhN9JhsqYG0tVU0M
qKr0C0V2gFxzvxcEA78mTOCLI9SUGII2iv0GFJf5D1pkRGyJBkieJ6eWjiPP345MErG9VM2yuVOW
eX6zvVOIFSmGzAlSQ4qw3y10bqD6L3aVR4D9WtXWX67XaO9QHu3bYdC9QTkYPwTDeNjHKIelTm7P
qG7/Y1dezf53H5BpDwXhhIhuLA2xfR1Z7xDZeGPksiINRWAqqM5ViguoWcJqUlK/EeWfK6LpIPqD
PUxuF7vg82Upx/DcLO+r2X1pxZl9TbLxV/hk4afxLrOGLOCzrw+LqFff/PhmDWN4f88mQTZy2vL+
4XbxuZ99u7pKn/J7YKqba6i+RkJmFRElHeuG5ga6GXgfTErJXUVJoa25rQiUrkVw1TmCQT1Xuy+y
gFISCNg16O9X6SnbJGmUNpdU1sgKKVZA0oGT7bU2LaeDiyuFnDPOXaG5eGYAzNYCDQJb7ZptFTc5
/8RBPBvNRpEX9QYzLwqmU288zyJvMA+H/emHaZZNw1/23DBKKlYUVNhjDlMcRq9GpGa5klquzVku
ax/6lOX0MMkwx2FwnGMtOSssnKWkVbnKuEJbwlM8d0+X+RM3/zkNNyoQy4uQwl4UTHqxNx+Mhl40
j/pePAxGXhDGk3gQRHE0nT8P6ZoJ+vaQ0C7Fcb/Xd1U6If0itsA9r2MjSc0MVYizOsWjJyeS2Eac
icKV1hDGW/kkFZb+MRVQ7kOhQdTdzWP2SzexZj+RxaNN2Aq+0LxKQnPBbQS3OgiVVH9jtIO7OsX6
54YoihG/EjAHcRhF4GacEvWHPVDU6crqdIWIHKBSbDBqxcyABls2jWJlBSeFLk1C2ltizbqGbjlZ
dlybpXnk1EXtmFNR3BFFFsCZw9ymuDHeZNHlETwg2GNwG02XzQJGph2UNnqXDnB8cd27rd3vyf5T
TvWLfwEAAP//AwBQSwMEFAAGAAgAAAAhALW38XXnBgAASRwAABoAAABjbGlwYm9hcmQvdGhlbWUv
dGhlbWUxLnhtbOxZT2/cRBS/I/EdRr632b9pNuqmym52G2hTouy2qMdZe9aeZuyxZmaT7g21RyQk
REEcqMSNAwIqtRKXcuKjBIqgSP0KvJmxvZ6s06QlggqaQ9Z+/s37/968sS9fuRszdECEpDzpevWL
NQ+RxOcBTcKud3M8vLDmIalwEmDGE9L15kR6VzbefecyXvcZTScci2AckZggYJTIddz1IqXS9ZUV
6QMZy4s8JQk8m3IRYwW3IlwJBD4EATFbadRqqysxpom3ARyVZjRg8C9RUhN8JkaaDUEJjkH6QPqC
qp8fC8rNgmC/rmFyLvtMoAPMuh4wDvjhmNxVHmJYKnjQ9Wrmz1vZuLyC17NFTJ2wtrRuaP6yddmC
YL9hZIpwUgitD1udS1sFfwNgahk3GAz6g3rBzwCw74O5Vpcyz9Zwrd7LeZZA9nKZd7/WrrVcfIl/
c0nnTq/Xa3cyXSxTA7KXrSX8Wm21tdlw8AZk8e0lfKu32e+vOngDsvjVJfzwUme15eINKGI02V9C
64AOhxn3AjLlbLsSvgbwtVoGX6AgG4oU0yKmPFEvTbgY3+FiCCiNZljRBKl5SqbYh+zs43giKNZS
8DrBpSeW5MslkhaIdFKnquu9n+LEK0FePP3uxdPH6Ojek6N7Px7dv3907wfLyFm1jZOwvOr5N5/+
+fAj9Mfjr58/+LwaL8v4X7//+JefPqsGQg0tzHv2xaPfnjx69uUnv3/7oAK+KfCkDB/TmEh0gxyi
PR6DYcYrruZkIl5txTjCtLxiMwklTrCWUsF/oCIHfWOOWRYdR48ecT14S0APqQJend1xFB5FYqZo
heRrUewAdzhnPS4qvXBNyyq5eTxLwmrhYlbG7WF8UCW7jxMnvoNZCh00T0vH8H5EHDV3GU4UDklC
FNLP+D4hFdbdptTx6w71BZd8qtBtinqYVrpkTCdONi0WbdMY4jKvshni7fhm5xbqcVZl9RY5cJFQ
FZhVKD8mzHHjVTxTOK5iOcYxKzv8OlZRlZKjufDLuIFUEOmQMI4GAZGyas0HAuwtBf0ahrZVGfYd
No9dpFB0v4rndcx5GbnF9/sRjtMq7IgmURn7ntyHFMVol6sq+A53K0TfQxxwcmK4b1HihPv0bnCT
ho5KiwTRT2aiIpZXCXfydzRnU0xMq4HO7vTqmCYva9yMQue2Es6vcUOrfPbVwwq939SWvQm7V1XN
bB9r1CfhjrfnPhcBffO78xaeJbsECmJ5i3rbnN82Z+8/35xPqufzb8mLLgwNWs8idto2s3f88tF7
ShkbqTkj16WZviVsQMEQiHqxOWyS4jyWRnCpyxmkOLhQYLMGCa4+pCoaRTiFyb3uaSahzFiHEqVc
wrHRkCt5azxM/8oeOtv6OGLbh8RqhweW3NTk/NRRsDFaheZ8mwtqagZnFda8lDEF215HWF0rdWZp
daOa6YyOtMJk7WJzRgeXF6YBsfAmTDYI5iHw8ioc97VoOPFgRgLtdxujPCwmCucZIhnhgGQx0nYv
x6hugpTnypIh2g6bDPoIeYrXStI6mu3fkHaWIJXFtU4Ql0fv70Qpz+BFlIDb8XJkSbk4WYIOu16n
3Wh7yMdp15vCYRku4xSiLvUwiVkIL5x8JWzan1rMpsoX0ezkhrlFUIeXINbvSwY7fSAVUm1hGdnU
MI+yFGCJlmT1b7TBredlQEU3OpsWzTVIhn9NC/CjG1oynRJflYNdomjf2duslfKZImIUBYdowmZi
D0P4daqCPQGV8M7DdAR9A2/ptLfNI7c5Z0VXfjdmcJaOWRrhrN3qEs0r2cJNQyp0MHcl9cC2St2N
ca9uiin5czKlnMb/M1P0fgKvIJqBjoAP730FRrpSuh4XKuLQhdKI+kMB04PpHZAt8KYXHkNSwUtq
8yvIgf61NWd5mLKGk6TaoyESFPYjFQlCdqEtmew7hVk927ssS5YxMhlVUlemVu0JOSBsrHvgqt7b
PRRBqptukrUBgzuef+59VkGTUA855XpzOlmx99oa+KcnH1vMYJTbh81Ak/u/ULEYDxa7ql1vlud7
b9kQ/WAxZrXyqgBhpa2gk5X9a6rwilut7VhLFjfauXIQxWWLgVgMRCm8SEL6H+x/VPiMmDTWG+qY
70FvRfAZQzODtIGsvmAHD6QbpCVOYHCyRJtMmpV1bTY6aa/lm/U5T7qF3GPO1pqdJd6v6OxiOHPF
ObV4ns7OPOz42tJOdDVE9niJAmman2ZMYKo+bO3gFE3CeteD70oQ6LtwBV+mPKA1NK2haXAFn5tg
WLLfiLpedpFT4LmlFJhmTmnmmFZOaeWUdk6B4Sz7GpNTVqFT6Q8o8BVP/3go/1YCE1z2bSVvqs7X
v42/AAAA//8DAFBLAwQUAAYACAAAACEAnGZGQbsAAAAkAQAAKgAAAGNsaXBib2FyZC9kcmF3aW5n
cy9fcmVscy9kcmF3aW5nMS54bWwucmVsc4SPzQrCMBCE74LvEPZu0noQkSa9iNCr1AcIyTYtNj8k
UezbG+hFQfCyMLPsN7NN+7IzeWJMk3ccaloBQae8npzhcOsvuyOQlKXTcvYOOSyYoBXbTXPFWeZy
lMYpJFIoLnEYcw4nxpIa0cpEfUBXNoOPVuYio2FBqrs0yPZVdWDxkwHii0k6zSF2ugbSL6Ek/2f7
YZgUnr16WHT5RwTLpRcWoIwGMwdKV2edNS1dgYmGff0m3gAAAP//AwBQSwECLQAUAAYACAAAACEA
u+VIlAUBAAAeAgAAEwAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbFBLAQItABQA
BgAIAAAAIQCtMD/xwQAAADIBAAALAAAAAAAAAAAAAAAAADYBAABfcmVscy8ucmVsc1BLAQItABQA
BgAIAAAAIQCgd1rRPwMAAPMGAAAfAAAAAAAAAAAAAAAAACACAABjbGlwYm9hcmQvZHJhd2luZ3Mv
ZHJhd2luZzEueG1sUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhALW38XXnBgAASRwAABoAAAAAAAAAAAAAAAAAnAUA
AGNsaXBib2FyZC90aGVtZS90aGVtZTEueG1sUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhAJxmRkG7AAAAJAEAACoA
AAAAAAAAAAAAAAAAuwwAAGNsaXBib2FyZC9kcmF3aW5ncy9fcmVscy9kcmF3aW5nMS54bWwucmVs
c1BLBQYAAAAABQAFAGcBAAC+DQAAAAA=
" o:spid="_x0000_s1026" stroked="f" style="height: 24.25pt; mso-left-percent: -10001; mso-left-percent: -10001; mso-position-horizontal-relative: char; mso-position-horizontal: absolute; mso-position-vertical-relative: line; mso-position-vertical: absolute; mso-top-percent: -10001; mso-top-percent: -10001; mso-wrap-style: square; v-text-anchor: top; visibility: visible; width: 24.25pt;">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
<w:wrap type="none">
<w:anchorlock>
</w:anchorlock></w:wrap></o:lock></v:rect></span><!--[if mso & !supportInlineShapes & supportFields]><span
lang=es-419><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:24.25pt;
height:24.25pt'>
<v:imagedata croptop="-65520f" cropbottom="65520f"/>
</v:shape><span style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span style="color: black; font-family: "Segoe UI",sans-serif; font-size: 13.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Segoe UI"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O historiador Carlos Fico, estudioso da
Ditadura Militar (1964-1985), considera que é "compreensível" a opção
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de adotar uma postura conciliadora
com as Forças Armadas no início do seu governo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na sua avaliação, o petista
não tem força para enfrentar agora o antigo problema brasileiro de
"intervencionismo militar" na política, após ter sido eleito em uma
vitória apertada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, governo em que as
Forças Armadas alcançaram o maior espaço desde a redemocratização.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: roboto, serif; font-size: 13pt;">"Qualquer governo que
assumisse agora teria dificuldade (na relação com os militares), a não ser que
fosse de extrema-direita novamente. Então, acho compreensível a tentativa de
acalmar os ânimos", afirmou em entrevista à BBC News Brasil.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Compreendo que seja
impossível enfrentar os problemas que existem na relação dos militares com a
política, dos militares com os civis, depois de toda uma longa trajetória de
falas políticas indevidas, de indisciplina, de quebra da hierarquia, de tudo
que aconteceu no governo Bolsonaro", acrescentou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para o professor titular de
História Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a
politização das Forças Armadas aumentou a partir do governo de Michel Temer e,
em especial, nos últimos quatro anos, mas é um problema "estrutural,
extremamente complexo", que se reflete no "excesso de atribuições
indevidas" atribuídas aos militares pelas constituições brasileiras ao
longo dos séculos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fico diz que isso permanece
na Constituição atual por meio do artigo 142, que estabelece que "as
Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Segundo o historiador, essa
redação foi incluída por lobby dos militares e dá margem para interpretações
equivocadas que atribuem às Forças Armadas um pretenso papel moderador sobre os
três Poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apesar de considerar que
isso "fragiliza muito a institucionalidade da democracia brasileira",
o historiador não acredita que haverá qualquer tentativa de mudar esse trecho
da Constituição nos próximos anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"A alteração disso é
uma coisa que criaria um tumulto muito grande entre os militares. Muito maior
do que, por exemplo, foi a Comissão Nacional da Verdade (durante o governo
Dilma Rousseff)", afirma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Precisa de um
Presidente da República muito forte pra enfrentar esse tipo de problema. No
momento, a gente está no início do governo, vindo de uma eleição que foi
disputada quase que, diria, voto a voto. Então, temo que isso vá ter que
aguardar um pouco", reforçou em outro trecho da entrevista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Lula escolheu o político
conservador José Múcio (PTB) para o Ministério da Defesa e nomeou como
comandante das três forças os generais-oficiais mais antigos: general Julio
César de Arruda (Exército), almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen
(Marinha) e o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apesar de considerar as
escolhas compreensíveis dentro de uma estratégia de conciliação, Fico
considerou "muito ruim" a antecipação da nomeação dos comandantes
para antes da posse de Lula, após pressão das Forças Armadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ele também criticou a
declaração de Múcio de que os acampamentos em frente aos quartéis pedindo um
golpe militar após a eleição de Lula, justamente como base no artigo 142 da
Constituição, seriam uma "manifestação democrática".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"É um equívoco, um excesso
de zelo dele. Ele não é tão habilidoso assim como se propaga, pelo visto,
né?", questionou Fico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Confira, a seguir, os
principais trechos da entrevista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - Como
avalia esse início de relação do governo Lula com os militares? A escolha de um
ministro da Defesa conciliador foi adequada, ou deveria haver um enfrentamento
mais duro à politização das Forças Armadas?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico - </span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Qualquer governo que
assumisse agora teria dificuldade, a não ser que fosse de extrema-direita
novamente. Então, acho compreensível a tentativa de acalmar os ânimos, de não
trazer temas que são realmente problemáticos na trajetória histórica das Forças
Armadas para serem discutidos neste momento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não sei se no futuro haverá
espaço para isso. Eu acho que durante muito tempo não vai haver. Então dá pra
entender a escolha de um ministro com esse perfil de conciliação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O que eu não gostei mesmo
foi de ter havido aquela pressão para o presidente, ainda presidente eleito,
fazer a nomeação logo de um ministro com esse perfil, inclusive sob pena de
alguma insubordinação, que afinal acabou acontecendo. Então, me pareceu ruim
que o Lula tivesse cedido àquela pressão. Houve aquela hipótese dos comandantes
renunciarem e isso funcionou como uma forma de pressão. E, afinal de contas,
acabou que eles deixaram os cargos mesmo antes da transmissão de cargo de
comandante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O próprio ministro da
Defesa também deixou o cargo antes. É uma coisa ruim que não tenha tido
transmissão de cargo e que os comandantes indicados por Lula tenham sido nomeados
como interinos pelo Bolsonaro. Então, já começou meio mal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas eu compreendo que seja
impossível enfrentar os problemas que existem na relação dos militares com a
política, dos militares com os civis, depois de toda uma longa trajetória de
falas políticas indevidas, de indisciplina, de quebra da hierarquia, de tudo
que aconteceu no governo Bolsonaro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - Por que a
saída dos comandantes das Forças antes da posse de Lula é algo tão ruim?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico - </span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os comandantes militares do
período do Bolsonaro não queriam, digamos, prestar continência para o Lula.
Parece um problema menor para as pessoas no geral, mas no contexto do ambiente
militar isso tem grande significação simbólica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Então, para evitar perfilar
e fazer continência ao novo presidente, os comandantes militares da época do
Bolsonaro começaram a discutir uma proposta do antigo comandante da Aeronáutica
de renunciar no dia 23 de dezembro e Bolsonaro, então, nomearia interinamente
os novos comandantes indicados pelo Lula, que foram escolhidos pelo critério de
antiguidade. Por que esse critério foi escolhido? Naturalmente, porque não há
como contestar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eventualmente, o Presidente
da República e o ministro da Defesa poderiam ter preferência por um outro
general, um outro brigadeiro e um outro almirante, não necessariamente o mais
antigo. Preferência, sei lá, por trajetória profissional, perfil político,
qualquer coisa assim. Então, a escolha do critério da antiguidade pelo ministro
da Defesa também faz parte dessa estratégia de conciliação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse tipo de pressão é
indevida e me pareceu muito negativa. Lula não foi capaz de resistir à pressão
dos militares. Poderia ter sido o próprio Múcio, que é um perfil conciliador,
e, em seguida, o Múcio nomearia os comandantes, e os antigos comandantes do
Bolsonaro, como sempre aconteceu, fariam a transmissão do cargo pro novo
comandante. Então, essas cerimônias (de transmissão de cargo) são tradicionais
e não estão acontecendo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - Múcio
disse a jornalistas, após a cerimônia para assumir o cargo, que os atos na
frente dos quartéis seriam democráticos. Como vê essa fala?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico -</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> É um equívoco, um
excesso de zelo dele. É claro que manifestações que peçam intervenção militar
ou golpe militar são antidemocráticas e deveriam ser coibidas. Isso aí é muito
ruim, muito negativo e certamente desnecessário. Não havia a menor necessidade.
Mesmo com essa estratégia conciliadora, apaziguadora, não haveria necessidade
de ele dar essa declaração. Ele não é tão habilidoso assim como se propaga, pelo
visto, né?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - Após esse
início conciliador, há algo que o governo Lula possa fazer para reduzir a
politização das Forças Armadas?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico -</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Eu acho que a simples
existência de um governo democrático, funcional e racional colabora no sentido
de uma despolitização mais explícita. Na verdade, essa atuação indevida dos
militares na política vem acontecendo com mais visibilidade desde o governo
Michel Temer (2016-2018). E, no governo Bolsonaro, o presidente da República
todo dia, praticamente, fazia um investimento nessa presença política das
Forças Armadas, como se elas fossem dar o golpe. Então, o fato disso deixar de
existir já é, por si só, muito positivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Agora, esse não é um
problema pontual que começou com o Temer e se agravou com o Bolsonaro. Esse é
um problema histórico, de longa duração. Vem desde o fim da Guerra do Paraguai
(1864 a 1870), ainda durante o Império, no século 19. Ele atravessou todo o
período republicano e, inclusive, tem uma dimensão, como eu sempre falo,
constitucionalizada, que é o famoso artigo 142 da Constituição, que foi muito
mal redigido e dá atribuições excessivas às Forças Armadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Muitos oficiais generais
entendem que o artigo 142, assim como outros artigos de Constituições passadas,
daria — o que é equivocado, mas muitos oficiais generais acham — às Forças
Armadas o papel de moderador. É um problema estrutural, extremamente complexo.
Na tradição constitucional brasileira, a atribuição das competências das Forças
Armadas sempre foi excessiva, em competências indevidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É um problema que
ultrapassa a crise criada pelo Bolsonaro e que vai ser muito difícil resolver.
Não imagino que isso (a atual redação do artigo 142) vá ser sequer enfrentado
durante os próximos quatro anos. Não sei quando será possível a gente ter um
ambiente político para enfrentar esse problema, o que fragiliza muito a
institucionalidade da democracia brasileira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC NEWS Brasil - Então, na
sua avaliação, o Congresso precisa aprovar emenda constitucional redigindo
novamente esse artigo?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico - </span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Exatamente. Parte desse
artigo é muito ruim porque, durante a Assembleia Constituinte de 1987, 1988,
quando a gente tinha saído há poucos anos da ditadura, havia uma preocupação
grande do Ministro General Leônidas Pires Gonçalves, que era ministro do
Exército do governo José Sarney (primeiro presidente Civil após o fim do regime
militar), mas muito duro, muito preocupado com a tradição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ele fez um lobby muito
forte na Constituinte e conseguiu garantir duas coisas que integram a tal
tradição constitucional: a Garantia da Lei e da Ordem, que é um papel de
polícia que já não deveria haver, e também a garantia dos poderes
constitucionais. Essa expressão, sobretudo, é que é ruim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Constituição diz que
compete às Forças Armadas aquelas coisas tradicionais em qualquer país, a
defesa da pátria contra ameaças externas, e também a Garantia da Lei e da Ordem
e dos poderes constitucionais. Sobretudo essa última expressão ficou muito
confusa, dúbia. Ninguém sabe exatamente o que isso significa. Porque garantir
os poderes constitucionais, ou seja, o Congresso, o Executivo, o Judiciário, é
um papel de todo mundo, né? E quem ameaça esses poderes constitucionais? Então
isso fica ao arbítrio das Forças Armadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Supremo Tribunal Federal
fez uma decisão liminar interpretando o artigo 142 e dizendo: "não, não
tem essa história de intervenção (dos militares nos demais Poderes), nada
disso, não é isso que a passagem quer dizer". A mesa da Câmara também se
manifestou, durante o governo Bolsonaro, dizendo que não. E, portanto, só pelo
fato do Supremo e da mesa da Câmara terem sido obrigados a se manifestar, você
vê que há um problema aí.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tem essa interpretação
otimista, que é claro que eu concordo com ela, mas a verdade é que qualquer
pessoa que leia esse artigo vai ver que ele tem esse problema que eu mencionei.
A alteração disso é uma coisa que criaria um tumulto muito grande entre os
militares. Muito maior do que, por exemplo, foi a Comissão Nacional da Verdade
(durante do governo Dilma Rousseff). O relatório da Comissão (responsabilizando
militares pela tortura e assassinato de opositores da ditadura) gerou muita
insatisfação entre os militares e também está na origem, vamos dizer, dessa
antipatia que eles têm contra o PT, Lula, e, sobretudo, a Dilma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Então são vários focos de
problemas, mas o principal é essa tradição histórica, que vem desde o século
19, de várias intervenções militares, que acabou levando a diversas
constituições, inclusive a primeira, de 1891, a darem essa atribuição
excessiva, que agora se expressa nessa passagem do artigo 142 (da Constituição
de 1988).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - Houve um
excesso no uso das operações de Garantia da Lei e da Ordem, a partir dos
governos petistas?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico -</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Essa utilização das
Forças Armadas como força policial é claramente indevida. É claro que existe em
outros países também, como no Brasil, previsão para esse uso no caso de
situações extremamente dramáticas. Mas elas não podem ser banalizadas. Acredito
que, com o tempo, a criação de forças especiais, federais, talvez vinculadas à
Polícia Federal, vai acabar resolvendo esse problema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Porque esse é um caso de
problema estabelecido pelo artigo 142 que prevê exatamente a Garantia da Lei e
da Ordem para as Forças Armadas. Então você vê como ele é terrível. O artigo
142 é escrito mais ou menos da seguinte maneira: às Forças Armadas competem
isso, aquilo e aquilo, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa
de um deles, a Garantia da Lei e da Ordem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Então, só a Garantia da Lei
e da Ordem tem a previsão de iniciativa de um dos três poderes. Por isso que eu
digo que a garantia dos poderes constitucionais é precária. E, para finalizar,
tem o seguinte: se um presidente do Congresso ou presidente do Supremo pedem a
aplicação da Garantia da Lei e da Ordem, quem decide, em última instância, é o
presidente da República, conforme a lei que regulamenta o artigo 142. Então,
você vê que é uma coisa cheia de detalhes, cheia de problemas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - Então os
outros Poderes podem chamar as Forças Armadas a atuar, mas é o presidente que
tem a palavra final?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico - </span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Era o receio que havia
agora durante a eleição. Então, vamos supor que houvesse uma iniciativa de
bolsonaristas mais radicais ainda, contestando as eleições, invadindo, sei lá,
o Congresso, o TSE, e o Congresso ou o Supremo pedissem a aplicação da Garantia
da Lei e da Ordem. Quem ia decidir? Seria o Bolsonaro. Ele poderia dizer:
"não, não precisa, isso é uma manifestação democrática", e ficaria
por isso mesmo. Então você vê que tem vários problemas que, inclusive, vão para
o plano da legislação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - O
presidente Lula não citou as Forças Armadas nos dois discursos de posse. Seria
mais um movimento para distensionar a relação, não provocar os militares?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico - </span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Talvez não distensionar ou
não provocar, mas sobretudo talvez não dar muita importância, o que seria
positivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na geração que me antecede,
que é um pouco mais velha do que eu, e que, portanto, enfrentou mais
diretamente a ditadura, eu acho que tem um problema geracional na relação com
militares. Então, todos os presidentes democratas, como Fernando Henrique
Cardoso, Lula e Dilma, têm esse perfil. Eu não sei se é medo, se é uma atitude
um pouco de covardia, mas tiveram muita cautela na relação com os militares. E,
portanto, nunca enfrentaram, vamos dizer assim, de frente esses problemas que
mencionei.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Espero que, com o tempo,
isso se dissolva para que esse velhíssimo problema, o intervencionismo militar,
seja enfrentado de frente, com maior segurança, maior clareza. Porque não dá
pra você ter uma democracia consolidada sem a proeminência do poder civil. E
isso tem uma dimensão que é simbólica também. Não é só constitucional, mas é
simbólica. A maneira como os presidentes da república se relacionam com os
militares, me parece que sempre houve, desde o fim da ditadura, esse excesso de
reverência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - No
primeiro governo Lula havia um contexto mais favorável para a despolitização
das Forças Armadas do que agora? Foi uma oportunidade perdida?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico - </span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sim, sobretudo o governo Fernando
Henrique, que conseguiu um grande avanço com a criação do Ministério da Defesa.
E, no caso do governo Lula, sobretudo depois dos três primeiros anos, em que
havia aquele temor sobre o que o Lula vai fazer, o que não vai fazer, e aí
ficou claro que era um governo democrático, fortalecido pelo sucesso do próprio
governo. Portanto, esses dois momentos foram perdidos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No governo da Dilma, eu
acho que não havia, por conta do passado de militante da esquerda
revolucionária. Mas, no caso do Lula e do Fernando Henrique Cardoso, esse
problema poderia ter sido enfrentado. Aliás, Fernando Henrique Cardoso foi um
dos constituintes que tentou melhorar o tal artigo 142 e não conseguiu. Assim
como outros, José Genoíno, Afonso Arinos de Melo Franco. Mas, enfim, já perdemos
algumas oportunidades, com certeza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Agora, vai depender muito
do que vai acontecer nos próximos anos, porque precisa de um Presidente da
República muito forte pra enfrentar esse tipo de problema. No momento a gente
está no início do governo, vindo de uma eleição que foi disputada quase que,
diria, voto a voto. A diferença (de Lula sobre Bolsonaro) foi muito pequena.
Então, temo que isso vá ter que aguardar um pouco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">BBC News Brasil - Voltando
aos acampamentos na frente dos quartéis contra a eleição de Lula: as Forças
Armadas foram coniventes?</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carlos Fico -</span></b><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Houve uma conivência
dos comandantes bolsonaristas e do próprio Ministro da Defesa bolsonarista.
Porque é claro que o Bolsonaro queria manter aqueles acampamentos. Houve
claramente conivência porque eles deveriam ter convocado as polícias militares
locais para coibir os excessos dos manifestantes. E, mesmo, estarem acampados
ali, naquela região que é de segurança militar, é uma coisa completamente sem
sentido. Porque eles não permitem nem que você passe sem parar com o carro
nessas regiões, e permitiram um acampamento totalmente heterodoxo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="color: #2b2b2b; font-family: "roboto",serif; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Agora, tem uma outra coisa
também que é o papel do Congresso Nacional e dos governadores. Quer dizer, os
governadores de Estado não poderiam mandar PMs simplesmente desmontar aquilo,
mas poderiam falar com os comandantes das unidades militares no estado:
"olha, dá um jeito nisso, faz alguma coisa". Não houve nada disso.
Porque os governadores do Rio, de São Paulo, de Minas Gerais são rescaldos do
bolsonarismo. E tampouco o Congresso Nacional fez qualquer coisa. Até porque
tem o perfil político que tem. Então foi um conjunto de falta de iniciativas
que, certamente, no caso dos comandantes, caracteriza conivência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: 12.0pt;"><br /></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-86280054527854826922022-10-09T13:08:00.001-02:002022-10-09T13:08:40.567-02:00NÚMEROS INDICAM FAVORITISMO DE LULA, MESMO COM DERROTA NO SUDESTE<p><b><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgETovxfrC9Yy_NIpuNO_eyO81nAur38UXWcIXjIwVkxvIq3CMUjveZyaLPcKiw4rGsPhSuiJno7gEDtWbwKObZFihYi31vnJ9_ksSjahJshTpS5aT-7UT1ebOyV2eftJiEWmb7fOwSGw1X7X93koowpVKr8UxwOfqLKbiFn4l8tGGaF9ow6jJmDZGq/s1250/20220820150856_dde9ac17172702d7922fe344e20b63524f7986c598f2a4e96d139ae66d012156.webp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="1250" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgETovxfrC9Yy_NIpuNO_eyO81nAur38UXWcIXjIwVkxvIq3CMUjveZyaLPcKiw4rGsPhSuiJno7gEDtWbwKObZFihYi31vnJ9_ksSjahJshTpS5aT-7UT1ebOyV2eftJiEWmb7fOwSGw1X7X93koowpVKr8UxwOfqLKbiFn4l8tGGaF9ow6jJmDZGq/w400-h193/20220820150856_dde9ac17172702d7922fe344e20b63524f7986c598f2a4e96d139ae66d012156.webp" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)</td></tr></tbody></table>"Cenário aponta para a derrota do bolsonarismo - ainda que por
margem mais estreita do que gostaríamos de ver"</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><i><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;">Por<b> Rodrigo
Vianna </b>– jornalista, âncora do programa<b> Boa Noite 247 </b>– em 05/outubro/2022
(atualizado em 06/outubro/2022)</span></i></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Lula teve
ótima votação no primeiro turno, dentro de um cenário que este jornalista por
exemplo sempre desenhou nas transmissões da TV 247: o mais provável, pela
história e pelas curvas dos candidatos, sempre foi eleição em dois turnos.
Então, 48,5% dos votos para alguém perseguido durante quase dez anos foi uma
vitória tremenda.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">O que
espantou os setores democráticos foi a arrancada para a vitória no Congresso de
personagens nefastos ligados a Bolsonaro, aliada ao fato de que o capetão
obteve 43% dos votos, ficando a apenas 5 pontos de Lula. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Nos
últimos dias, vejo certo desespero entre apoiadores de Lula e da Democracia.
"Ah, Bolsonaro teve 1,7 milhão de votos de vantagem sobre Lula em São
Paulo, isso é muito perigoso".<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Oh, que
espanto! Perigoso, é. Mas o PT desde 2006 perdeu todas as eleições
presidenciais em São Paulo. Mesmo assim, foi capaz de ganhar nacionalmente (com
exceção de 2018).<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Dessa
vez, a derrota em São Paulo não foi feia. Lula venceu na capital e na região
metropolitana. Ganhou ou perdeu por pequena diferença em cidades
médias/universitárias (Araraquara, São Carlos). E perdeu por margem maior no
interior profundo - que tem hegemonia do agro e identidade mais próxima com o
Centro Oeste do Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Foi um
susto? Ok. Mas a turma talvez esteja esquecendo de olhar para a fortaleza
impressionante que Lula tem no Nordeste.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">"Ah,
são estados menos populosos do que São Paulo, então não fazem tanta
diferença". Opa, calma. Olhe para os números que trago a seguir.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Só no
estado do Ceará, Lula abriu 2,2 milhões de votos de diferença no primeiro
turno. Ou seja: o Ceará compensou a derrota em São Paulo. E ainda sobraram
quase 500.000 votos de lambuja para equilibrar também a derrota petista no
Espírito Santo. A equação é: CE = SP + ES.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Da mesma
forma, a vantagem estrondosa obtida por Lula na Bahia (um estado imenso) compensou
a derrota no Rio, Paraná e Santa Catarina. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">O resumo
é: Lula perdeu "de pouco" em SP/RJ e ganhou "de muito" no
Nordeste. Motivo para salto alto? Nenhum. Mas tampouco para desespero.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Sejamos
pessimistas e imaginemos que Lula não consiga recuperar terreno no Sudeste e no
Sul, no segundo turno. Pensemos no seguinte quadro:<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">-
Bolsonaro amplia a diferença em São Paulo, no segundo turno, para 2,5 milhões
de votos sobre Lula;<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">- no Rio,
a diferença pró Bolsonaro cresce de 1 milhão para 1,5 milhão de votos;<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">- e em
Minas o apoio de Zema faz mágica e Bolsonaro inverte o jogo, em vez da derrota
por 600 mil votos ocorrida dia 2, livra agora 600 mil votos sobre Lula, numa
virara inédita em terras mineiras.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Somando
isso tudo, Bolsonaro teria uma diferença de 5 milhões de votos no Sudeste. É
bastante, eu sei. Mas é menos da metade da diferença que Lula deve abrir no
Nordeste.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Bolsonaro
tem apoio e máquinas estaduais em Minas, São Paulo e Rio. Lula tem apoio e
máquinas fortes no Ceará, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Rio Grande do
Norte e também no Pará da família Barbalho.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">A seguir,
uma simulação da diferença de votos, por região, supondo que no segundo turno
Bolsonaro amplie a vantagem onde já venceu no primeiro (Sudeste, Sul e Centro
Oeste), conquistando a maior parte dos eleitores de Ciro/Tebet/Outros e alguns
brancos/nulos/abstenções; enquanto Lula faria movimento semelhante, ampliando
as margens nos estados onde já venceu (Nordeste e parte do Norte).<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">*
Sudeste: Bolsonaro abre 5 milhões de votos<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">(2,5
milhões SP, 1,5 milhão RJ, 600 mil MG, 400 mil ES)<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">* Sul:
Bolsonaro abre 3,5 milhões de votos<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">(1,5
milhão PR, 1,5 milhão SC, 500 mil RS)<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">* Centro
Oeste: Bolsonaro abre 1,5 milhão de votos<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">* Norte:
Lula abre pequena vantagem de 500 mil votos, graças ao peso do Pará lulista<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">*
Nordeste: Lula abre 13 milhões de vantagem <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">(4
milhões BA, 2,5 milhões CE, 2 milhões PE, 1,5 milhão MA, 1 milhão PI, 2 milhões
PB/AL/SE/RN)<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">A
vantagem de 10 milhões de votos de Bolsonaro - obtida no Sul, Sudeste e Centro
Oeste - é revertida pela diferença brutal pró-Lula no Nordeste: 13 milhões,
pelas minhas simulações (feitas sem exagero, e sendo sempre mais
"otimista" com Bolsonaro). <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Isso quer
dizer que, por essa simulação "pessimista" para Lula, o petista ainda
teria vantagem por margem entre 3 e 4 milhões de votos - muito parecida com a
vitória de Dilma em 2014.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Agora,
esqueça as contas.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">O mais
provável é que a vitória de Lula não seja tão apertada, porque ele tem
condições de recuperar terreno no Rio (com Eduardo Paes e o PDT de Rodrigo
Neves entrando pesado na campanha), reduzir danos em São Paulo e segurar
vantagem pequena/empate em Minas. O Rio Grande do Sul é outro estado em que
Lula pode reduzir diferença, a depender da aliança local com Leite do
PSDB. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Por isso
tudo, sigo a dizer: o mais provável é que Lula chegue ao fim do segundo turno
com uma vantagem na casa de 53 x 47 ou até de 54 x 46.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Não se
trata do que dizem pesquisas, mas do voto lulista profundamente enraizado no
Nordeste, em parte de Minas e em periferias de capitais como São Paulo, Belo
Horizonte e Porto Alegre. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Lula é
favorito - a não ser que Bolsonaro consiga tirar uma quantidade significativa
de votos do próprio Lula no segundo turno, algo absolutamente inédito (líder do
primeiro turno jamais reduziu seu montante no segundo turno, desde 1989) e algo
que a extrema-direita não conseguiu fazer até agora, mesmo batendo em Lula
durante meses de campanha.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">A vitória
está garantida? Não. Será preciso lutar muito pela defesa da Democracia. Mas o
cenário aponta para a derrota do bolsonarismo - ainda que por margem mais
estreita do que gostaríamos de ver.<o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-12817661849147993762022-10-05T22:45:00.000-02:002022-10-05T22:45:09.981-02:00SEABRA: MAIORIA DOS ELEITORES DERROTA PREFEITO E CONFIRMA FAVORITISMO DE JERÔNIMO<p><b><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6AjLjrL9jnorgdf_8beA61zBmxtksaxf63fGBXmObmf6j2M0yU89J-UjN2ApWlF7TiH4TFufD4N3O2faTKl5-dvyaj-reug5wrvh6VwhYAi7MddVqfumUMILsClvjS2KsnEg1pfXz5G0TMb_7qhfTbTwCxz-r0KIFfnirDUNtzWi1VuPp5sdIvs1V/s279/images%20(34).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="181" data-original-width="279" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6AjLjrL9jnorgdf_8beA61zBmxtksaxf63fGBXmObmf6j2M0yU89J-UjN2ApWlF7TiH4TFufD4N3O2faTKl5-dvyaj-reug5wrvh6VwhYAi7MddVqfumUMILsClvjS2KsnEg1pfXz5G0TMb_7qhfTbTwCxz-r0KIFfnirDUNtzWi1VuPp5sdIvs1V/w400-h259/images%20(34).jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rui Costa e Jerônimo (Foto: Internet)</td></tr></tbody></table><br />Candidato do PT teve mais do dobro dos votos de ACM Neto: 17.363 (66,79%)
x 7.855 (30,22%)</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><i>Por <b>Jadson Oliveira</b> (jornalista) - editor deste <b>Blog Evidentemente</b> - em 05/outubro/2022</i></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cumpriu-se a previsão: Jerônimo Rodrigues
(PT), apoiado por Lula e pelo governador Rui Costa, foi amplamente vitorioso no
município de Seabra, no coração da Chapada: obteve 17.363 votos (66%), enquanto
ACM Neto (União Brasil) ficou nos 7.855 (30%).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O apoio do prefeito Fábio Lago Sul ao
ex-prefeito de Salvador, anunciado três semanas antes da votação, mostrou ter
sido energicamente reprovado pelos eleitores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não por acaso a maioria dos seabrenses tinha
lançado contra o prefeito a pecha de “traidor” e “ingrato”, diante da atitude
de Fábio depois do município ter sido beneficiado por inúmeras obras do governo
petista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A incompetência política do prefeito e o
consequente desgaste ficaram comprovados nas urnas, como já tinha sido
alardeado pelo governador, pelos dirigentes petistas locais e por outras
lideranças, a exemplo do deputado federal Jorge Solla (PT), reeleito e um dos
mais votados no município (2.271 votos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tal desgaste, aliás, ficou claro logo após a
troca de lado do prefeito: o seu vice, Marlon Leite, anunciou que mantinha seu
posicionamento ao lado de Jerônimo; e o próprio Fábio, para tentar ficar bem
com o povo, anunciou que continuaria apoiando Lula, apesar de não apoiar seu
candidato a governador na Bahia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No próximo dia 30, no 2º. turno, lideranças do
governo baiano e do PT de Seabra não têm dúvidas de que Jerônimo ampliará,
ainda mais, sua vantagem sobre Neto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não só em Seabra, mas também no total do
estado, onde o candidato do PT chegou a 49,45% dos votos (ACM Neto teve 40,80%):
faltou menos de 1% para Jerônimo vencer no 1º. turno.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Registrando o placar, para presidente, em
Seabra: Lula – 22.505 votos (83,85%) x Bolsonaro – 3.397 (12,66%).<o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-76250819234113284472022-09-27T14:47:00.000-02:002022-09-27T14:47:29.688-02:00“É FÁCIL PEDIR VOTO PRA LULA”<p><b><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu2RVmjuXPlu8_enbGySGvLehvArjNoUfRZyu9fOcPOm4JOQW8egkT7GMmtxw8UxvlT2am8XoCsLquPLuWfxyXh9111SIBxTYXWh2YFZClJM4y6NtQJDOHGTAgZhD1S-eK4fmipLOACn56P5TiKdqgFQJL8DTuqIjllNpvpup1rEQvQ_GaVbqqMh5Z/s1200/R.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="800" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu2RVmjuXPlu8_enbGySGvLehvArjNoUfRZyu9fOcPOm4JOQW8egkT7GMmtxw8UxvlT2am8XoCsLquPLuWfxyXh9111SIBxTYXWh2YFZClJM4y6NtQJDOHGTAgZhD1S-eK4fmipLOACn56P5TiKdqgFQJL8DTuqIjllNpvpup1rEQvQ_GaVbqqMh5Z/w266-h400/R.jpg" width="266" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Internet)</td></tr></tbody></table>“Vocês estão perdendo o tempo aqui, eu e minha família, todo mundo aqui
já vota em Lula”</span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Por <b>Jadson Oliveira</b>
(jornalista) – editor deste <b>Blog Evidentemente</b> – em 27/09/2022</span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“É fácil pedir voto pra Lula, todo mundo gosta
dele”, me diz um senhor de uns 70 anos, sentado num tamborete em frente duma
casa comercial na pracinha principal do povoado de Lagoa da Boa Vista,
município de Seabra, na Chapada, interior da Bahia. Boa recepção a um pequeno
grupo de militantes que fazia campanha para “o time de Lula”, a menos de duas
semanas da votação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É fácil, é estimulante. É de atiçar os
sentimentos ver uma garota de seus sete anos pedir uma estrela do PT e ficar
extasiada ao receber, colar no peito e sair sorrindo pela boca e pelos olhos,
como se acabasse de ganhar um presente realmente precioso. Certamente o foi,
procuremos nós entender o valor simbólico daquilo para uma garotinha do
interior do Nordeste brasileiro!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tais manifestações são quase unanimidade.
Mesmo com a existência dos chamados “cabos eleitorais”, que têm compromissos os
mais diversos com determinadas lideranças políticas - às vezes velhos “caciques”
- a troco de serviços e mesmo da famigerada “compra de voto”. Ainda,
infelizmente, uma instituição que viceja impunemente numa sociedade marcada
pela desigualdade social.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas, “Lula é Lula”, como a gente diz. Até os velhos
e novos “caciques” se dizem lulistas, sinceramente ou não. Afinal, eles não
querem se arriscar a contrariar o coração do povo e perder votos para seus
candidatos que realmente lhes importam, gente que despreza o povo e se
acostumou a mamar no dinheiro público.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Lula é diferente. Apesar de caluniado anos
seguidos pela TV Globo, a mando dos gordos capitalistas seus patrões, Lula cada
vez mais mora no coração das pessoas simples do interior, do pequeno
agricultor, do pequeno comerciante, do trabalhador... <o:p></o:p></span><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Eles não esquecem como foram beneficiados nos
governos petistas.</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os militantes – incansáveis sonhadores, às
vezes chamados de visionários ou idealistas - vão se acercando para distribuir
os “santinhos” e se surpreendem, alegremente, diante da reação do
povo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">- Vocês estão perdendo o tempo aqui, eu e
minha família, todo mundo aqui já vota em Lula.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">- A gente aqui só vota no homem que defende os
pobres.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">- Vocês me desculpem, vou ser logo sincero,
não adianta me pedir voto, eu tô com Lula, eu e o pessoal aqui, disse um jovem
trabalhador – daria a ele em torno de 23 anos – sentando no chão, logo após
encostar a enxada pra nos atender, nas proximidades do povoado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pintou um dizendo-se ainda na dúvida e
pintaram dois dizendo-se bolsonaristas. Casos raríssimos. A maioria esmagadora
é Lula. Apesar da desgraceira esparramada pelo país por Bolsonaro e seus seguidores,
nesses quase quatro anos, a grande maioria teima em ressuscitar a esperança. <o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-13450955290013984082022-09-25T12:57:00.000-02:002022-09-25T12:57:15.419-02:00"EFEITO LULA" APONTA PARA NOVA VIRADA NA ELEIÇÃO DA BAHIA<p><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="font-size: x-large;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhtmRGqoHrKvV8zNyUoCJQbCF8Id4xWCBMw7POxbGgBphVFdKrNZtoJYVDIa3vUUksRjuSEO4TM0cniiWHmWeC5oj0Y5uCwvXQv-cpaCpJTd8Fikk1n0A29SQ_NnZJ2H9h3I1FdEdxW3goXIWyEZR6KppwqXlZFmIYlQvO1faDS-vchSTNFFw566xP/s868/Artigo-Destaque_01207167_00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="868" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhtmRGqoHrKvV8zNyUoCJQbCF8Id4xWCBMw7POxbGgBphVFdKrNZtoJYVDIa3vUUksRjuSEO4TM0cniiWHmWeC5oj0Y5uCwvXQv-cpaCpJTd8Fikk1n0A29SQ_NnZJ2H9h3I1FdEdxW3goXIWyEZR6KppwqXlZFmIYlQvO1faDS-vchSTNFFw566xP/w400-h276/Artigo-Destaque_01207167_00.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jerônimo e Lula (Foto: Internet)</td></tr></tbody></table>Candidato petista ao governo chega ao empate técnico, pela pesquisa Atlas/Intel; e encurta 17 pontos a distância para o adversário, pelo Datafolha</span></b></span></p><p><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>Por <b>Jadson Oliveira</b> (jornalista) - editor deste <b>Blog Evidentemente</b> - artigo publicado no site <b>Brasil 247</b> em 16/09/2022</i></span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px;">Depois de amargar grande distância em pesquisas eleitorais diante do principal adversário – o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil, ex-DEM) –, na disputa para o governo da Bahia, o petista Jerônimo Rodrigues já está desfrutando de um confortável empate técnico, no primeiro turno: 40,3% contra 40,8% de ACM, segundo os números da última pesquisa AtlasIntel/jornal A Tarde, divulgados hoje, dia 15.</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">(O terceiro nome na corrida é o bolsonarista João Roma, do PL, que tem apenas 12,3% das intenções de voto. ACM Neto, matreiramente, foge como o diabo da cruz de ter seu nome associado ao de Bolsonaro. E não fala mal do ex-presidente Lula, diz que “tanto faz” quem seja o próximo presidente).</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Uma das pesquisas anteriores, do mesmo instituto, divulgada em 17 de julho, já anunciava o bom desempenho do petista: no primeiro turno, Jerônimo aparecia com 32,6% das intenções de voto contra 39,7% de ACM Neto.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Tal façanha, claro, veio a partir da colagem do nome de Jerônimo, inicialmente um ilustre desconhecido do eleitorado (nunca tinha sido candidato a qualquer mandato eletivo), ao do ex-presidente Lula e também ao do governador Rui Costa, do PT, cuja gestão ostenta boa avaliação.</p><div class=" trc_related_container trc_spotlight_widget" id="taboola-mid-article-leia-mais" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px;"></div><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">ACM Neto, ao contrário, é superconhecido na Bahia (e no Brasil). Como o nome está indicando, é neto do velho ACM (Antônio Carlos Magalhães), que mandou e desmandou na Bahia durante mais de três décadas (1970 a 2006). Foi, de fato, uma espécie de vice-rei da ditadura militar.</p><h2 style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 3.4rem; line-height: 39.1px; margin-bottom: 10px; margin-top: 20px;"><span style="box-sizing: border-box;">Datafolha na Bahia</span></h2><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Mesmo em pesquisas de outros institutos, com números bem diferentes – devido a critérios diversos, como a menção clara, ou não, do apoio de Lula na hora da pergunta ao entrevistado -, o crescimento rápido da candidatura de Jerônimo é patente.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">É o caso, por exemplo, das duas rodadas de pesquisa do Datafolha, encomendada pela rádio baiana Metrópole. Da primeira rodada para a última, cujo resultado foi divulgado ontem, dia 14, Jerônimo conseguiu encurtar a distância para ACM Neto em 17 pontos (em apenas três semanas – a primeira foi divulgada no último dia 24):</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">De uma para a outra, o ex-prefeito de Salvador perdeu cinco pontos e tem agora 49% das intenções de voto, contra 28% do petista, que subiu 12 pontos em relação à rodada anterior. (O placar ficou, portanto, em 49% para Neto e 28% para Jerônimo. João Roma aparece com 7%).</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Ao avaliar os números do Datafolha, Rui Costa lembrou a virada que representou sua vitória quando foi eleito pela primeira vez, em 2014.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Contou que faltando pouco mais de uma semana para o dia da votação, o Ibope (o instituto de pesquisa mais badalado na época) registrava 43% para Paulo Souto (ex-governador, o quadro mais forte do carlismo, do velho ACM) contra 27% para ele, Rui, então candidato do então governador Jaques Wagner (atual senador do PT).</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">“Faltando mais de duas semanas para a eleição, Jerônimo já está acima do patamar que eu tinha faltando uma semana. E eu ganhei no primeiro turno”, disse o governador, conforme declarações dadas ao jornal baiano A Tarde.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Outras lideranças do PT na Bahia, a exemplo do deputado federal Jorge Solla, acreditam também que a virada será uma consequência natural: “Jerônimo tem bons padrinhos políticos”, diz Solla, referindo-se a Lula e Rui Costa.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">O “efeito Lula” é o que impulsiona tanto otimismo. Muitos inclusive esperam ganhar já no primeiro turno. O peso da influência do ex-presidente parece compreensível: pesquisas apontam que Lula, na Bahia – bem como em outros estados nordestinos -, no primeiro turno, tem mais de 60% da preferência dos eleitores, contra apenas cerca de 20% de Bolsonaro.</p><h2 style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 3.4rem; line-height: 39.1px; margin-bottom: 10px; margin-top: 20px;"><span style="box-sizing: border-box;">Por que “nova virada”?</span></h2><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Porque, além da virada de 2014 mencionada por Rui Costa, os militantes políticos da Bahia não esquecem a virada histórica de 2006, quando Jacques Wagner foi eleito governador pela primeira vez, enterrando o “reinado” de ACM. (Não esquecer que o antigo “cacique” era ainda vivo).</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Parece o começo de uma tradição inaugurada na história recente da Bahia. Wagner tinha passado toda a campanha eleitoral amargando derrota avassaladora nas pesquisas para o candidato do então poderoso ACM, o mesmo Paulo Souto – então do PFL, que virou DEM, que virou União Brasil - derrotado por Rui em 2014.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Na noite de 1º. de outubro de 2006 (domingo de eleição), a grande surpresa (para todos habituados a confiar nas pesquisas): a contagem dos votos apontou a vitória de Wagner no primeiro turno.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Os petistas de Salvador inundaram o largo de Santana (conhecido também como largo da Dinda), no Rio Vermelho (bairro boêmio da capital baiana), onde costumam festejar suas vitórias (e chorar suas derrotas).</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: "source sans pro", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 20px; line-height: 32px; margin-bottom: 20px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Foi uma noite de festa inesquecível não só para os petistas, mas para grande parte dos baianos que acalentou por décadas o sonho de varrer para a lixeira da história os tempos autoritários do “coronel” ACM (ex-prefeito de Salvador, ex-governador (duas vezes) - cargos nomeados pela ditadura -, ex-governador - terceiro mandato, desta vez eleito, em 1990 - ex-presidente da Eletrobrás, ex-senador, ex-presidente do Congresso Nacional, ex-ministro das Comunicações).</p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-63734412197593269362022-09-21T10:08:00.010-02:002022-09-21T10:15:06.673-02:00SEABRA: “TRAIÇÃO” DO PREFEITO APIMENTA ÚLTIMAS SEMANAS DA CAMPANHA ELEITORAL<p><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFeTckP3GQQOz6-RhwcjfoGwh5emwsYZMajYTSyaccLgo6UJaV65O1wyYtOa4M_hmyqtlxQwEU6tPSlYYCrx-pS8i2vC0sBmRpjyLsX25stfVKIgiovdX_fgEzKMzyVszmAsP0dEbj2xfcqQCLhdmOOGcWpkWDxp9n9Q7twiSV1DujIXxOM2hfElXL/s188/images.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="130" data-original-width="188" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFeTckP3GQQOz6-RhwcjfoGwh5emwsYZMajYTSyaccLgo6UJaV65O1wyYtOa4M_hmyqtlxQwEU6tPSlYYCrx-pS8i2vC0sBmRpjyLsX25stfVKIgiovdX_fgEzKMzyVszmAsP0dEbj2xfcqQCLhdmOOGcWpkWDxp9n9Q7twiSV1DujIXxOM2hfElXL/w400-h277/images.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lula e Jerônimo: Seabra recebe amanhã, quinta, caravana comandada pelo governador (Foto: Internet)</td></tr></tbody></table><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />Rui Costa, com o “time de Lula”, fará comício na cidade amanhã, quinta, dia 22</span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por<b> Jadson Oliveira </b>(jornalista)
– editor deste <b>Blog Evidentemente</b> – em 21/09/2022<b><o:p></o:p></b></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tudo indica que o prefeito de Seabra, Fábio
Lago Sul, do PP, deu um tiro no pé ao mudar de lado quase às vésperas da
votação, passando a apoiar ACM Neto, do União Brasil, na disputa do governo da
Bahia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Este é o tempero mais picante da eleição em
Seabra, no coração da Chapada, cuja campanha está na sua penúltima semana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A “traição”
do prefeito, como tachou a direção municipal do PT, terá a resposta mais
contundente amanhã, dia 22, quando o governador Rui Costa, com a caravana do
“time de Lula”, fará comício na cidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em companhia, claro, de Jerônimo Rodrigues, do
PT, e Otto Alencar, do PSD, candidatos ao governo e ao Senado, e de deputados e
outras lideranças lulistas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em entrevista à Rádio Nova FM, de Seabra, dada
logo em seguida ao anúncio do rompimento do prefeito, na semana passada, o
governador já deu o tom da sua reação: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Acusou Fábio de mentir e caluniar o seu
governo para tentar justificar a troca de lado e se disse indignado, citando
detalhadamente dezenas de obras realizadas pelo governo do estado no município,
em especial na área de saúde.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sem mencionar o nome do deputado Cláudio
Cajado, do PP, Rui Costa fustigou o prefeito lembrando suas ligações com políticos
bolsonaristas, acostumados às práticas abusivas e clientelistas do Centrão e do
Orçamento Secreto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Antes da entrevista do governador, o deputado
federal Jorge Solla, do PT, soltou nas redes sociais um vídeo com duras
críticas à posição tomada por Fábio, destacando melhorias obtidas pela
população seabrense através da gestão do estado e também através de emendas
parlamentares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O prefeito, aliás, parece que já tinha sentido
seu desgaste, agravado a cada dia, segundo analistas, por sua incompetência <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>política:
ainda na semana passada, ele teve o cuidado de anunciar que continuava apoiando
o ex-presidente Lula na disputa pela Presidência, apesar de ter rompido com o
governador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas o estrago já estava feito: o vice-prefeito
Marlon Leite (filho do ex-prefeito Dálvio Leite, líder de tradicional grupo
político do município) já tinha anunciado que, apesar da posição do prefeito,
ele continuava engajado na campanha de Jerônimo, além da de Lula e Otto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E para completar, o comício feito em Seabra,
na última sexta-feira, por ACM Neto, o novo candidato do prefeito, não atraiu
um grande público.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vamos ver o poder de mobilização do chamado
“efeito Lula” e do governador no comício de Jerônimo, amanhã, quinta-feira. As
comparações serão inevitáveis.<o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-85514987242143977562022-08-28T12:45:00.001-02:002022-08-28T12:45:38.456-02:00LARANJEIRA: FORTALECER OS BANCOS PÚBLICOS É NECESSÁRIO, MAS NÃO SUFICIENTE<p><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFQp0_JavyA5vFqVsXTjJQjw7hTjspTdDx4d_rIIw3yz9jEBsN2ub7UlRnIUedyU67pNWkFNqIDmV3MTPOZJMQlHyRFiPnYOMHe4aGoPLeRzrO53D0b3vG5i_IT-7Mby9f7KJZNBIiAD5JY12c1MTx4BNfjF7jW5GlpD6HGF-tUG0YJis6-ZYlzbv7/s709/laranj%2033.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFQp0_JavyA5vFqVsXTjJQjw7hTjspTdDx4d_rIIw3yz9jEBsN2ub7UlRnIUedyU67pNWkFNqIDmV3MTPOZJMQlHyRFiPnYOMHe4aGoPLeRzrO53D0b3vG5i_IT-7Mby9f7KJZNBIiAD5JY12c1MTx4BNfjF7jW5GlpD6HGF-tUG0YJis6-ZYlzbv7/w400-h266/laranj%2033.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Osvaldo Laranjeira: "É essencial e vital para a economia brasileira uma reformulação abrangente do Sistema Financeiro Brasileiro" (Foto: Smitson Oliveira)</td></tr></tbody></table><br />Mais um “fragmentos” sobre
o pré-programa de governo da chapa Lula-Alckmin:</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">O caminho deve ser a
criação de bancos cooperativos, comunitários, moedas sociais, fundos rotativos,
ONGs de microcrédito, pequenos bancos regionais, municipais e outras
modalidades de FINANÇAS SOLIDÁRIAS </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Por <b>Osvaldo Laranjeira</b> – militante petista, ex-presidente do Sindicato
dos Bancários da Bahia – em agosto/2022 (título e destaques acima, bem como a
definição dos parágrafos, são deste blog)</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 26pt;">FRAGMENTOS DE UM DISCURSO
MILITANTE - II</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Aqui, comento a Diretriz de número 80 das importantíssimas DIRETRIZES
PARA O PROGRAMA DE RECONSTRUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DO BRASIL, que é um
pré-programa de Governo da chapa Lula-Alckmin. O Documento diz o seguinte:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">80. FORTALECEREMOS TAMBÉM OS BANCOS PÚBLICOS - COMO BB, CEF, BNDES, BNB,
BASA E A FINEP - EM SUA MISSÃO DE FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SOCIAL
E AMBIENTAL E NA OFERTA DE CRÉDITO A LONGO PRAZO E GARANTIAS EM PROJETOS
ESTRUTURANTES, COMPROMISSADOS COM A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DESSAS
OPERAÇÕES.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Muito bom revigorar e ampliar a atuação das instituições financeiras
públicas já existentes, assim como, criar novas instituições que podem ser
menores e mais próximas das comunidades, tais como bancos municipais e bancos
estaduais.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Fortalecer os bancos públicos, portanto, é medida necessária, mas não
suficiente. Pois, há tempos que, como diz o ex-deputado federal Hermes
Zaneti em seu livro O Complô: "o Sistema Financeiro Brasileiro e seus
agentes políticos sequestraram a economia brasileira", se
transformando numa fonte brutal de transferência de renda de toda a
população para o setor financeiro, tanto pela cobrança de altíssimas taxas de
juros como através da Dívida Pública - os Bancos são os maiores detentores dos
Títulos Públicos Federais.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Com a financeirização (ganhos improdutivos por meio de aplicações
financeiras e especulativas) esse processo ficou simplesmente devastador:
especulação em detrimento da produção.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Temos um Sistema Financeiro que se caracteriza pela obtenção de lucro
acima de tudo e de todos, que cobra preços abusivos, esfola os
clientes e que, como intermediário financeiro, destruiu a finalidade social do
dinheiro, pois que se apropria vergonhosamente do excedente social na forma de
altíssimas taxas de juros e tarifas escorchantes, além de dificultar o acesso
ao crédito.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Deste modo, é essencial e vital para a economia brasileira uma
reformulação abrangente do Sistema Financeiro Brasileiro para este servir
às necessidades dos municípios, das comunidades, das famílias e da economia
solidária, abrindo espaço para a construção das FINANÇAS SOLIDÁRIAS. Não faz
bem para a economia, no seu conjunto, um Sistema Financeiro que goza de total
liberdade de atuação, garantida pelos seus agentes políticos nos Governos e no
Congresso Nacional.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Uma tentativa de regulação do Sistema Financeiro Brasileiro com o Artigo
192 da Constituição Federal foi totalmente frustrada, uma vez que o referido
Artigo foi esvaziado e transformado numa declaração de princípios estéreis,
conforme Zaneti.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Nosso Partido poderia muito bem, para além do apoio ao Governo Lula,
atuar firmemente com o objetivo de propor para a Sociedade uma proposta de
uma Reforma Bancária que tenha no horizonte uma intermediação financeira
voltada para o reinvestimento dos ganhos financeiros na produção, e não voltada
para os Paraísos Fiscais.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">O Brasil precisa de um Sistema Financeiro democrático com um marco
regulatório que abra possibilidades de criação de Bancos Cooperativos, Bancos
Comunitários de Desenvolvimento (com captação de poupança), Moedas Sociais,
Fundos Rotativos Solidários, ONGs de microcrédito, pequenos Bancos Regionais,
Bancos Municipais e outras modalidades de FINANÇAS SOLIDÁRIAS.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">O primeiro “fragmentos” foi
postado aqui neste blog em 30/07/2022. </span></i></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-32718735537981251652022-08-17T13:24:00.000-02:002022-08-17T13:24:19.698-02:00COLÔMBIA: ALGUNS DESAFIOS DO GOVERNO DO PACTO HISTÓRICO<p><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBOAKCwLUUc2xSXD0eQMGlOvzl40ES9G6nwiUTMrVcZcaBqO16ePG23KgBiMHnRc4ug6IwedX2YCLG2rttA9SYttqx3X_YWX0QC8PG9VGikAibc0Ui0cF8DoMUHwYZ9GmKJtKcNkCAzZJY3xbN0hVotFO4eXlPAiGTGi-vNY454SkfJ9_FZuTlNHLX/s750/petro-presidente-2-750x430.webp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="750" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBOAKCwLUUc2xSXD0eQMGlOvzl40ES9G6nwiUTMrVcZcaBqO16ePG23KgBiMHnRc4ug6IwedX2YCLG2rttA9SYttqx3X_YWX0QC8PG9VGikAibc0Ui0cF8DoMUHwYZ9GmKJtKcNkCAzZJY3xbN0hVotFO4eXlPAiGTGi-vNY454SkfJ9_FZuTlNHLX/w400-h229/petro-presidente-2-750x430.webp" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gustavo Petro (ao centro, com microfone) e sua vice Francia Márquez (negra, batendo palmas) (Foto: reproduzida do Nodal)</td></tr></tbody></table><br />Os desafios que o novo
governo deverá enfrentar não têm precedentes em nenhum lugar do mundo.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Antes de tudo deverá
priorizar o cumprimento do Acordo de Paz feito com as FARC (maior grupo
guerrilheiro do país), completamente desrespeitado durante o período
presidencial de Iván Duque.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A violência política não foi
reduzida desde o triunfo eleitoral do PH (Pacto Histórico, coligação vencedora
da eleição colombiana). Pelo contrário...</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O programa econômico do PH
supõe profundas transformações da estrutura econômica tradicional do país.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um dos aspectos mais
destacados do programa do PH é a reforma agrária que dará acesso à terra aos
camponeses sem-terra e expulsos de suas casas. Na Colômbia 46% da terra rural
está nas mãos de 0,4% da população.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na área social, o programa
do Pacto Histórico supõe uma grande reviravolta quanto ao modelo neoliberal
imperante. <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 20.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O novo governo se propõe a implantar
uma renda básica, o chamado Ingreso Mínimo Vital (Renda Mínima Vital), e gerar
planos de emprego público para todo aquele que necessite por estar desempregado.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.75pt; mso-outline-level: 1;"><i><span style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><br /></span></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.75pt; mso-outline-level: 1;"><i><span style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">(Reproduzido do portal <b>Nodal – Notícias da América Latina e Caribe</b>)</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 9.75pt; mso-outline-level: 1;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #2d2d2d; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 22.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Algunos
desafíos del gobierno del Pacto Histórico – Por Eduardo Giordano*<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #3a3a3a; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">En </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">08/08/2022 </span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Este 7 de agosto tomó posesión el primer gobierno progresista de la
historia de Colombia, presidido por los dirigentes del Pacto Histórico Gustavo
Petro y Francia Márquez. Los colombianos votaron con el fin de superar una
larga y enconada historia de violencia política y crueldad institucional, para
convertir al país en una “potencia mundial para la vida”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Los partidos y movimientos sociales de izquierda, la juventud movilizada
durante el paro nacional y un entramado territorial de poblaciones
tradicionalmente excluidas —indígenas, afrocolombianos…—, constituyeron el
sustrato de este cambio político que vino a confrontar a las élites
tradicionales y a desbaratar sus mecanismos de poder.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">El triunfo electoral de la coalición progresista del Pacto Histórico
(PH) es una verdadera hazaña en un país cuyos gobernantes siempre se creyeron
blindados contra un eventual triunfo de la izquierda. La campaña estuvo minada
de dificultades y riesgos para los candidatos de esta fuerza, amenazados
constantemente por grupos paramilitares. El historial de asesinatos de
candidatos presidenciales progresistas con el que cuenta el país no permitía
tomar esas amenazas a la ligera.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No obstante, el resultado fue favorable al PH en la primera vuelta con
más del 40 % de los votos, 12 puntos por encima del siguiente candidato, el
populista de derecha Rodolfo Hernández. En la segunda vuelta el PH obtuvo
mayoría absoluta, sobrepasando el 50 % de los votos, frente al 47 % de su
adversario y con una diferencia de 700.000 sufragios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Si el triunfo electoral de la izquierda puede considerarse una auténtica
proeza en un contexto tan hostil, mucho mayor es la hazaña de gobernar el país
y cumplir con los objetivos propuestos a los electores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Consciente de la dificultad de la tarea que se avecina, la fórmula
presidencial triunfadora se entregó al día siguiente de la victoria electoral a
contactar con otras fuerzas políticas y articular las alianzas necesarias para
poder aprobar reformas en un Congreso fragmentado, donde el PH se ha convertido
en la fuerza mayoritaria tras las últimas elecciones, pero numéricamente
insuficiente para aprobar leyes y diseñar políticas sin contar con amplios
apoyos parlamentarios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">En la mirada estratégica de Gustavo Petro, la construcción de un Estado
no dominado por las mafias del narcotráfico y la parapolítica, sensible a las
necesidades de la población, requiere en este momento histórico del país sumar
sectores que hasta ayer hicieron campaña en su contra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">El apoyo del 50 % de la población que lo eligió sería insuficiente para
acometer los cambios que se avecinan, y ha abierto las puertas de la coalición
a formaciones de centro y derecha como el Partido Liberal, el Partido
Conservador y el Partido de la U, acordando el carácter rotatorio de la
presidencia del Senado y de la Cámara de Representantes con los nuevos aliados.
Los acuerdos han supuesto también concesiones a los nuevos socios en algunos
cargos del ejecutivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esta estrategia ya dio un primer resultado tras la conformación del
nuevo Congreso, que se constituyó el pasado 20 de julio. Apenas seis días más
tarde el Senado ratificó por amplia mayoría el Acuerdo de Escazú, un
instrumento básico para alcanzar un desarrollo sostenible y combatir el cambio
climático, dos aspectos fundamentales del plan de gobierno del PH. Sólo votaron
en contra los senadores del Centro Democrático y de Cambio Radical, partidos
que boicotearon la aprobación de este acuerdo durante el período presidencial
de Iván Duque.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Otro gesto político revelador fue la asistencia de varios congresistas
del PH a la Cumbre de los Pueblos Originarios convocada en Silvia, Cauca, por
las siete organizaciones indígenas más representativas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Entre los resultados de esta cumbre, las delegaciones de los pueblos
indígenas de toda Colombia concluyeron: “Participaremos en esta era de
transición y Cambio por la Vida, bajo un relacionamiento de gobierno a
gobierno, con propuestas estructurales que permitan la materialización de
nuestros derechos y la transformación del país”. A fin de articular esfuerzos
para hacer efectivos estos cambios, “la Cumbre ha dispuesto una comisión de
interlocución directa” con el presidente Gustavo Petro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">El cambio ha llegado en primer lugar a desbaratar las viejas formas de
la conducción política de los asuntos que afectan a las comunidades. El
paternalismo verticalista de los sucesivos gobiernos derechistas quedaría así
sustituido por un diálogo horizontal, del gobierno nacional con las autoridades
locales, para atender sus reclamos y determinar sus necesidades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Los retos</span></b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Los retos que deberá afrontar el nuevo gobierno no tienen precedentes en
ningún lugar del mundo. Ante todo deberá priorizar el cumplimiento del Acuerdo
de Paz con las FARC, “hecho trizas” durante el período presidencial de Iván
Duque. La nueva política de seguridad deberá proveer la protección adecuada a
los ex combatientes de la guerrilla reincorporados a la vida civil y acabar con
los grupos paramilitares causantes de las continuas masacres y los asesinatos
de líderes sociales.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">La violencia política no ha mermado desde el triunfo electoral del PH.
Por el contrario, hasta el 12 de julio la cifra se ha incrementado respecto al
año 2021, según datos de Indepaz, hasta un total de 108 asesinatos de líderes
sociales y defensores de derechos humanos (incluidos 25 líderes indígenas), 53
masacres con 185 muertos y 28 asesinatos de firmantes del Acuerdo de paz. Al
mismo tiempo, el Cartel del Golfo ha asesinado a 30 agentes de la fuerza
pública durante el primer semestre de este año, dejando una vez más al
descubierto el fracaso de la política de seguridad de Iván Duque.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">El programa económico del PH supone profundas transformaciones de la
estructura económica tradicional del país. El gobierno presidido por Gustavo
Petro deberá cumplir con su ambicioso plan de “desfosilización” de las
exportaciones colombianas (reducir el peso del petróleo y el carbón), concentrándose
en cambio en el desarrollo de tres pilares básicos de la economía abandonados
por los anteriores gobiernos: la agricultura, la industria y el conocimiento,
además de potenciar el turismo con un entorno pacífico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">En cuanto a la desfosilización de la economía, no se trata de
interrumpir los ingresos que el país percibe por exportaciones de productos
energéticos, que representan entre un tercio y la mitad del total, sino de
suspender la exploración y adjudicación de nuevos yacimientos, mientras se van
incorporando gradualmente energías renovables para atender el consumo interno.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">El nuevo gobierno colombiano ya ha declarado que impedirá la explotación
de hidrocarburos con tecnología de fracking, un viejo reclamo de las
comunidades para proteger sus acuíferos. Uno de los aspectos más destacados del
programa del PH es la reforma agraria que dará acceso a la tierra a los
campesinos desplazados y desposeídos. En Colombia el 46% de la tierra rural
está en manos del 0,4 % de la población.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">En el plano social, el programa del Pacto Histórico supone un gran
vuelco con respecto al modelo neoliberal imperante. Actualmente la informalidad
laboral afecta al 62 % de la población económicamente activa y hay tres
millones de desempleados, según datos de la Central Unitaria de Trabajadores.
Sólo una tercera parte de los trabajadores activos, unos ocho millones, cotiza
a la Seguridad Social. El nuevo gobierno se propone instaurar una renta básica,
o Ingreso Mínimo Vital, y generar planes de empleo público para todo aquel que lo
necesite por estar desocupado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Unidad en la diversidad de América Latina</span></b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">En política exterior se producirá un importante cambio de rumbo, aunque
este cambio resulte poco perceptible al comienzo en las relaciones con Estados
Unidos. En el transcurso del gobierno del Pacto Histórico se deberán redefinir
las formas de colaboración entre ambos país, desde la política de seguridad
hasta la estrategia antinarcóticos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Una cuestión que en el futuro puede tensar la relación con el gobierno
estadounidense es la permanencia o no de las bases militares de ese país en
territorio colombiano y, en caso de acordarse su permanencia, con qué misión
específica. Pero esta cuestión no es un debate que se vislumbre en el corto
plazo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Respecto a los maltrechos vínculos con los vecinos venezolanos, la
política exterior de Petro revertirá la tensión conflictiva que mantuvo Duque
durante todo su mandato, obsesionado con el acoso y derribo del gobierno de
Nicolás Maduro. En contraste con la inacción característica del gobierno de Duque,
el nuevo gobierno de Colombia ya emprendió su actividad diplomática incluso
antes de haber tomado posesión.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">El 28 de julio se reunió en la ciudad de Táchira (Venezuela) el nuevo
ministro de Relaciones Exteriores designado por Gustavo Petro, Álvaro Leyva,
con el ministro venezolano de Exteriores, Carlos Faría. Ambos suscribieron un
acuerdo para “la normalización gradual de las relaciones binacionales a partir
del 7 de agosto” con el nombramiento de embajadores y demás funcionarios del
servicio diplomático, al mismo tiempo que reafirmaron su “voluntad de hacer
esfuerzos conjuntos para garantizar la seguridad y la paz en la frontera”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mientras tanto, la vicepresidenta Francia Márquez realizó una gira por
otros países sudamericanos, tejiendo lazos con las figuras más destacadas de
los movimientos populares que aspiran a un cambio de hegemonía política en la
región. Márquez se reunió en Brasil con el candidato (y ex presidente) Lula da
Silva, en Chile con el presidente Gabriel Boric, en Argentina con Alberto Fernández
y la vicepresidenta Cristina Kirchner, y por último conversó en Bolivia con el
vicepresidente David Choquehuanca y con el líder histórico del MAS, el
expresidente Evo Morales.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Francia Márquez escribió en sus redes sociales después de esta última visita:
“Hoy la lucha del pueblo boliviano y colombiano se junta para reconocer en la
diferencia una Latinoamérica unida y soberana”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Emerge así un nuevo enfoque de las relaciones internacionales, en
particular entre los países latinoamericanos, basado en la “unidad en la
diversidad”. Colombia no sólo aspira a cambiar su destino para revertir su
trágica historia nacional y empezar a vivir sabroso: también sería un actor
fundamental para el cambio de equilibrios de poder en el plano continental.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 12.75pt;"><b><i><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">*Periodista, traductor y escritor, coautor de diversas obras de
investigación: Europa en el juego de la comunicación global, Políticas de
televisión, ambas en colaboración con Carlos Zeller. También es coautor de la
obra colectiva Las mentiras de una guerra: desinformación y censura en el
conflicto del Golfo</span></i></b><span style="color: #343434; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-38093610706452384872022-08-05T11:56:00.000-02:002022-08-05T11:56:55.005-02:00DON L: MEU DESAFIO É IMAGINAR O FIM DO CAPITALISMO<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 42.0pt; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 1; text-align: center;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 18.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-P5406bBWjd9D3eUgG06SMEijXqRMzZS84OX3m6Qowew0XE47oJ-7flQOS5NfIAgV-HeoaUpqfWJE0MBZap9m6QSPtYF-UTXFsgd0uWkn_AUrzAT3wNDlHpiQpkZRV4oTNFhJvBPTCXxus6Uyir3MJ6Sv-E6Ze7VJr6k_U415yFLjczpVLffvhjz/s800/Dom%20L%2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-P5406bBWjd9D3eUgG06SMEijXqRMzZS84OX3m6Qowew0XE47oJ-7flQOS5NfIAgV-HeoaUpqfWJE0MBZap9m6QSPtYF-UTXFsgd0uWkn_AUrzAT3wNDlHpiQpkZRV4oTNFhJvBPTCXxus6Uyir3MJ6Sv-E6Ze7VJr6k_U415yFLjczpVLffvhjz/w640-h480/Dom%20L%2011.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i style="background-color: white; color: #666d70; font-size: 14px; text-align: left;">"Coloquei o desafio de imaginar o fim do capitalismo, e não o fim do mundo”, disse rapper de Fortaleza no programa SUB40, do site OPERA MUNDI, do último dia 21 (</i>Reprodução/Twitter/@joaoinvictor)</td></tr></tbody></table>Brasil é extremamente
violento com a esquerda, neoliberalismo está fora do espírito do tempo e
capitalismo representa o velho, afirma rapper do Ceará.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b><u><span style="color: #2e2e30; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-transform: uppercase;"><a href="https://operamundi.uol.com.br/autores/2003/pedro-alexandre-sanches"><span style="color: #2e2e30;">PEDRO ALEXANDRE SANCHES</span></a></span></u></b><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 13.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><u><span style="color: #2e2e30; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://operamundi.uol.com.br/news?city_id=1"><span style="color: #2e2e30;">São
Paulo (Brasil)</span></a></span></u><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 13.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span><span style="color: #2e2e30; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">22 de jul de 2022 <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #2e2e30; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(Reproduzido
do site <b>OPERA MUNDI</b>)<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">O
rapper de Fortaleza (embora nascido em Brasília) Don L afirma que sua música
representa uma reação ao discurso liberal que ele via no hip-hop, de celebração
de conquistas individuais, e não coletivas. <o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: .3px;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">"Coloquei
o desafio de imaginar o fim do capitalismo, e não o fim do mundo”, ele resume
seu álbum mais recente, <em style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Roteiro para Aïnouz Volume Dois</span></em>,
em conversa com o jornalista Breno Altman no programa <em style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">SUB40</span></em> desta
quinta-feira (21/07).<o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: .3px;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">Trata-se
de uma maneira de inverter o tom derrotista tantas vezes adotado no Brasil, no
rap ou fora dele: “a gente gosta da distopia. Todo mundo fica gozando com a
distopia, falando da merda em que estamos vivendo. Eu quis falar de vitória,
dentro de uma perspectiva coletiva, não individual”. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">Assim,
o álbum tenta imaginar um Brasil pós-revolucionário, socialista e vitorioso,
com “lastro e pé na realidade, mesmo quando cria utopias”. Seu ponto de partida
é um autoquestionamento: nossos sonhos são realmente nossos ou são sonhos da
publicidade?<o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: .3px;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">Questionado
por Altman se o mercado pode "amansar" o rap, ele responde que isso
já tem acontecido, não só com o rap, e encontra na política uma possível
explicação: “o Brasil exterminou fisicamente boa parte da esquerda. Não houve
um julgamento disso, e a gente segue perdendo grandes lideranças assassinadas
toda semana. Este país é extremamente violento com a esquerda. Fala-se que é
uma democracia, mas até hoje não vi lideranças de direita ser assassinadas no
nosso país”. <o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: .3px;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">O
resultado, argumenta, é uma esquerda muito contida, acossada por medos
fundamentados e mais propensa à conciliação, o que se reflete na música e na
cultura. <o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: .3px;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">“O
que a esquerda não fez é o que a direita diz que a esquerda fez e a gente
deveria ter feito, que é o marxismo cultural”, provoca. “Só dois partidos têm
pautas que considero realmente de esquerda, o Partido Comunista Brasileiro
(PCB) e a Unidade Popular (UP), mas, no contexto em que estamos, vou acabar
votando no Lula mesmo, porque o momento pede para a gente fazer isso”, decifra.<o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: 18.75pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: .3px;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif;">Para
Don L, a eventual posse de Lula para um terceiro governo será o começo grandes
novos problemas: “O Brasil precisa ser refundado. Lula fez grandes coisas, não
diminuo sua história, mas tem coisas que são inconciliáveis. Precisamos tirar
um pouco dessa burguesia sanguessuga que está aí desde que o Brasil foi fundado
como um experimento colonial. Precisamos ter grandes sonhos".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white;"><span style="color: #2e2e30; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 22.5pt;">Trilha da revolução</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 18.75pt;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O rapper defende que a música popular brasileira, e não especificamente
o rap, é a trilha sonora da revolução no país. “O samba é muito importante. O
funk é uma música eletrônica original brasileira, considero que é hip-hop
também. A diversidade da música popular brasileira é a trilha da revolução”,
concilia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 18.75pt;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Don L contesta, por fim, a ideia de que conceitos como revolução,
comunismo ou luta de classes estejam ultrapassados em 2022. “Isso é o que os
liberais querem fazer a gente acreditar. Não tem nada mais fora do espírito do
tempo que o neoliberalismo. O capitalismo é que é o velho. O próprio planeta
não aguenta mais viver com esse modo de produção. É socialismo ou barbárie,
mesmo. A distopia é legal para quem está no poder usufruindo da desigualdade
extrema.” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 18.75pt;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O neoliberalismo não o convence a cravar outro ídolo político que não
seja o cubano Fidel Castro: “a gente tem uma mania de derrotismo na esquerda,
mas Fidel conseguiu, com uma ilhazinha desse tamanho, ali na boca do império
querendo matar ele a vida inteira, construir uma experiência com seu coletivo,
e o cara morreu de velho. É o maior de todos os tempos”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 18.75pt;"><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Estabelecido na cidade de São Paulo desde 2014, o rapper que veio do
Ceará se emociona com as fotos da tomada de Havana por Fidel, em 1959,
especialmente aquelas que mostram guerrilheiros dando voz de prisão à polícia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 18.75pt;"><i><span style="color: #666d70; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para ver o vídeo da entrevista, na íntegra, entre no Opera Mundi. Segue o link: </span><span style="color: #666d70; font-family: Arial, sans-serif;">https://operamundi.uol.com.br/sub40/75754/don-l-meu-desafio-e-imaginar-o-fim-do-capitalismo</span></i></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-63057669365370122052022-07-30T13:30:00.001-02:002022-08-03T11:47:02.239-02:00LARANJEIRA: “LUTAR POR UM SISTEMA FINANCEIRO CONTRA-HEGEMÔNICO SE FAZ NECESSÁRIO”<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 20pt;"></span></b></p><b><span style="font-size: x-large;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwqVexKZn7ViVnM_w6DKQjNmX6GxGkU3L6xw-QNPy4NDp3ppllJq9dMeTV0yWfHoaZYrrZn2Q0Hr1A76DZfhr2E4t56VHSMJ4iP2t9kg5_QGr0zDr_sFCuG1F6rOxm417pYrnwMA_uVQKNA8q8n-DCd1jWhaDGx95_1sAMZTfhqAaMU0zVls92xLXh/s709/thumbnail%2044.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwqVexKZn7ViVnM_w6DKQjNmX6GxGkU3L6xw-QNPy4NDp3ppllJq9dMeTV0yWfHoaZYrrZn2Q0Hr1A76DZfhr2E4t56VHSMJ4iP2t9kg5_QGr0zDr_sFCuG1F6rOxm417pYrnwMA_uVQKNA8q8n-DCd1jWhaDGx95_1sAMZTfhqAaMU0zVls92xLXh/w640-h426/thumbnail%2044.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Osvaldo Laranjeira: considerações sobre diretrizes do provável Governo Lula (Foto: Smitson Oliveira)</td></tr></tbody></table><br />“As pessoas, os
trabalhadores, as famílias, assim como as pequenas e microempresas estão
quebradas em níveis alarmantes”</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><i><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Por <b>Osvaldo Laranjeira</b> – militante
político, ex-presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia – em julho/2022
(título e destaque acima, bem como a definição dos parágrafos, são deste blog)</span></i><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 20pt;">FRAGMENTOS DE UM DISCURSO
MILITANTE - I</span></b></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Começo estes Fragmentos fazendo pequenas considerações sobre algumas das
recém publicadas Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do
Brasil, as quais constituirão o Programa do Governo Lula (se ele ganhar as
eleições, claro). Como o terceiro mandato de Lula será também um Governo de
coalizão, muito provável que - e aqui menciono uma circunstância atenuante, do
ponto de vista e dos desejos de um militante petista - muitas limitações na
aplicação do Programa acontecerão.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">A Diretriz que modestamente comento é a de número 60 que assim diz:</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">"Como a renda familiar dos brasileiros e brasileiras desabou e o
endividamento das famílias explodiu, já são mais de 66 milhões de pessoas
inadimplentes, vamos promover a renegociação das dívidas das famílias e das
pequenas e médias empresas por meio dos bancos públicos e incentivar os bancos
privados para oferecer condições adequadas de negociação com os devedores.
Avançaremos na regulação e incentivaremos medidas para ampliar a oferta e
reduzir o custo do crédito".</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Creio ser uma
medida urgente, após a posse de Lula. Pois, de fato, as pessoas, os
trabalhadores, as famílias, assim como as pequenas e microempresas estão
quebradas em níveis alarmantes. Graças ao comprometimento, de parte
crescente dos seus orçamentos, com o pagamento dos serviços decorrentes do
endividamento financeiro, conforme Márcio Pochmann. Ou seja, quase todo mundo
está "pendurado" nos Bancos ou no crediário. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Isto é muito
ruim, tanto para a população quanto para a Economia, uma vez que, quando as
pessoas se endividam muito, compram pouco. Sobra mês e falta salário. O efeito
demanda fica travado. Se cerca de </span><span style="font-family: "Cambria Math", serif; font-size: 14pt;">⅕</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;"> da renda das pessoas está
destinado ao pagamento de despesas financeiras (juros, tarifas, etc) ocorre, de
fato, uma real transferência de renda da população para os banqueiros. Como diz
o Prof. Ladislau Dowbor, "o brasileiro trabalha muito, mas os resultados
são desviados das atividades produtivas para a chamada ciranda financeira, que
não reinveste na economia". <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Uma das causas
dessa situação são as altíssimas taxas de juros cobradas pelo SISTEMA
FINANCEIRO BRASILEIRO. Quem precisa recorrer às linhas de crédito existentes,
tais como Cartão de Crédito, Crediário (Comércio), Cheque Especial, CDC -
Bancos (financiamento de automóveis), Empréstimo Pessoal nos Bancos e
Empréstimo Pessoal nas Financeiras, paga uma Taxa de Juros para Pessoa
Física, em Maio/2022, em média de 117,27 % a.a., conf. a ANEFAC (Associação
Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Tão
catastrófica quanto, é a situação das 5,5 milhões de Micro e Pequenas Empresas,
cuja inadimplência bate recorde com a alta da inflação e juros altíssimos,
conf. o G1 (Globo), que traz a seguinte conclusão a respeito das famílias:
"endividamento e inadimplência batem novo recorde em abril: muitas delas
tiveram que recorrer a empréstimos com instituições financeiras para sobreviver
durante a pandemia, e agora estão tendo dificuldades para pagar as
parcelas". O pior está por vir, pois as taxas de juros vêm crescendo mês a
mês. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">O resultado
dessa situação excludente e escorchante para a população é o enriquecimento
fácil de banqueiros e rentistas (Os 5 maiores bancos brasileiros - Banco do
Brasil, CEF, Bradesco, Itaú e Santander - lucraram, no ano de 2021, mais de 94
bilhões de reais. Dinheiro que não é revertido para a produção social).
Renegociar as dívidas, aumentar a oferta de crédito, baratear as taxas de juros
são medidas corretas e necessárias. É preciso enfrentar estruturalmente a
agiotagem praticada pelos intermediários financeiros de forma prioritária. Isso
para, conforme Ladislau Dowbor, colocar a economia brasileira nos trilhos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Temos um
Sistema Financeiro que está na contramão das necessidades da população
brasileira, sobretudo dos mais pobres. Lutar por um Sistema Financeiro contra-hegemônico
se faz necessário. Já temos um horizonte que são as FINANÇAS SOLIDÁRIAS,
democráticas, sustentáveis, sem agiotagem e voltadas para o desenvolvimento das
comunidades. <o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; margin: 12pt 0cm 0cm;"><i><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">(Conforme indica a numeração, virão outros “fragmentos”)<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><br /></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-79888154787335357562022-07-26T23:08:00.001-02:002022-07-26T23:26:01.038-02:00“EFEITO LULA” PREPARA NOVA VIRADA NA ELEIÇÃO DA BAHIA<p><b><span face="Arial, sans-serif" lang="es-419" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333;"><span style="font-size: x-large;"></span></span></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0eWyWu-yeBWjdS7AanpzLImTDcyJVW4SkDpdeCnpk5XbPZP8PyBQF5Bg8TiEiRBTNMCNO4aKlJa-LAFRCc9KzcE-0wt2zUS_CaHFWg50HwD3E7xzMltDoYmc4QNJ1gpTrELVyIu7b_1rmyImsVqfweILMHY_yZOIq8RuYNoxelNlkKayhiokqnIqW/s1080/thumbnail%20(3).jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0eWyWu-yeBWjdS7AanpzLImTDcyJVW4SkDpdeCnpk5XbPZP8PyBQF5Bg8TiEiRBTNMCNO4aKlJa-LAFRCc9KzcE-0wt2zUS_CaHFWg50HwD3E7xzMltDoYmc4QNJ1gpTrELVyIu7b_1rmyImsVqfweILMHY_yZOIq8RuYNoxelNlkKayhiokqnIqW/w400-h400/thumbnail%20(3).jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lula participou dos festejos do último 2 de Julho, em Salvador, ao lado de Jerônimo</td></tr></tbody></table><b><span face="Arial, sans-serif" lang="es-419" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #333333;"><span style="font-size: x-large;"><br />O diretor da Quaest, Felipe Nunes, não tem dúvida: o
"efeito Lula" já está impactando a candidatura de Jerônimo.</span></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333;">Por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jadson Oliveira</b>
– jornalista, editor deste Blog Evidentemente - em 26/07/2022<o:p style="font-size: 16pt;"></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 16pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A última pesquisa</span><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 15pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Quaest/Genial </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">mostra que o
candidato ao governo da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, salta de 11% para
38% das intenções de voto quando é apresentado ao eleitorado como aliado do
ex-presidente Lula.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">Antes do eleitor conhecer o apoio de Lula, ACM
Neto (União Brasil, ex-DEM) chegava a 61% das intenções. Depois, o placar muda drasticamente de 61 x 11 para 43 x 38. Jerônimo sobe para 38% e Neto cai para 43%. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">A influência do ex-presidente é compreensível:
pesquisa do mesmo instituto aponta que Lula, na Bahia, no primeiro turno, tem
62% da preferência dos eleitores, contra apenas 19% de Bolsonaro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">O nome de Jerônimo, ainda pouco conhecido, é
reforçado ainda pelo apoio de Rui Costa, cujo governo é muito bem avaliado
pelos baianos, principalmente no interior do estado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">O diretor da Quaest, Felipe Nunes, não tem
dúvida: o "efeito Lula" já está impactando a candidatura de Jerônimo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 15pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Uma outra pesquisa – da
AtlasIntel/jornal A Tarde -, divulgada no último dia 17, confirma o bom
desempenho do candidato petista: no primeiro turno, Jerônimo aparece com 32,6%</span><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 15pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> das intenções de voto contra 39,7% de ACM Neto (João Roma, do PL,
candidato do bolsonarismo, ficaria com 10,5%).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 15pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Lideranças do PT na Bahia, a exemplo do deputado
federal Jorge Solla, acreditam que a “virada” virá naturalmente no decorrer da
campanha. “Jerônimo tem bons padrinhos políticos”, diz Solla, referindo-se a
Lula e Rui Costa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 15pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ativistas com atuação na Chapada Diamantina,
interior baiano, compartilham da avaliação de Solla. É o caso de José
Donizette, mais conhecido como Goiano, com longa militância política e cultural
na região, especialmente em Seabra, que atesta a boa receptividade da campanha
Lula presidente e Jerônimo governador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">Por que “nova virada”?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">Porque os militantes políticos não esquecem a
virada histórica de 2006, quando o ex-governador (hoje senador) Jacques Wagner
enterrou o reinado do velho ACM na Bahia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">Wagner passou toda a campanha eleitoral
amargando derrota avassaladora nas pesquisas para o candidato do então poderoso
ACM, Paulo Souto (do PFL, que virou DEM, que virou União Brasil).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">Na noite de 1º. de outubro de 2006 (domingo de
eleição), a grande surpresa (para todos habituados a confiar nas pesquisas): a
contagem dos votos apontou a vitória de Wagner no primeiro turno.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-size: 16pt;">Os petistas de Salvador inundaram o largo de
Santana (conhecido também como largo da Dinda), no Rio Vermelho, onde costumam
festejar suas vitórias (e chorar suas derrotas). Foi uma noite de festa
inesquecível. <o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-58711840835570510732022-07-10T20:02:00.000-02:002022-07-10T20:02:11.028-02:00SÃO 13 DOMINGOS DE HOJE ATÉ 2 DE OUTUBRO: CITE 13 MOTIVOS PARA SEABRA VOTAR NO PT<p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdxDHSHuhVN-gpRLDM00qEXqgJz6xAz6EApnLAoV-uAOGcXrA1B2mID7_Mj8yuzYW3pLBDxk76hXibS6oVkNKF9paGxmsIFnYtswjmcYa85FAiwfQiNIQU_MjX67vcvFO8JPxAfzXwfiEjlhWJaxRa6v_mhpGnCbULZC_i4b1yezrj546aybr6olMh/s1024/hospital-da-chapada.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="614" data-original-width="1024" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdxDHSHuhVN-gpRLDM00qEXqgJz6xAz6EApnLAoV-uAOGcXrA1B2mID7_Mj8yuzYW3pLBDxk76hXibS6oVkNKF9paGxmsIFnYtswjmcYa85FAiwfQiNIQU_MjX67vcvFO8JPxAfzXwfiEjlhWJaxRa6v_mhpGnCbULZC_i4b1yezrj546aybr6olMh/w400-h240/hospital-da-chapada.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma boa razão para os seabrenses votarem no PT: Hospital Regional da Chapada, em Seabra, inaugurado pelo governador Rui Costa em dezembro/2017 (Foto: Internet)</td></tr></tbody></table><br /><b><span lang="es-419" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 20pt;">“Espero que, com Jerônimo governador e Lula
presidente, possamos festejar, em breve, a sede em Seabra da Universidade
Federal da Chapada”, diz Smitson.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jadson
Oliveira</b> – jornalista – editor do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Blog
Evidentemente</b> - em 10/07/2022<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Desafiado, o ex-vereador Smitson Oliveira, dirigente
municipal do partido, que vive com o 13 na bandeira e na cabeça, não hesitou: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">“Agora mesmo, dou os 13 motivos, talvez mais… tudo
realizações de governos do PT” – falava com um grupo de amigos, alguns petistas
e outros nem tanto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">“Posso iniciar? Depois, quando a campanha de fato começar,
vou pedir o voto no 13: Lula presidente e Jerônimo governador”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">E citou, com a convicção do militante petista:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">1 – Instalação em Seabra do IFBA (Instituto Federal da
Bahia);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">2 – As casas do ‘Minha casa, minha vida’ no bairro Vila Nova;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">3 – Hospital Regional da Chapada;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">4 – Maternidade Regional da Chapada (antigo Hospital Frei
Justo);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">5 – Benefícios do programa Luz para Todos;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_jaWUpqR7NfSBGYY_A8nay510HL07b3cWZGJLQCsgeIFA3578MR9o5MId7rWZdLkS3Opiv1Fg-ZtQboUVNXQ08iVOyG0s3OK9B920t6whBJlDugK2x6We1pbQmEB9-tU77hw09l4cLzIxGtZOvodx5KcKRco2a0QUrAeUza9VONmp7KvuOOJZ4fR/s1024/thumbnail%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="768" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_jaWUpqR7NfSBGYY_A8nay510HL07b3cWZGJLQCsgeIFA3578MR9o5MId7rWZdLkS3Opiv1Fg-ZtQboUVNXQ08iVOyG0s3OK9B920t6whBJlDugK2x6We1pbQmEB9-tU77hw09l4cLzIxGtZOvodx5KcKRco2a0QUrAeUza9VONmp7KvuOOJZ4fR/w300-h400/thumbnail%20(2).jpg" width="300" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Smitson Oliveira, da direção municipal do PT, em manifestação na área turística do Morro do Pai Inácio, na Chapada (Foto: Divulgação)</td></tr></tbody></table><br /><o:p></o:p></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIvHPcm5w38UX1y6zjJF13mUEsJ7G4QFy8Ud9HhpCLvVcVRsX1ROnggNdY6DOJaJQito8tfyD6UXFz_UZ4rxDPCBD-yo-f_LXfWN3zpiFfHyRTfNnhRLuhNkiHHpmyyLqnc2amcyJ5d8N7UNm2HkNQ4qPSuh0f72DQJQOZd0OzMo1M7KWaspeZU7Mk/s1080/thumbnail%20(3).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIvHPcm5w38UX1y6zjJF13mUEsJ7G4QFy8Ud9HhpCLvVcVRsX1ROnggNdY6DOJaJQito8tfyD6UXFz_UZ4rxDPCBD-yo-f_LXfWN3zpiFfHyRTfNnhRLuhNkiHHpmyyLqnc2amcyJ5d8N7UNm2HkNQ4qPSuh0f72DQJQOZd0OzMo1M7KWaspeZU7Mk/w400-h400/thumbnail%20(3).jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anúncio da participação de Lula nos festejos do 2 de Julho, em Salvador, ao lado de Jerônimo (Foto: Internet)</td></tr></tbody></table><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18.6667px;">6 – Construção de cisternas pelo município;</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">7 – Reconhecimento, melhorias e construção de casas nos
quilombos;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">8 – Barragem em Baraúnas (antigo Jatobá);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">9 – Sede própria da Uneb (Universidade do Estado da Bahia);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">10 – Ampliação do Colégio Estadual;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">11 – Posto de Saúde do Bebedouro;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">12 – Tratores para várias comunidades rurais;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">E 13 – Fortalecimento da agricultura familiar e da merenda
nas escolas através do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Smitson concluiu com entusiasmo: “Eu poderia lembrar mais
obras, como a ampliação dos serviços da Embasa, a destinação de recursos para
creches… mas estão aí os 13 motivos”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">E acrescentou: “Espero que, com Jerônimo governador e Lula
presidente, possamos festejar, em breve, a sede em Seabra da Universidade
Federal da Chapada, uma luta de anos do Projeto Velame Vivo (PVV), incorporada
pelo PT e a sociedade seabrense”.<o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-30289957016370692712022-07-03T14:01:00.000-02:002022-07-03T14:01:35.063-02:00PRIORIDADES DE LULA: CRESCIMENTO, EMPREGOS E INCLUSÃO SOCIAL<p><span style="font-size: large;"><span class="s1"><b><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib4_BrmLbUn-0e2CnUpQx5T1kGO3GA0zix4QccyqZxQ0bFSLBiMitQVW3cqz5G7A8F4XNKFiB0_TZz8jZYGnMU57YPGZ7vUSJFbjOhVAdfROGKQqe8P-r0bW7EYiBBGi9ojlzp-VBxo9_PEvQxKN8JhkeAWqTonGFW-5aaktMFrqXVkDVLBPmtA3sZ/s750/lula-salvador-2-de-julho-ricardostuckert-03-750x440.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="750" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib4_BrmLbUn-0e2CnUpQx5T1kGO3GA0zix4QccyqZxQ0bFSLBiMitQVW3cqz5G7A8F4XNKFiB0_TZz8jZYGnMU57YPGZ7vUSJFbjOhVAdfROGKQqe8P-r0bW7EYiBBGi9ojlzp-VBxo9_PEvQxKN8JhkeAWqTonGFW-5aaktMFrqXVkDVLBPmtA3sZ/w400-h235/lula-salvador-2-de-julho-ricardostuckert-03-750x440.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Geraldo Jr., pré-candidato a vice-governador, Jerônimo, Lula e Rui Costa nos festejos do 2 de Julho, em Salvador</td></tr></tbody></table><br />Jerônimo
Rodrigues afirmou que<span style="box-sizing: border-box;"></span></span></b></span><span class="apple-converted-space"><b><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif;"> </span></b></span><span class="s1"><b><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif;">em outubro o Brasil irá celebrar
uma nova independência, iniciando um caminho para erradicar a fome, o
desemprego e a inflação.</span></b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; text-align: left;"><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Ao participar ontem (sábado, dia 2) dos festejos do 2 de
Julho baiano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claras suas
prioridades, no caso de retorno à Presidência da República: “A retomada do
crescimento, a geração de empregos e a inclusão social serão tarefas
prioritárias em nosso governo”, declarou em discurso durante concentração
popular no Estádio da Fonte Nova.</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; text-align: left;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33pt; margin-top: 15pt; text-align: left;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">E prosseguiu, logo depois de desfilar com milhares de baianos
por ruas de Salvador, ao lado do governador Rui Costa e do pré-candidato a governador
pelo PT e partidos aliados, Jerônimo Rodrigues, homenageando os heróis e
heroínas da luta pela independência na Bahia:</span><b><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Não pode haver avanço sem luta, e o povo
brasileiro é um especialista na arte de lutar. Não há um único dia em que o
nosso povo não seja obrigado a exercitar toda a sua extraordinária capacidade
de resistência, sobretudo nesses quatro anos de desgoverno”, destacou Lula.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Afirmou ainda </span><span style="background-color: transparent; color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">que </span><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">o atual governo está “em guerra” contra o povo
brasileiro</span>.<span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> “Uma guerra que tem como armas a fome, o desemprego, a inflação, o
endividamento das famílias. Que aprofunda a desigualdade, destrói patrimônios,
devasta o meio ambiente, ataca a ciência e a cultura, condena o Brasil ao
atraso e ao isolamento internacional e coloca em xeque a democracia e a
soberania”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">“Uma guerra que tem como alvos preferenciais as
mulheres, os negros, o jovem da periferia, os povos indígenas e a parcela mais
pobre da nossa população” – continuou em seu discurso sob aplausos de numerosa plateia
na Fonte Nova.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Lula afirmou também que “lutar por uma nova
independência é defender a Petrobras, a Eletrobrás, os Correios, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica,</span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> <span lang="es-419">empresas que foram construídas com o suor
do povo brasileiro e são peças-chave para a nossa soberania”, defendeu.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Sempre referenciando na luta simbolizada no 2
de Julho, o</span><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">ex-presidente petista
lembrou que </span><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="color: #313131; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">“a independência não foi
feita por um pacto entre as elites, ela foi conquistada, a duras penas, por
negros, brancos, indígenas, mulheres e homens, que decidiram dar um basta à
opressão”.</span></p>
<p class="p1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="box-sizing: border-box;"><span class="s1"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></span></p>
<p class="p1" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Também na Fonte Nova, Rui Costa comparou o que
era o estado antes da eleição de Lula em 2003 e o que passou a ser quando o
petista deixou a Presidência. “Antes de Lula, a Bahia tinha uma universidade
federal. Agora, a Bahia tem seis. Antes, tinha uma escola técnica federal.
Depois dele, 36”, lembrou. “O Brasil espera muito da Bahia, Lula precisa da
Bahia, dos baianos. A Bahia precisa de Lula”.</span><o:p></o:p></p>
<p class="p1" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="p1" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span class="s1"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">E Jerônimo Rodrigues, em seu discurso,
afirmou que<span style="box-sizing: border-box;"></span></span><span class="apple-converted-space"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"> </span></span></span><span class="s1"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">em
outubro o Brasil irá celebrar uma nova independência, iniciando um caminho para
erradicar a fome, o desemprego e a inflação.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="p1" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="p1" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="box-sizing: border-box;"><span class="s1"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">“É muito
triste, machuca bastante a gente, ver quase 40 milhões de pessoas no Brasil,
nossos irmãos, acordarem de manhã sem saber o que vão botar no prato dos filhos”,
lamentou Jerônimo. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="p1" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span class="s1"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="p1" style="background: white; line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span class="s1"><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Lula, Rui e Jerônimo estiveram sempre ao lado
de figuras representativas da política e dos movimentos sociais da Bahia, como
os senadores Jaques Wagner e Oto Alencar e dezenas de prefeitos, vereadores, deputados e militantes sociais. Presente também o vice na chapa de Lula, o ex-governador paulista
Geraldo Alckmin.</span></span><span style="color: #313131; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-59789963515431219632022-06-24T13:37:00.001-02:002022-06-24T13:37:32.886-02:00QUE CRIME ASSANGE COMETEU?<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxaRtBGZD5TPipkuFHyM0tJ7eM4FKgB3qsdVoTrv2kAiRB4sGvRfA7sTFInzNgFZMsELlFdmb_b62LimjcMIFt6OSqnRymAHZlzvWH_PU18ZTubhE7gUKqFJoYuheQ7XMi-p-_CcnLsjSBbIUbEqvUKL6J9ZwZy70xkjDtlVL3awWELnnn-l36C4Dr/s1250/20220617150612_3c6218867467d99a55f381367cdd78ff11f9b63caef060cb6bc969d856903b8c%20(2).webp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="1250" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxaRtBGZD5TPipkuFHyM0tJ7eM4FKgB3qsdVoTrv2kAiRB4sGvRfA7sTFInzNgFZMsELlFdmb_b62LimjcMIFt6OSqnRymAHZlzvWH_PU18ZTubhE7gUKqFJoYuheQ7XMi-p-_CcnLsjSBbIUbEqvUKL6J9ZwZy70xkjDtlVL3awWELnnn-l36C4Dr/w400-h192/20220617150612_3c6218867467d99a55f381367cdd78ff11f9b63caef060cb6bc969d856903b8c%20(2).webp" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Reuters/Henry Nicholls</td></tr></tbody></table><br /></p><p><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><b><span style="font-size: large;">Ao aprovar a extradição de Assange, o governo
britânico avança na consumação de um ataque à liberdade de imprensa em escala
mundial.</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><b><span style="font-size: large;">"Que crime Assange cometeu?", perguntou Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, durante um evento em Maceió. Lula prosseguiu: "É o crime de falar a verdade..."</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><i>Por <b>Paulo Moreira Leite </b>(jornalista) - Reproduzido do site <b>Brasil 247</b>, com o título <b>Depois de Assange, a próxima vítima pode ser você</b>, datado de 18/junho/2022.</i></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><i> </i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Não é difícil compreender o que está em jogo na
perseguição inclemente do governo dos Estados Unidos a Julian Assange, que já
completa mais de dez anos, numa ação de Estado, que une republicanos e
democratas num mesmo processo. </span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">"Que
crime Assange cometeu?", perguntou Luiz Inácio Lula da Silva, ontem,
durante um evento em Maceió. Lula prosseguiu: "É o crime de falar a
verdade, mostrar que os Estados Unidos, estavam grampeando muitos países do
mundo, inclusive grampeando a presidente Dilma Rousseff". </span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></p><p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">A reação
de Lula está em linha com entidades democráticas do planeta, a começar pela
Anistia Internacional, celebrada há décadas. "Permitir que Assange seja
extraditado para os EUA o colocaria em grande risco, numa mensagem assustadora
para jornalistas de todo mundo", denunciou a entidade. Fundador do
Wikileaks, Julian Assange utilizou as modernas tecnologias de informação para
desvendar bastidores jamais investigados do império norte-americano, que
puderam ser retratados em sua intimidade e crueza, inclusive momentos de crime
e horror. Divulgou informações chocantes, diálogos vergonhosos e mesmo cenas
repulsivas de tortura de prisioneiros sempre apoiado em documentos -- vídeos,
fotos, gravações -- cuja autenticidade jamais seria negada. Num cotidiano onde
jornalistas do mundo inteiro costumam ser processados e condenados pela
divulgação de notícias falsas, ou relatos que não podem ser sustentados em
provas, a situação aqui é outra. Assange é processado em função de informações verdadeiras
e comprovadas. A tentativa é condená-lo por divulgar a verdade. A cada passo
destinado a conduzir Assange aos Estados Unidos, onde o aguarda um julgamento
em corte militar, o direito de cada um de nós ter conhecimento real a respeito
de verdades ocultas sobre as forças que governam o planeta fica diminuído e até
ameaçado. Não se trata de um caso individual. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Em 1971,
quando o New York Times divulgou documentos ultra-secretos sobre a atuação do
governo Richard Nixon na guerra do Vietnã, o caso virou um escândalo universal
mas foi tratado na esfera adequada, como liberdade de expressão.
Responsável pelo vazamento, o analista militar Daniel Ellsberg foi
julgado pela Suprema Corte, onde enfrentou uma acusação que pretendia
condená-lo a 115 anos. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Apoiado
pela juventude que fora as ruas lutar contra a guerra, Ellsberg assumiu suas
responsabilidades pela divulgação dos papéis, alegando que, "como cidadão
americano, não poderia manter essas informações escondidas do público".
Acabou absolvido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Meio século depois, o debate mudou de lugar -- e de
sentido, obviamente. Num tratamento diferente daquele recebido por Daniel
Ellsberg, o civil australiano Julian Assange será julgado por denúncias que
envolvem a invasão do Iraque -- mas num tribunal militar, onde vigoram outras
regras, outra disciplina e, acima de tudo, outros princípios. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para a humanidade, a questão é a mesma -- liberdade
de expressão -- mas o cenário é outro. O horizonte também. A militarização do
debate sobre a liberdade de imprensa não é uma iniciativa inocente. O custo é
pago pela democracia, isto é, por todos nós. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Alguma dúvida? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(Cabe observar que o Brasil de Bolsonaro já possui
-- todas as diferenças guardadas -- um caso semelhante. A anulação dos
julgamentos da Lava Jato, que trouxe Lula de volta à vida pública e à campanha
presidencial, só foi possível graças a Operação Spoofing, alimentada pelos
diálogos entre figurões da Lava Jato. As conversas foram grampeadas pelo hacker
Walter Delgatti Neto, fonte das denúncias do Intercept, que se tornaram
manchete mundial. Delgatti foi investigado por várias acusações, inclusive de
"organização criminosa". Nada se provou que contra ele mas segue
tratado como se tivesse feito alguma coisa errada).<o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-75695423173821594982022-06-18T12:01:00.000-02:002022-06-18T12:01:27.153-02:00#DOMEBRUNOPRESENTES – AS DIGITAIS DO MANDANTE<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVqthH3j_n-WIp0MwhiCVp48x2-jJSGuU8IY4XCyTUcxdADTBVnlTet0-cNtvk_axf_nogvzM3IfwBX5sTVDT9ILe9gxJKXdG0ntYI-O5bDP4AJg5bDgcTn9OSUGoJbS7Uc2gK649l3Qhpc6qxACQd5Pk3Tm_sAMcyTaj_UcCdnMsagt1xGFD3tFX6/s639/Dom%20e%20Bruno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="536" data-original-width="639" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVqthH3j_n-WIp0MwhiCVp48x2-jJSGuU8IY4XCyTUcxdADTBVnlTet0-cNtvk_axf_nogvzM3IfwBX5sTVDT9ILe9gxJKXdG0ntYI-O5bDP4AJg5bDgcTn9OSUGoJbS7Uc2gK649l3Qhpc6qxACQd5Pk3Tm_sAMcyTaj_UcCdnMsagt1xGFD3tFX6/w400-h336/Dom%20e%20Bruno.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 22.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(O mandante) está no incentivo à violência, no descaso na apuração,
no desmonte aos órgãos responsáveis pelas políticas públicas, na perseguição à
imprensa, na impunidade... Quem incentiva o crime também aperta o gatilho.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><b><span lang="es-419" style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif;">Por <a href="https://www.blogger.com/profile/10609336746242393282" title="author profile"><span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;">Mônica Bichara</span><span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;"> (jornalista)</span><span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;"> </span></a></span></b><span lang="es-419" style="background: white; color: #292929; font-size: 15.0pt;"> </span><b><span lang="es-419" style="background: white; font-family: "Arial",sans-serif;"><a href="https://pilhapuradejoaninha.blogspot.com/2022/06/domebrunopresentes-as-digitais-do.html" title="permanent link"><span style="color: blue; text-decoration: none; text-underline: none;">junho 16, 2022</span></a> (Reproduzido do blog Pilha Pura)<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quem não está com um choro entalado na garganta
hoje, no Brasil, está do lado do mandante. E seja lá quem for o mandante
oficial dessa barbárie que abateu, num só golpe, um jornalista e um
indigenista, a digital do verdadeiro culpado está espalhada por todos os
lugares (pouco importa quem puxou o gatilho). Está no incentivo à
violência, no descaso na apuração, no desmonte aos órgãos responsáveis pelas
políticas públicas, na perseguição à imprensa, na impunidade... Quem incentiva
o crime também aperta o gatilho.</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Desde a primeira notícia sobre o sumiço dos dois, o
"chefe supremo" botou a carapuça: “Se arriscaram numa aventura não
recomendável”. Não! Não era, nem nunca foi uma aventura. Muito menos não
recomendável. Estavam cumprindo suas missões. Culpar as vítimas sempre foi a
saída preferida dos covardes. E para isso nem fingem um mínimo de preocupação.
Não colaria mesmo. </span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É sintomático que essa monstruosidade tenha
vitimado justamente um jornalista, além do indigenista. Somos o alvo principal,
e declarado, do atual governo. </span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E justo o britânico Dom Phillips, correspondente do
The Guardian no Brasil, autor da suprema ousadia de questionar o todo poderoso,
em junho de 2019, sobre o crescimento dos desmatamentos na Amazônia e a falta
de ações de preservação. Citou, inclusive, a parceria do então ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles (o que queria passar a boiada), com madeireiros da
região. Sem sequer olhar no rosto do entrevistador, sentado ao seu lado, nem
disfarçar o ódio que espumava pela boca imunda, o incentivador de toda essa
onda de violência que se instalou no país vomitou essa pérola: “Primeiro você
tem que entender que a Amazônia é do Brasil, não é de vocês”.</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O choro coletivo, que continua entalado, vem se
acumulando desde outro maldito golpe, o que permitiu essa múltipla tragédia
brasileira. E foram inúmeros os atentados, sob forma de declarações
desastrosas, tecendo a crônica das mortes anunciadas. Alguns exemplos:</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Se eu assumir a Presidência do Brasil, não terá
mais um centímetro para terra indígena”, disse em 8 de fevereiro de 2018;</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Em 2019 vamos desmarcar a Raposa Serra do Sol.
Vamos dar fuzil e armas a todos os fazendeiros”, na Câmara Federal, em 2016;</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"As reservas indígenas sufocam o agronegócio”,
em 2015;</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Se depender de mim, todo cidadão vai ter uma arma
de fogo dentro de casa. Não vai ter um centímetro demarcado para reserva
indígena ou para quilombola”, dia 3 de abril de 2017, no Estadão;</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“Se eleito eu vou dar uma foiçada na Funai, mas uma
foiçada no pescoço. Não tem outro caminho”, promessa de campanha cumprida com
“louvor” – reduziu pela metade a estrutura do órgão de apoio aos povos
indígenas. O próprio Bruno Pereira já tinha sido vítima desse desmonte, quando
perdeu o cargo de coordenador de povos isolados na Funai, vingança promovida na
gestão do ex-ministro Sérgio Moro na Justiça.</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Que essas mortes não sejam em vão</span></b><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E para que as mortes de Dom Phillips e
Bruno Pereira não sejam em vão, o Brasil e o mundo precisam acordar e ir para
as ruas, soltar o grito coletivo que está nos entalando. Exigir punição, exigir
demarcação, respeito aos povos indígenas, aos territórios tradicionais, ao meio
ambiente, à democracia. À dor que estamos sentindo. Difícil mensurar a aflição
das famílias, amigos, colegas. Mais ainda a dos indígenas, que depositam
ESPERANÇA na "aventura", ou "excursão", dos ativistas em
defesa da Amazônia, </span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Está cada vez mais difícil respirar nesse país,
onde raposas foram colocadas para tomar conta de galinheiros. Um racista na
Palmares, uma fundamentalista nos Direitos Humanos, um madeireiro na Funai, um
latifundiário na Agricultura....</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não basta mais apenas chorar ou se revoltar com a
confirmação das mortes. Que a repercussão internacional desse caso, por
envolver um jornalista britânico, branco, representante de um dos mais
importantes veículos de comunicação do mundo, não esmoreça. É o mínimo que
podemos fazer, e exigir, para que Dom e Bruno não tenham perdido suas vidas em
vão. Que, ao contrário, eles virem semente de um Brasil mais justo. Como a
memória de Marielle Franco vem ajudando a semear a luta pela redemocratização
do país.</span><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">#ForaBolsonaroGenocida</span></b><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">#domebrunopresentes</span></b><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">#MariellePresente</span></b><span style="color: #292929; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-86679971175742141862022-06-04T11:46:00.002-02:002022-06-04T11:46:53.812-02:00É PRECISO COMPREENDER O PROCESSO HISTÓRICO PARA NELE INTERVIR<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBj0gekAwVKIABPgecshHtWjLSCZ2Q84pbmqmkTcfFmZ9ARl6-Uvehx0xCjLyNv2svFjmYSgk0wWTZI7Y1L52JtDQo1nG55PJhh1eizasSUDtHNOsw6xvoL-SXsF8DlbeFIhqtkiiNWO2Ha5PY15aJfuuVh7dZ47wkFL2SE9DpOoDk_KvE4zHfae8Q/s1000/2018063000060_5b36abe279b75f79685683ecjpeg.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="666" data-original-width="1000" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBj0gekAwVKIABPgecshHtWjLSCZ2Q84pbmqmkTcfFmZ9ARl6-Uvehx0xCjLyNv2svFjmYSgk0wWTZI7Y1L52JtDQo1nG55PJhh1eizasSUDtHNOsw6xvoL-SXsF8DlbeFIhqtkiiNWO2Ha5PY15aJfuuVh7dZ47wkFL2SE9DpOoDk_KvE4zHfae8Q/w400-h266/2018063000060_5b36abe279b75f79685683ecjpeg.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ex-ministro Roberto Amaral</td></tr></tbody></table></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15pt;"><b>Cobra-se do Partido dos Trabalhadores um projeto
revolucionário que não está no horizonte de seu programa</b></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 20px;"><b>(Ironia da História: são os “subversivos” que, hoje, defendem a democracia no país, contra as ameaças totalitárias dos partidos da ordem.) </b></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 20px;"><b>O pior desatino comete o pretenso revolucionário que supõe poder alterar a realidade ignorando os limites de seu papel como sujeito histórico.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 20px;"><b>A urgência histórica é a questão democrática, que se materializará na derrota do projeto continuísta do bolsonarismo.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 20px;"><b>O programa fascistóide tem raízes em ponderáveis segmentos da sociedade brasileira, sua existência guarda coerência com nossa formação de sociedade</b></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 33.0pt; margin-top: 15.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-outline-level: 2;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 20px;">Por <b>Roberto Amaral </b>- cientista político, ex-ministro da Ciência e Tecnologia em 2003/2004 - 28/maio/2022 (Reproduzido do site <b>Brasil 247</b>)</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Ponderáveis setores da esquerda brasileira, novos e antigos
companheiros das lutas democráticas, cobram de Luiz Inácio Lula da Silva o
anúncio de um projeto socialista para o Brasil de hoje – embora a revolução,
sempre desejada, não esteja posta pelo processo histórico.
Lamentavelmente. De Lula, um dos mais avançados quadros da centro-esquerda
brasileira, como certificam seus oito anos de governo, o que havemos de esperar
é a construção e liderança de uma nova maioria política, fiadora da
continuidade democrática, fundamental para a luta dos trabalhadores no Estado
burguês. Não é um fim, em si, mas processo sem o qual não retomaremos o projeto
de uma sociedade sem classes.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">(Ironia
da História: são os “subversivos” que, hoje, defendem a democracia no país,
contra as ameaças totalitárias dos partidos da ordem.) <o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Cobra-se
do Partido dos Trabalhadores – o maior e o mais sólido partido da
socialdemocracia brasileira – um projeto revolucionário que não está no horizonte
de seu programa. Sob o comando de Lula, o PT lidera uma coalizão partidária de
centro-esquerda, ampla, que mais e mais procura afastar-se das teses encampadas
na saudosa campanha eleitoral de 1989, porque de lá para cá o mundo mudou, o
país mudou e mudou o próprio PT, tanto quanto mudaram as perspectivas da
esquerda brasileira, com a crise do “socialismo real” e as seguidas
“diásporas”; e consequentemente as condições de luta pioraram. O PT mudou para
vencer as eleições em 2002, e volta a mudar, desta feita para poder liderar uma
frente ainda mais ampla, em condições de derrotar o projeto protofascista
governante, que nos ameaça com anunciadas expectativas de continuidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">O pior desatino comete o pretenso revolucionário que supõe
poder alterar a realidade ignorando os limites de seu papel como sujeito
histórico.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span lang="es-419" style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Como
lembrava há mais de um século conhecido pensador alemão, o homem faz sua
história, mas não a faz segundo os caprichos de sua vontade, de seus sonhos e
de sua utopia; ele a faz segundo as circunstâncias com as quais se defronta
(Cf. Marx, Karl. <i style="box-sizing: border-box;">O 18 brumário de Luis
Bonaparte</i>). Dois mil anos antes, Sun Tzu recomendava aos generais em guerra
conhecer previamente o inimigo e o terreno em que pretendiam lutar.<o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Mudando
a conjuntura, as formas de luta também mudam.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Independentemente
do PT e de seu líder, nos defrontamos com o recesso das lutas sociais,
implicando o remanso da denúncia da luta de classes. A conjuntura internacional
vê-se pontuada pela fragilização das organizações revolucionárias, socialistas
e trabalhistas, <i style="box-sizing: border-box;">pari passu</i> com
o crescimento de apoio popular a movimentos de direita e extrema-direita (vide
França, Itália, EUA, Hungria, Polônia), como o que se revelou contundente nas
eleições brasileiras de 2018. Entre nós a extrema-direita empalmou o poder
cavalgando eleições livres, pela primeira vez. Não se trata de um fenômeno
menosprezável, mas de um indicador do nível de consciência das massas. <o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Cresce
o imperialismo como força política, econômica e militar, e esse crescimento
pesa sobre o processo social. A agudização do militarismo é uma de suas
evidências. É seu o monopólio da informação, de que resulta a unipolaridade
ideológica, uma modalidade de ditadura nas sociedades de massas. Limitada em
suas opções revolucionárias, a esquerda optou pelo ingresso na
institucionalidade, que, lhe dando sobrevida, congelou sua capacidade de
intervir na realidade, visando a modificá-la. Perdida a revolução, seu projeto
passou a ser modificar por dentro as estruturas, tornando-se, assim,
inevitavelmente, um fator da ordem. É uma nova socialdemocracia, substituta
daquela que transitou para a direita, no mundo e no Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Combater
qualquer alteração do <i style="box-sizing: border-box;">status quo</i>,
qualquer ameaça de mudança de rumo, mesmo dentro da legalidade, qualquer
sugestão de reforma social, passou a ser o projeto retrógrado da casa-grande
brasileira, que não convive com alterações, quaisquer, da ordem baseada na
superexploração da classe trabalhadora. Daí o combate que travou contra os
governos Lula e Dilma, daí seu apoio ao quadro político consequente, daí suas
ameaças ao processo eleitoral de 2022, à posse e ao futuro governo Lula, quando
o candidato promete colocar o pobre no Orçamento e os ricos no Imposto de
Renda. Essa resistência não conhece limite e explica o esforço do Lula
candidato de construir, ainda no processo eleitoral, uma coalizão que lhe
assegure, além da eleição e da posse, condições de governar, negadas a Jango e
a Dilma Rousseff. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Nesta
quadra histórica, está reservado às classes populares, organizadas, garantir a
continuidade democrática e uma governança que possibilite a retomada do
desenvolvimento, a recuperação das conquistas sociais e a preeminência do
interesse nacional. <o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Para
avançar, sempre a depender do que seremos e faremos no pós-2022, precisaremos
alterar a atual correlação de forças, ampliando, para além de nosso campo, o
arco político-social que garantirá a governabilidade a partir de 2023. Somente
amparados em uma grande mobilização popular estaremos em condições de promover
alterações significativas na estrutura do Estado brasileiro atual, sem as quais
será impossível a um governo de raízes sociais descartar os entraves ao
desenvolvimento nacional e remover a viciada, para além de nociva, ingerência
da caserna atrasada sobre as instituições republicanas.<o:p></o:p></span></p>
<p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: border-box; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; line-height: 24.0pt; margin-top: 0cm; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt;">Tantos
anos passados da Constituinte, retorna a discussão essencial sobre o caráter do
Estado de que necessitamos para promover o progresso social, tantas vezes
contestado pela casa-grande e seu braço armado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A urgência histórica é a questão democrática, que
se materializará na derrota do projeto continuísta do bolsonarismo. É, ao mesmo
tempo, a tarefa mais consequente ao nosso alcance, e aquela que mais amplia na
sociedade, daí o caleidoscópio de alianças que o ex-presidente intenta costurar
com paciência de cesteiro. Porque é necessário ganhar e é necessário ter forças
para poder governar e, principalmente, governar sabendo que contará com a
resistência da casa-grande.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nada obstante essas considerações, que aos quadros
mais experientes podem tangenciar o óbvio, é preciso ter sempre em conta que a
ainda difícil (tanto quanto necessária) eleição de Lula e o retorno do PT ao
governo – ainda longe da hegemonia do poder – significarão um grande avanço
político (ao qual se associa a esquerda socialista), por representar o avanço
possível nas condições concretas. Este avanço possível das esquerdas está
abraçado ao sucesso que promete a candidatura Lula. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As limitações óbvias de uma candidatura que, para
viabilizar-se, carece de amplas alianças, mesmo ultrapassando as fronteiras de
seu arco ideológico, não podem, porém, ser arguidas como inibidoras da ação e
do proselitismo das esquerdas, a quem incumbe, na campanha eleitoral, a defesa
das teses de nosso campo. Em síntese, compete à esquerda fazer a campanha da
esquerda, jamais delegá-la a uma frente ampla cujo núcleo é a socialdemocracia.
Toda campanha eleitoral é uma oportunidade de proselitismo. No caso
concreto, os socialistas terão de associar a pedagogia ideológica à ação, o
encontro ideal de teoria e prática, retornando à organização popular.
Organização em todo e qualquer nível, para a ação e o proselitismo e, para,
amanhã, responder aos desafios que lhe serão forçosamente impostos pelo
processo social.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A deposição de Dilma e o que a partir dessa
violência se seguiu não podem ser entendidos como frutos do acaso, nem muito
menos pensados como “chuvas de verão”. O programa fascistóide tem raízes em
ponderáveis segmentos da sociedade brasileira, sua existência guarda coerência
com nossa formação de sociedade (em busca da nação) e país escravocrata,
racista e autoritário, governado por uma elite alienada e forânea,
descomprometida com os destinos do país e de sua gente. É preciso compreender o
caráter do processo histórico para nele poder intervir consequentemente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 24.0pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 15.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">*Com a
colaboração de Pedro Amaral<o:p></o:p></span></i></p><br /><p></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-2247476001357738252022-05-25T16:26:00.004-02:002022-05-27T14:30:27.484-02:00PROFESSORES DE SEABRA: UMA GREVE LONGA E VITORIOSA<p><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL5RlIzz-jZJljAKTXlcKHT78Crz4doyEdS_6BO2lD9wt2-tRXam54EZhpccTageNADWvw6jaAlSbgy5T4Xd-tXCAo-_EhMHdKJXGkydZHIQNfjA7Jm3j7BFKm1-KIkqU2RPtb8fqJt5VGfJ2VPB9n8HbsglEKizDiWSMM7HQsKDvH2scs6YDg8MLl/s709/professor%2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL5RlIzz-jZJljAKTXlcKHT78Crz4doyEdS_6BO2lD9wt2-tRXam54EZhpccTageNADWvw6jaAlSbgy5T4Xd-tXCAo-_EhMHdKJXGkydZHIQNfjA7Jm3j7BFKm1-KIkqU2RPtb8fqJt5VGfJ2VPB9n8HbsglEKizDiWSMM7HQsKDvH2scs6YDg8MLl/w400-h266/professor%2014.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A categoria se manteve mobilizada (Fotos: Smitson Oliveira) </td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSCQryuJAYi9hiENlMU2V9nLwsXY26NZr0CIkq_xUairHHXOBq3y1GlnTz6Kk3DnKl2qRGmxip9GaysLQirr-wOYIWsFFEb0wgSNn9ljVbxLFtbYdDD4r8Dl398BuxwNfW5XFgv8uu8umT_OeC2iWf4keeWphD5CukT3GtISB3VnuGRox8sJSLzhNf/s709/professor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSCQryuJAYi9hiENlMU2V9nLwsXY26NZr0CIkq_xUairHHXOBq3y1GlnTz6Kk3DnKl2qRGmxip9GaysLQirr-wOYIWsFFEb0wgSNn9ljVbxLFtbYdDD4r8Dl398BuxwNfW5XFgv8uu8umT_OeC2iWf4keeWphD5CukT3GtISB3VnuGRox8sJSLzhNf/w400-h266/professor.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tânia Oliveira, dirigente da APLB-Sindicato</td></tr></tbody></table></b><br /></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="color: #1d2228; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Depois de uma greve de mais de 50 dias, os professores da
rede municipal de Seabra, na Chapada Diamantina, chegaram a um acordo
considerado satisfatório, retomando as aulas a partir da terça-feira, dia 24:
conseguiram a maioria das reivindicações, incluindo o reajuste de 33,24% do
piso salarial, que é garantido em lei federal e faz parte da luta da categoria
em todo o estado, pois tal direito vem sendo atropelado pelas prefeituras.</span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">(Em Salvador, por exemplo, os professores das escolas
municipais estão em greve, iniciada na última quinta-feira, dia 19, exigindo o
mesmo reajuste).<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Apesar da volta às aulas, o professorado seabrense continua
mobilizado para serem efetivamente atendidos os itens acordados, constantes em
ata registrada no Ministério Público. E também para acompanhar – buscando
transparência – a aplicação das verbas para a educação.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Isto em meio à extrema má vontade do prefeito Fábio Miranda,
que, passando ao largo da institucionalidade, negou-se a se sentar à mesa de
negociação com os legítimos representantes da APLB-Sindicato dos Trabalhadores
em Educação do Estado da Bahia, existente há 70 anos como referência em luta de
classe.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">O seu secretário da Educação, Altair Sá Teles, no entanto,
negociou com a comissão dos grevistas. E o documento do acordo foi apresentado
no Ministério Público local, no intuito de referendar o cumprimento dos prazos
acordados. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Este é um pequeno resumo feito a partir da avaliação e relato
da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dirigente da APLB, Tânia (Maristônia)
Oliveira, presidente da Delegacia Sindical Lavras da Diamantina da
APLB/Sindicato (abrange Seabra e mais quatro municípios da Chapada Diamantina).<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Segundo ela, foram dias de muita movimentação, com
manifestações de rua, assembleias, inclusive nas praças, “ocupações da
prefeitura” (ocupação do pátio da Secretaria da Educação durante o expediente),
panfletagens, carreatas, gravação e divulgação de vídeos e muita atuação nas
redes sociais. Além de reuniões/encontros no sindicato, Câmara de Vereadores e
Ministério Público.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">O movimento contou (e ainda conta) com o apoio de mães e pais
(principalmente as mães) dos alunos, cuja participação foi talvez um dos toques
mais notáveis da mobilização e articulações.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;">Com o fim da greve, os professores têm agora também o
compromisso com a reposição das aulas para os cerca de 8.000 alunos e alunas da
rede de educação infantil e ensino fundamental, níveis da competência da gestão
municipal. São aproximadamente 50 escolas em todo o município.</span></p><p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span></p><p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"><b>Mais fotos do movimento:</b></span></span></p><p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPwVJZDMzlzPWh_oAbkwPsmsJTTGyhv5c1rOt1hG3pcEwOSpYYpPEUYviCZjYEPo4dS9lSHLd0L1nDWCxrbND3QKqMzh3-b6Ubfc6xfB4LEtrQsKFyinQ0yrpZ35HESWjhBWrt5pxwF038AxTelXhuuBWSgVIqELJthQZnAYALfSjTmex3MKl74wA/s709/professor%202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPwVJZDMzlzPWh_oAbkwPsmsJTTGyhv5c1rOt1hG3pcEwOSpYYpPEUYviCZjYEPo4dS9lSHLd0L1nDWCxrbND3QKqMzh3-b6Ubfc6xfB4LEtrQsKFyinQ0yrpZ35HESWjhBWrt5pxwF038AxTelXhuuBWSgVIqELJthQZnAYALfSjTmex3MKl74wA/w400-h266/professor%202.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJX-tT4PUYC2gTwFWReiymoM5mMg0vnzoAsuRZFHl2KdAMLCfS4T-tE2XP9cofaNRmvYGDyjMQC-y52hZNS3Eb52fU_QLipH8HCh5A1eNQQFaDVEGNMyH7I6229lO1SxwE9s-ylkaBx-tGoHQXhlaSfMC_hcfNzyR8vg_ln70H6aOnp59uodzPNMPA/s709/professor%203.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJX-tT4PUYC2gTwFWReiymoM5mMg0vnzoAsuRZFHl2KdAMLCfS4T-tE2XP9cofaNRmvYGDyjMQC-y52hZNS3Eb52fU_QLipH8HCh5A1eNQQFaDVEGNMyH7I6229lO1SxwE9s-ylkaBx-tGoHQXhlaSfMC_hcfNzyR8vg_ln70H6aOnp59uodzPNMPA/w400-h266/professor%203.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTxILP0-bpOOtmbr2TxCED6OMvEnw8MNze4_RpdOX5N7sUSj2UP7TTNjtBudm-j4WMHCCHyTKtcBTyHNbDjiJj5YHSaYPyAJqBIeg7SFIJxHsdRIX_kC3i4nIAZUCKFHmKWaj06cpIxMszlgDEnE0fX3JDEMDa0BzxztQh6T6JP5lEaxAZBJPoIy8q/s709/professor%205.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTxILP0-bpOOtmbr2TxCED6OMvEnw8MNze4_RpdOX5N7sUSj2UP7TTNjtBudm-j4WMHCCHyTKtcBTyHNbDjiJj5YHSaYPyAJqBIeg7SFIJxHsdRIX_kC3i4nIAZUCKFHmKWaj06cpIxMszlgDEnE0fX3JDEMDa0BzxztQh6T6JP5lEaxAZBJPoIy8q/w400-h266/professor%205.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTfTDEIPuJM0YjraYGTvEBZl1Pc1e7gJBqMPE1LaAXb3yuS5stIeumeUMi21PJxZbGDh5F01kK3Spk8vl73ijy2QMCe2W0OznnKcCRSK79ZrTI2zYi8OoqfJIMNP56keV8cKdVqMDbR5xO6Q6xckx1McxjRhboZfStZvsume8mD4jQ3oPFmvjRt3bz/s709/professor%206.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTfTDEIPuJM0YjraYGTvEBZl1Pc1e7gJBqMPE1LaAXb3yuS5stIeumeUMi21PJxZbGDh5F01kK3Spk8vl73ijy2QMCe2W0OznnKcCRSK79ZrTI2zYi8OoqfJIMNP56keV8cKdVqMDbR5xO6Q6xckx1McxjRhboZfStZvsume8mD4jQ3oPFmvjRt3bz/w400-h266/professor%206.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2rbrYOYgCPmG0x3suJU8vN7HlpXvGDjw0dM8julVQozVUhNkggXykliiMC2jPlh-xi9oRX5txp7AsH1gb7UpLfB-anqhNNNtlc8t2tbxIRbNX-Q2zMK0l_C3DY7VlCh08AJClndpReHtuH6fuEfBaW1Xlp2yT6XOgJYuYBaXKW48cLjwXdZyynJaz/s709/professor%208.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2rbrYOYgCPmG0x3suJU8vN7HlpXvGDjw0dM8julVQozVUhNkggXykliiMC2jPlh-xi9oRX5txp7AsH1gb7UpLfB-anqhNNNtlc8t2tbxIRbNX-Q2zMK0l_C3DY7VlCh08AJClndpReHtuH6fuEfBaW1Xlp2yT6XOgJYuYBaXKW48cLjwXdZyynJaz/w400-h266/professor%208.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaidChlzSOoNAdv6KQQuGdXp7hHTfc1YX8sCuQYyIBKeHTEggnFNcYdvt7p5VMq27olsAHuJO0IsM84BEjGwLaPrLEJzAhJ85i5fIXQmMovAnKgvpGXqFjDx-X7zTOsBroC-yiNfs8GTfG9Iiea7yaV2Rb2wtyXPWgmzfr78YFdnd1At7Tj8AmkHKT/s709/professor%209.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaidChlzSOoNAdv6KQQuGdXp7hHTfc1YX8sCuQYyIBKeHTEggnFNcYdvt7p5VMq27olsAHuJO0IsM84BEjGwLaPrLEJzAhJ85i5fIXQmMovAnKgvpGXqFjDx-X7zTOsBroC-yiNfs8GTfG9Iiea7yaV2Rb2wtyXPWgmzfr78YFdnd1At7Tj8AmkHKT/w400-h266/professor%209.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6WgflDUJlNj-PZ1gyK5twHuPFQyYN5fcA8XsuhfUUT_y7Z1tJzNqgRra8up7qngJaXahefn8FSuYzcK_PEk4IgtgTc7G2Sn2_m1eIc_GLjKACnJnOYJKFBCKoeA-gykLRmPz865OTPE_nrEkyNHkVAyvZJUU7L6PfBiLdSPEKyXcKuv0pY5mChWRr/s709/professor%2010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6WgflDUJlNj-PZ1gyK5twHuPFQyYN5fcA8XsuhfUUT_y7Z1tJzNqgRra8up7qngJaXahefn8FSuYzcK_PEk4IgtgTc7G2Sn2_m1eIc_GLjKACnJnOYJKFBCKoeA-gykLRmPz865OTPE_nrEkyNHkVAyvZJUU7L6PfBiLdSPEKyXcKuv0pY5mChWRr/w400-h266/professor%2010.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi32mgtv9UGcHq8QjK7tWFg50l9g2-6si4UnBB1s2ja6AZ-x_rhW8j2uwxeluPbUgtNayM6IvkrInDY7P3cAZEgR3snbgoBxbAI-MuUNN4IT0j4_JghtyMuKXcUXA72ckTVOp-WqZch3YDNzQuHdSyLODkTsidtBhcacV0JU3HsrhQioXtjLJay3qjR/s709/professor%2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi32mgtv9UGcHq8QjK7tWFg50l9g2-6si4UnBB1s2ja6AZ-x_rhW8j2uwxeluPbUgtNayM6IvkrInDY7P3cAZEgR3snbgoBxbAI-MuUNN4IT0j4_JghtyMuKXcUXA72ckTVOp-WqZch3YDNzQuHdSyLODkTsidtBhcacV0JU3HsrhQioXtjLJay3qjR/w400-h266/professor%2011.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkbUd6rZvDVDA6A5wVkiOM7RMmp-OVu7YoNiwN4Var8kjVZk2pE2-VkOYnS8bq8H4llRNaDuGhW6jGxSS-80FtFfC-P25z4-O8iVIAih-O0aavqHxZI2nnbYtFp-DwGwxI4Opcy3HmUSiXdUhHjrHL9g5wQOkr5qc7mzBZdFV4KKcNZCfALI2C302X/s709/professor%2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="709" data-original-width="506" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkbUd6rZvDVDA6A5wVkiOM7RMmp-OVu7YoNiwN4Var8kjVZk2pE2-VkOYnS8bq8H4llRNaDuGhW6jGxSS-80FtFfC-P25z4-O8iVIAih-O0aavqHxZI2nnbYtFp-DwGwxI4Opcy3HmUSiXdUhHjrHL9g5wQOkr5qc7mzBZdFV4KKcNZCfALI2C302X/w285-h400/professor%2012.jpg" width="285" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU13gzykp1m9MS1RNvswuGQBL8i9D00oLAxfo-CCWXGNM6-sxVhjSQRZe8hMGxayfVQZPiOmYzjyi8dI8dsn2dZn4-NFOdSJ3yCNwPweQM2-7VQ4Ap34ShhIeCu79KMfiRZ20heCAyWrrK43hZWq9V6-I_cvjvLYZZC4CYRAKyHjAlLTglaDCpjK9C/s709/professor%2013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="709" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU13gzykp1m9MS1RNvswuGQBL8i9D00oLAxfo-CCWXGNM6-sxVhjSQRZe8hMGxayfVQZPiOmYzjyi8dI8dsn2dZn4-NFOdSJ3yCNwPweQM2-7VQ4Ap34ShhIeCu79KMfiRZ20heCAyWrrK43hZWq9V6-I_cvjvLYZZC4CYRAKyHjAlLTglaDCpjK9C/w400-h266/professor%2013.jpg" width="400" /></a></div><br /><b><br /></b><p></p><p style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;"><span style="background: white; color: #1d2228; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-57716761744187292462022-04-09T12:44:00.020-02:002022-05-27T14:51:35.443-02:00DEZ TESES PARA REINVENTAR AS ESQUERDAS<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhloMgF336_rEix2zmyooEVX-MMsaDS732iWd1rGNdZtq38Z0ApYHT_BuL--G1YAougP4jauZ7SXCVaOvaHpjihR7ID5CTLK7-tcwOdb9cTQkyVCcTxA-GVD1wcVnkDgvm7F_7EM_eaVvT1JdzdnCvtVp7djfPkf9HNYcw7cGAFIEjU2WDhMUjiSO9/s1280/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhloMgF336_rEix2zmyooEVX-MMsaDS732iWd1rGNdZtq38Z0ApYHT_BuL--G1YAougP4jauZ7SXCVaOvaHpjihR7ID5CTLK7-tcwOdb9cTQkyVCcTxA-GVD1wcVnkDgvm7F_7EM_eaVvT1JdzdnCvtVp7djfPkf9HNYcw7cGAFIEjU2WDhMUjiSO9/w400-h225/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sociólogo português Boaventura de Sousa Santos (Foto:Internet)</td></tr></tbody></table></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.9pt; margin-bottom: 3.75pt; mso-outline-level: 2;"><b style="background-color: transparent; mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"As esquerdas
partidárias deixaram de viver onde vivem os seus eleitores, deixaram de
conviver e de conversar com eles, exceto quando os visitam para lhes pedir o
voto.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="background-color: transparent; color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Quem hoje
convive e conversa com os grupos sociais mais excluídos são muitas vezes as
igrejas evangélicas neopentecostais quando não é o crime organizado”, diz o
sociólogo Boaventura de Sousa Santos.</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif"><span style="font-size: 24px;">Por <b>Boaventura de Sousa Santos</b> - sociólogo português</span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><i><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 18pt;">10 de
fevereiro de 2022, 11:02 h </span><span face="Arial, sans-serif" style="color: #929292; font-size: 18pt;">Atualizado em </span><span face="Arial, sans-serif" style="background: rgb(152, 185, 106); color: white; font-size: 18pt;">10 de fevereiro de 2022, 11:13</span></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><i style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 24px;">Reproduzido a partir do site <b>Brasil 247</b></i></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As eleições gerais do passado dia 30 de janeiro em Portugal tiveram
resultados surpreendentes. O Partido Socialista (PS) ganhou as eleições com
maioria absoluta. Portugal será, a partir de agora, o único país europeu
com um governo de maioria absoluta de um só partido de esquerda. Os
dois partidos à esquerda do PS tiveram os piores resultados de sempre. O
Partido Comunista (PCP), que tinha doze deputados no parlamento, passa a ter
metade; e o Bloco de Esquerda (BE), que tinha 19 deputados, passa a ter
cinco. O BE passa de terceira força política para quinta e o PCP, de
quarta para sexta. As posições destes partidos passaram a ser ocupadas por
forças de ultradireita, uma de inspiração fascista (Chega), agora terceira
força política, da família da extrema-direita europeia e mundial; e outra
de recorte hiper-neoliberal, darwinismo social puro e duro, ou seja, a
sobrevivência do mais forte (Iniciativa Liberal), agora quarta força
política. Os resultados eleitorais mostram que a esquerda à esquerda do PS
perdeu a oportunidade histórica que granjeou depois de 2015 ao construir uma
solução de governo de esquerda que ficou conhecida por <i>geringonça </i>(PS,
BE, PCP), uma solução que travou a austeridade imposta pela solução
neoliberal da crise financeira de 2008 e lançou o país numa recuperação econômica
e social modesta mas consistente. Esta solução começou a precarizar-se em 2020
e colapsou em finais de 2021 com a rejeição do orçamento apresentado pelo
governo. Foi isso que levou às eleições antecipadas de 30 de janeiro. A vitória
esmagadora do PS depois de seis anos de governação e dois anos de pandemia é memorável
e merece reflexão. Neste texto, proponho-me refletir sobre o outro fato
importante destas eleições: a queda abrupta dos dois partidos de esquerda à
esquerda do PS. Não pretendo aqui analisar a queda em si mesma; pretendo antes
mostrar o abismo que nela se manifesta entre a esquerda que o BE e o PCP
representam e a esquerda que, em meu entender, tem condições para
prosperar nas próximas décadas. A diferença entre o que existe e o que proponho
é tal que estamos perante a<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> necessidade
de reinventar as esquerdas</b>. Por agora não me refiro ao conteúdo
programático. Refiro-me sobretudo às <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">formas
de organização</b>. Apresento a minha proposta em dez teses. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">1. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Não há cidadãos despolitizados; há cidadãos
inseguros que não se sentem mobilizados pelas formas dominantes de politização,
sejam elas partidos ou movimentos da sociedade civil organizada.</span><o:p></o:p></span></b></p>
<div style="border-top: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 1pt 0cm 0cm;">
<p align="center" class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-top-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 1.0pt 0cm 0cm 0cm; padding: 0cm; text-align: center;"><span face=""Arial",sans-serif" style="display: none; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hide: all;">Parte
inferior do formulário<o:p></o:p></span></p>
</div>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><!--[if mso & !supportInlineShapes & supportFields]><span
lang=es-419><span style='mso-element:field-begin;mso-field-lock:yes'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>SHAPE <span
style='mso-spacerun:yes'> </span>\* MERGEFORMAT <span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span lang="es-419"><v:rect alt="." filled="f" id="AutoShape_x0020_3" o:gfxdata="UEsDBBQABgAIAAAAIQC75UiUBQEAAB4CAAATAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbKSRvU7DMBSF
dyTewfKKEqcMCKEmHfgZgaE8wMW+SSwc27JvS/v23KTJgkoXFsu+P+c7Ol5vDoMTe0zZBl/LVVlJ
gV4HY31Xy4/tS3EvRSbwBlzwWMsjZrlprq/W22PELHjb51r2RPFBqax7HCCXIaLnThvSAMTP1KkI
+gs6VLdVdad08ISeCho1ZLN+whZ2jsTzgcsnJwldluLxNDiyagkxOquB2Knae/OLUsyEkjenmdzb
mG/YhlRnCWPnb8C898bRJGtQvEOiVxjYhtLOxs8AySiT4JuDystlVV4WPeM6tK3VaILeDZxIOSsu
ti/jidNGNZ3/J08yC1dNv9v8AAAA//8DAFBLAwQUAAYACAAAACEArTA/8cEAAAAyAQAACwAAAF9y
ZWxzLy5yZWxzhI/NCsIwEITvgu8Q9m7TehCRpr2I4FX0AdZk2wbbJGTj39ubi6AgeJtl2G9m6vYx
jeJGka13CqqiBEFOe2Ndr+B03C3WIDihMzh6RwqexNA281l9oBFTfuLBBhaZ4ljBkFLYSMl6oAm5
8IFcdjofJ0z5jL0MqC/Yk1yW5UrGTwY0X0yxNwri3lQgjs+Qk/+zfddZTVuvrxO59CNCmoj3vCwj
MfaUFOjRhrPHaN4Wv0VV5OYgm1p+LW1eAAAA//8DAFBLAwQUAAYACAAAACEA8yaXAN8CAAB2BgAA
HwAAAGNsaXBib2FyZC9kcmF3aW5ncy9kcmF3aW5nMS54bWykVclu2zAQvRfoPxC8y5IceZEQJYgX
BQXSNojbD6Ap2iJKkSpJbyn67x1ScuwkzSXxweYy8/je4wx9eb2vBdoybbiSOY57EUZMUlVyuc7x
zx9FMMbIWCJLIpRkOT4wg6+vPn+6JNlak6biFAGCNBnJcWVtk4WhoRWriemphknYWyldEwtTvQ5L
TXaAXIuwH0XDsCZc4qsT1IxYgjaavwNKKPqLlVMit8QApKDZ+UrHUdCPI5NMbm91s2jutWNOv23v
NeJljsE5SWqwCIfdRhcG0/BF1voEsF/p2sWr1QrtPcrBfXsMtreIwmI66A8worDhRy1+9f0/GbSa
v5kDJNrDYHBGwDTueLl9rSg+KrrZWLWoSMPQBUYlM1TnuPck85homju4BIOkmlZErtmNaRi1UFQA
c1zSWu0qRkrjlltjwMEWwZt0AgNbl7uvqgRHCZzv6+R9Zj0JJ1mjjb1lqkZukGMNBD0w2d4Z2/I5
hnhXVMGF8H4L+WwBMNsVuCNIdXvutnzx/kmjdD6ej5Mg6Q/nQRLNZsFNMU2CYRGPBrOL2XQ6i/+6
c+Mkq3hZMumOOTZSnLyq0ppTrYxa2R5VdQilwik7NhO0UhydWskowUsH5ygZvV5OhUZbInJc+E/n
+llY+JyGr1bQ8kJS3E+iST8NiuF4FCRFMgjSUTQOojidpMMoSZNZ8VzSHZfs45LQrit6L+dNbZH/
vNZGsppbppHgdY7HT0Ekc0U4l6W/Wku4aMdnVjj6Jyvguo8XDUPTNb/dL3zz2P1ElQfHcAm/ULha
QXHBgwAPKwwqpR8x2sFzmWPze0M0w0h8kdADaZwkEGb9JBmM+jDR5zvL8x0iKUDl2GLUDqcWZpCy
aTRfV3BS7ItZKtewK94VdMvJsRPGLuxBMK/aM2eyvCeaPABnAT2b48YGk4fOR4gAsSdxG8MWzQO0
TNsorXpvBwS+eHF9avcP4Z718/nVPwAAAP//AwBQSwMEFAAGAAgAAAAhALW38XXnBgAASRwAABoA
AABjbGlwYm9hcmQvdGhlbWUvdGhlbWUxLnhtbOxZT2/cRBS/I/EdRr632b9pNuqmym52G2hTouy2
qMdZe9aeZuyxZmaT7g21RyQkREEcqMSNAwIqtRKXcuKjBIqgSP0KvJmxvZ6s06QlggqaQ9Z+/s37
/968sS9fuRszdECEpDzpevWLNQ+RxOcBTcKud3M8vLDmIalwEmDGE9L15kR6VzbefecyXvcZTScc
i2AckZggYJTIddz1IqXS9ZUV6QMZy4s8JQk8m3IRYwW3IlwJBD4EATFbadRqqysxpom3ARyVZjRg
8C9RUhN8JkaaDUEJjkH6QPqCqp8fC8rNgmC/rmFyLvtMoAPMuh4wDvjhmNxVHmJYKnjQ9Wrmz1vZ
uLyC17NFTJ2wtrRuaP6yddmCYL9hZIpwUgitD1udS1sFfwNgahk3GAz6g3rBzwCw74O5Vpcyz9Zw
rd7LeZZA9nKZd7/WrrVcfIl/c0nnTq/Xa3cyXSxTA7KXrSX8Wm21tdlw8AZk8e0lfKu32e+vOngD
svjVJfzwUme15eINKGI02V9C64AOhxn3AjLlbLsSvgbwtVoGX6AgG4oU0yKmPFEvTbgY3+FiCCiN
ZljRBKl5SqbYh+zs43giKNZS8DrBpSeW5MslkhaIdFKnquu9n+LEK0FePP3uxdPH6Ojek6N7Px7d
v3907wfLyFm1jZOwvOr5N5/++fAj9Mfjr58/+LwaL8v4X7//+JefPqsGQg0tzHv2xaPfnjx69uUn
v3/7oAK+KfCkDB/TmEh0gxyiPR6DYcYrruZkIl5txTjCtLxiMwklTrCWUsF/oCIHfWOOWRYdR48e
cT14S0APqQJend1xFB5FYqZoheRrUewAdzhnPS4qvXBNyyq5eTxLwmrhYlbG7WF8UCW7jxMnvoNZ
Ch00T0vH8H5EHDV3GU4UDklCFNLP+D4hFdbdptTx6w71BZd8qtBtinqYVrpkTCdONi0WbdMY4jKv
shni7fhm5xbqcVZl9RY5cJFQFZhVKD8mzHHjVTxTOK5iOcYxKzv8OlZRlZKjufDLuIFUEOmQMI4G
AZGyas0HAuwtBf0ahrZVGfYdNo9dpFB0v4rndcx5GbnF9/sRjtMq7IgmURn7ntyHFMVol6sq+A53
K0TfQxxwcmK4b1HihPv0bnCTho5KiwTRT2aiIpZXCXfydzRnU0xMq4HO7vTqmCYva9yMQue2Es6v
cUOrfPbVwwq939SWvQm7V1XNbB9r1CfhjrfnPhcBffO78xaeJbsECmJ5i3rbnN82Z+8/35xPqufz
b8mLLgwNWs8idto2s3f88tF7ShkbqTkj16WZviVsQMEQiHqxOWyS4jyWRnCpyxmkOLhQYLMGCa4+
pCoaRTiFyb3uaSahzFiHEqVcwrHRkCt5azxM/8oeOtv6OGLbh8RqhweW3NTk/NRRsDFaheZ8mwtq
agZnFda8lDEF215HWF0rdWZpdaOa6YyOtMJk7WJzRgeXF6YBsfAmTDYI5iHw8ioc97VoOPFgRgLt
dxujPCwmCucZIhnhgGQx0nYvx6hugpTnypIh2g6bDPoIeYrXStI6mu3fkHaWIJXFtU4Ql0fv70Qp
z+BFlIDb8XJkSbk4WYIOu16n3Wh7yMdp15vCYRku4xSiLvUwiVkIL5x8JWzan1rMpsoX0ezkhrlF
UIeXINbvSwY7fSAVUm1hGdnUMI+yFGCJlmT1b7TBredlQEU3OpsWzTVIhn9NC/CjG1oynRJflYNd
omjf2duslfKZImIUBYdowmZiD0P4daqCPQGV8M7DdAR9A2/ptLfNI7c5Z0VXfjdmcJaOWRrhrN3q
Es0r2cJNQyp0MHcl9cC2St2Nca9uiin5czKlnMb/M1P0fgKvIJqBjoAP730FRrpSuh4XKuLQhdKI
+kMB04PpHZAt8KYXHkNSwUtq8yvIgf61NWd5mLKGk6TaoyESFPYjFQlCdqEtmew7hVk927ssS5Yx
MhlVUlemVu0JOSBsrHvgqt7bPRRBqptukrUBgzuef+59VkGTUA855XpzOlmx99oa+KcnH1vMYJTb
h81Ak/u/ULEYDxa7ql1vlud7b9kQ/WAxZrXyqgBhpa2gk5X9a6rwilut7VhLFjfauXIQxWWLgVgM
RCm8SEL6H+x/VPiMmDTWG+qY70FvRfAZQzODtIGsvmAHD6QbpCVOYHCyRJtMmpV1bTY6aa/lm/U5
T7qF3GPO1pqdJd6v6OxiOHPFObV4ns7OPOz42tJOdDVE9niJAmman2ZMYKo+bO3gFE3CeteD70oQ
6LtwBV+mPKA1NK2haXAFn5tgWLLfiLpedpFT4LmlFJhmTmnmmFZOaeWUdk6B4Sz7GpNTVqFT6Q8o
8BVP/3go/1YCE1z2bSVvqs7Xv42/AAAA//8DAFBLAwQUAAYACAAAACEAnGZGQbsAAAAkAQAAKgAA
AGNsaXBib2FyZC9kcmF3aW5ncy9fcmVscy9kcmF3aW5nMS54bWwucmVsc4SPzQrCMBCE74LvEPZu
0noQkSa9iNCr1AcIyTYtNj8kUezbG+hFQfCyMLPsN7NN+7IzeWJMk3ccaloBQae8npzhcOsvuyOQ
lKXTcvYOOSyYoBXbTXPFWeZylMYpJFIoLnEYcw4nxpIa0cpEfUBXNoOPVuYio2FBqrs0yPZVdWDx
kwHii0k6zSF2ugbSL6Ek/2f7YZgUnr16WHT5RwTLpRcWoIwGMwdKV2edNS1dgYmGff0m3gAAAP//
AwBQSwECLQAUAAYACAAAACEAu+VIlAUBAAAeAgAAEwAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAW0NvbnRlbnRf
VHlwZXNdLnhtbFBLAQItABQABgAIAAAAIQCtMD/xwQAAADIBAAALAAAAAAAAAAAAAAAAADYBAABf
cmVscy8ucmVsc1BLAQItABQABgAIAAAAIQDzJpcA3wIAAHYGAAAfAAAAAAAAAAAAAAAAACACAABj
bGlwYm9hcmQvZHJhd2luZ3MvZHJhd2luZzEueG1sUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhALW38XXnBgAASRwA
ABoAAAAAAAAAAAAAAAAAPAUAAGNsaXBib2FyZC90aGVtZS90aGVtZTEueG1sUEsBAi0AFAAGAAgA
AAAhAJxmRkG7AAAAJAEAACoAAAAAAAAAAAAAAAAAWwwAAGNsaXBib2FyZC9kcmF3aW5ncy9fcmVs
cy9kcmF3aW5nMS54bWwucmVsc1BLBQYAAAAABQAFAGcBAABeDQAAAAA=
" o:spid="_x0000_s1026" stroked="f" style="height: 0.75pt; mso-left-percent: -10001; mso-position-horizontal-relative: char; mso-position-horizontal: absolute; mso-position-vertical-relative: line; mso-position-vertical: absolute; mso-top-percent: -10001; mso-wrap-style: square; v-text-anchor: top; visibility: visible; width: 0.75pt;">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
<w:wrap type="none">
<w:anchorlock>
</w:anchorlock></w:wrap></o:lock></v:rect><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype></span><!--[if mso & !supportInlineShapes & supportFields]><span
lang=es-419><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:.75pt;
height:.75pt'>
<v:imagedata croptop="-65520f" cropbottom="65520f"/>
</v:shape><span style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A esmagadora maioria dos cidadãos não está filiada em partidos, não
participa em movimentos sociais nem sai à rua para se manifestar, mas uma boa
parte dela sente-se excluída, abandonada e sem esperança que a democracia
realize as suas expectativas. A pandemia veio agravar a insegurança existencial.
As forças de extrema-direita foram as primeiras a identificar aí a sua
oportunidade para prosperarem. São exímios empreendedores do medo e da
raiva. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Depois de séculos de colonialismo (racismo, xenofobia, roubo de terra e
de recursos naturais) e de hétero-patriarcado (sexismo, violência de gênero,
feminicídio, homofobia, transfobia) e de mais de quarenta anos de
capitalismo neoliberal (concentração escandalosa da riqueza,
sobreexploração do trabalho, erosão dos direitos sociais e econômicos e destruição
da natureza), as revoltas ou explosões sociais, quando ocorrem, tendem a
colher de surpresa os partidos e as organizações da sociedade civil
(associações e movimentos sociais). São muitas vezes movimentos
espontâneos, presenças coletivas nas praças públicas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">2. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Não há democracia sem partidos, mas há
partidos sem democracia</span>.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Uma das antinomias da democracia liberal representativa reside em ela
assentar cada vez mais nos partidos como forma exclusiva de agência política,
ao mesmo tempo que os partidos são internamente cada vez
menos democráticos. Os partidos vivem e reproduzem-se no interior de
instituições que tendem a isolar-se da turbulência e da complexidade das
dinâmicas sociais. O déficit democrático dos partidos traduz-se na incapacidade
para captar atempadamente e interpretar corretamente os anseios, as
inseguranças, as aspirações de cidadãos e cidadãs cada vez mais
armadilhados na ideologia dominante da autonomia e da liberdade, sem
terem condições materiais para serem efetivamente autônomos ou se
sentirem efetivamente livres. Sem ninguém os escravizar, sentem-se
condenados a auto-escravizar-se. Enquanto empreendedores, colaboradores,
trabalhadores autônomos, sentem-se na situação paradoxal de terem direito
a não ter direitos. Esta dissonância é particularmente acentuada entre os
jovens e as classes sociais socialmente empobrecidas e vulneráveis, aquelas
para cuja defesa se criaram os partidos de esquerda. Por exemplo,
as ideologias dominantes nos partidos de esquerda tendem a ver nos jovens
apenas trabalhadores precários. Eles são isso, mas são muito mais do que isso,
são cidadãos e cidadãs preocupados com a sua sexualidade, com o racismo, com as
dificuldades de relacionamento num mundo pandêmico e de comunicação virtual,
com a perda de amizades intensas, com a exigência de altas qualificações acadêmicas
destinadas ao desemprego ou ao emprego lixo, com o medo que a crise ecológica
lhes roube mais facilmente o futuro que o capitalismo. A distância entre todas
estas vivências e carências e os códigos de formulação e de gestão política dos
partidos é cada vez mais preocupante. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">3. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Os partidos do futuro serão
partidos-movimento.</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se é verdade que os partidos tradicionais esgotaram o seu tempo
histórico, isso é particularmente verdade no caso dos partidos de esquerda. A
solução reside em transformar os partidos em entidades mais intensamente democráticas.
Os partidos do futuro têm de combinar a democracia representativa com a
democracia participativa no modo como se organizam, como definem os seus
programas, como escolhem os seus líderes, como tomam decisões políticas
importantes, como prestam contas e afirmam a transparência. A participação
cidadã nos partidos não se pode esgotar no exercício do direito de voto de
quatro em quatro anos. Deve exercer-se no decurso do mandato dos eleitos, e não
apenas quando o mandato termina. Esta participação não se pode reduzir a
receber informações regulares. Devem plasmar-se na constituição de círculos
de cidadania militante e simpatizante, organizados por local de residência ou
por tipo de ocupação, com capacidade deliberativa e não apenas consultiva. Esta
vigilância e co-criação política é particularmente decisiva no caso dos
partidos de esquerda por duas razões principais. As classes e os grupos sociais
que as esquerdas se propõem representar e cujos interesses dizem defender vivem
em condições sociais e universos culturais diferentes dos das lideranças
políticas e têm menos tempo e menos proximidade social para se manifestarem ou para
se fazerem entender. A política de proximidade é a chave da política do futuro.
Essa proximidade não pode ser mero artefato virtual da sociedade de informação
porque os corpos vivos têm densidades e emoções que fogem à lógica binária da
comunicação virtual. Além do mais, a comunicação virtual não entende os
silêncios e as ausências, embora uns e outras sejam fundamentais para entender
o sofrimento dos que mais sofrem e as injustiças a que estão sujeitos os mais
injustiçados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A segunda razão prende-se com a tradição do marxismo-leninismo que por
vezes ao centralismo democrático nos partidos vindos da tradição comunista.
Esta tradição teve o seu mérito no seu tempo, mas está hoje ultrapassada pelas
condições de vida e comunicação contemporâneas. Mantê-la nos dias de
hoje, ainda que de forma matizada, significa por vezes cair na tentação do
espírito de seita (sectarismo), na busca de unanimidades através do
policiamento antidemocrático de opiniões divergentes para que não vinguem
e, finalmente, na oscilação brusca entre unanimidade e silenciamento, suspensão
de direitos, demonização na praça pública. Este tipo de gestão das
diferenças é cada vez mais incompatível com a visão que os cidadãos têm da
convivência e da deliberação democráticas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">4. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Os partidos-movimento de esquerda não
precisam de ser inventados a partir do zero; devem conhecer e valorizar as suas
origens.</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As esquerdas nasceram na convivência com as classes e grupos sociais excluídos.
Ajudaram a minorar a exclusão e o silenciamento, não apenas dando voz às suas
reivindicações, mas também promovendo a sua autoestima, através da educação e
da cultura populares, dos grupos teatrais, das atividades de convívio e de
lazer. As esquerdas têm de voltar às suas origens, ao convívio de proximidade
com os grupos sociais excluídos, discriminados, empobrecidos. Paradoxalmente,
estes grupos são os que sofrem mais com a ideologia dominante e os que
mais facilmente se sentem seduzidos por ela, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">expostos como estão à indústria do entretenimento massivo e às
redes sociais reconfortantes.</b> As esquerdas partidárias deixaram de viver
onde vivem os seus eleitores, deixaram de conviver e de conversar com eles, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">exceto quando os visitam para lhes pedir o
voto.</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Quem hoje convive e conversa
com os grupos sociais mais excluídos são muitas vezes as igrejas evangélicas
neopentecostais quando não é o crime organizado.</b> O ativismo militante de
esquerda parece limitar-se a participar em reuniões do partido para fazer
(quase sempre ouvir quem faz) uma análise da conjuntura. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Os partidos de esquerda, tal como existem hoje, não são capazes de
falar com as vozes silenciadas e excluídas em termos que estas entendam. </b>Para
mudar isso, as esquerdas devem reinventar-se. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">5. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Não há democracia, há democratização.</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A responsabilidade das esquerdas reside em que elas servem hoje à democracia
mais genuinamente que quaisquer outras. A democracia liberal representativa
sempre teve o medo das maiorias sociais. Basta lembrar que a democracia
representativa esteve na sua origem limitada aos proprietários, uma
pequena minoria de cidadãos. Mas nos últimos sessenta anos passou por períodos
em que, com maior verossimilhança, foi o regime dos governos das maiorias para
benefícios das maiorias. Hoje em dia, a democracia liberal está cada vez mais
capturada por poderosos interesses econômicos. À medida que isso ocorre e é
mais conhecido, vai germinando a ideia de que a democracia está a ser
desfigurada e é hoje muitas vezes um regime de governos de minorias para
benefício das minorias. Em muitos países, as forças políticas de direita
dependem cada vez mais de interesses econômicos poderosos. Para poder servi-los,
não podem servir à democracia; apenas se servem dela. As forças políticas de
esquerda estão, por esta razão, em melhor posição para servir à democracia e defendê-la
dos antidemocratas. Mas, para isso, têm de romper com a lógica de organização
interna típica dos partidos de direita. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As esquerdas são as mais bem posicionadas para entender que a democracia
não se pode limitar ao espaço-tempo da cidadania. As sociedades politicamente
democráticas são frequentemente sociedades em que as maiorias não têm condições
de viver democraticamente por estarem expostas a quotidianos de autoritarismo
que tenho designado como fascismo social. A luta democrática tem de existir
também no espaço da família, da comunidade, da produção, das relações sociais,
das relações com a natureza e das relações internacionais. Cada espaço-tempo
convoca um tipo específico de democracia. Nisto consiste a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">democracia de alta intensidade</b>. Comparada com ela, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a democracia liberal representativa é uma
democracia de baixa intensidade</b>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">6. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Os partidos-movimento devem lutar contra o
fundamentalismo da exclusividade da representação.</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os partidos convencionais sofrem de um fundamentalismo anti-sociedade
civil organizada (associações e movimentos sociais). Consideram que têm o
monopólio da representação política e que esse monopólio é legítimo,
precisamente porque as organizações sociais não são quantitativamente
representativas. Por isso, os únicos meios de se articular com elas são a
cooptação ou a infiltração. É assim que os partidos só reconhecem “os seus
movimentos”, as “suas associações”, sejam elas sindicatos ou ordens
profissionais. Este fundamentalismo da exclusividade da representação e o que
dele decorre levam a deslegitimar as organizações da sociedade civil, a sujeitá-las
a lógicas partidárias com prejuízo para os interesses reais dos seus
associados. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A luta contra o fundamentalismo tem ainda uma outra dimensão.
Os partidos privilegiam a ação institucional, a mobilização das
instituições, tais como, o parlamento, os tribunais e a administração pública.
Pelo contrário, as organizações da sociedade civil e sobretudo os movimentos
sociais, embora utilizem também a ação institucional, recorrem muitas vezes à
ação direta, aos protestos e manifestações nas ruas e nas praças, aos <i>sit-ins</i>,
à divulgação de agendas por via da arte (o <i>artivismo</i>). O
fundamentalismo da exclusividade da representação tende a desvalorizar estas
importantes formas de mobilização social e a fomentar a tentação de as
instrumentalizar. Os partidos tendem a homogeneizar as suas bases sociais (é-se
socialista, comunista, conservador, democrata cristão). Pelo contrário, as
organizações e movimentos sociais concentram-se em lealdades temáticas mais
específicas: a habitação, a imigração, a violência policial, o racismo e o sexismo,
a diversidade cultural, a diferença sexual, a ecologia, o território, o regionalismo,
a economia popular, etc. Trabalham com linguagens e conceitos distintos dos que
são usados pelos partidos. Essa diversidade enriquece a convivência
democrática.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As organizações e movimentos sociais sabem que as formas de opressão
tanto vêm do Estado como das relações sociais (às vezes familiares) e
econômicas. Os sindicatos, por exemplo, têm uma experiência notável de luta
contra atores privados: os patrões e as empresas. É por esta razão que o
neoliberalismo lhes tem feito um ataque cerrado. A sociedade civil organizada
em associações, movimentos sociais e sindicatos está hoje marcada por uma
experiência muito negativa: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os partidos
de esquerda descumprem frequentemente as suas promessas eleitorais quando
chegam ao poder.</b> Esse descumprimento leva a prazo à deslegitimação dos
partidos. Se a legitimação democrática não for recuperada pelos
partidos-movimento democráticos, os partidos antidemocráticos e de vocação
fascizante encontram aí um terreno fértil para prosperarem. Apresentam-se, em
geral, como o antissistema, a nova/velha extrema-direita. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">7. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">A revolução da informação eletrônica e as
redes sociais não constituem, em si, um instrumento incondicionalmente
favorável ao desenvolvimento da democracia participativa. </span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pelo contrário, podem contribuir para manipular a tal ponto a opinião pública
que o processo democrático pode ser fatalmente desfigurado (o mundo das <i>fake
news </i>e do discurso do ódio). O exercício da democracia participativa
necessita hoje, mais do que nunca, de reuniões presenciais e discussões face a
face. A tradição das células partidárias, dos círculos de cidadãos, dos
círculos de cultura, das comunidades eclesiais de base tem de ser reinventada.
Não há democracia participativa sem interação de proximidade. A pandemia tornou
mais difícil a política de proximidade, mas ela deve ser retomada logo que
possível. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">8. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Os partidos-movimento de esquerda estão
abertos a juntar forças com outros partidos de esquerda com base no princípio
das pluralidades despolarizadas e das teorias da transição.</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tradicionalmente, as forças políticas de esquerda foram vítimas
de faccionismo e de oportunismo. Em ambos os casos, esses desvios deveram-se
à distância que criaram com as suas bases sociais. No caso das forças de
tradição comunista e anarquista, o faccionismo foi o desvio mais frequente, decorrente
quase sempre da ansiedade identitária e do purismo ideológico.
Fracionaram-se com frequência e transformaram os companheiros de ontem
nos inimigos de hoje. No caso das forças de tradição socialista, o desvio mais
frequente foi o do oportunismo, o ecletismo ideológico que tornou mais fácil
coligar-se com forças de direita do que com outras forças de esquerda. Tanto o
faccionismo como o oportunismo contribuem para desarmar as forças de esquerda e
frustrar as suas bases sociais. Isto é particularmente preocupante num contexto
de época de crescimento de forças de extrema-direita, apostadas em usar a
democracia para chegar ao poder, mas prontas para a descartar à medida que isso
for possível. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Contra esta dupla tradição devem contrapor-se dois princípios. O
primeiro é o princípio das pluralidades despolarizadas. Consiste em distinguir
entre o que separa e o que une as organizações políticas e promover as
articulações entre estas com base no que as une, sem perder a identidade do que
as separa. O que as separa apenas fica em suspenso por razões pragmáticas. As
diferenças só se despolarizam quando as concessões são recíprocas, quando os
processos e resultados da negociação são transparentes e as bases sociais das
organizações participantes os consideram benéficos depois de devida e
adequadamente consultadas. Esta é a primeira chave para acordos entre os
partidos de esquerda. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A segunda chave consiste na consideração dos tempos e dos ritmos das
políticas defendidas. O socialismo não pode ficar na gaveta para sempre, mas
também não pode atingir-se amanhã. Há que pensar em períodos de transição, nos
quais as reformas devem ser medidas pela capacidade de consolidar avanços sem
abrir as portas para retrocessos abruptos. O neoliberalismo tornou tão evidente
e grave a transferência de riqueza dos pobres e das classes médias para os
ricos e para as velhas e novas elites que as forças de direita
tradicionais vivem hoje mais das oportunidades que as esquerdas lhes dão pelos
erros que cometem do que por mérito próprio. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">9<span style="mso-bidi-font-style: italic;">. A cultura e a educação populares são uma das chaves para sustentar a
democracia e travar o avanço dos autoritarismos.</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os meios de luta mais eficazes contra o velho/novo fascismo,
o autoritarismo e o obscurantismo são a cultura e a educação. A cultura é
a prática da diversidade e da imaginação democráticas por excelência. A
educação é essencial para promover a difusão da convivência democrática e do
interconhecimento entre diferenças políticas, sociais e culturais. As
novas formas de educação política popular incluem rodas de conversa,
círculos de cidadania, universidades populares, teatro do oprimido, poesia
slam, cultura hip-hop, com vista a criar ecologias de saberes que potenciem a
participação política em que se deve plasmar a democracia participativa do
futuro: orçamentos participativos, consultas populares, conselhos sociais ou
de gestão de políticas públicas, sobretudo nas áreas da saúde e da
educação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A história do país, de tudo o que há nela de luminoso e de tenebroso, é
uma dimensão essencial da cultura e da educação. O passado foi um passado de
lutas onde houve vencedores e houve vencidos. Por razões óbvias, as classes
dominantes preferem a história dos vencedores contada pelos vencedores (seus
antecessores). As forças políticas de esquerda devem, ao contrário, promover a
divulgação da história dos vencidos contada pelos vencidos (os antecessores dos
grupos sociais que se propõem defender). Histórias plurais são as mais
eficazes para lutar contra a falsa contingência do presente e o carácter
instantâneo e sem raízes da contemporaneidade monolítica. Uma sociedade que não
conhece o seu passado está condenada a ter só o futuro dos outros. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">10. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Vivemos um período de lutas defensivas</span><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A ideologia de que não há alternativa ao capitalismo – o qual é, de
fato, uma tríade: capitalismo, colonialismo (racismo) e hétero-patriarcado (sexismo)
– acabou por ser interiorizada por muito do pensamento de esquerda. O
neoliberalismo conseguiu combinar o fim supostamente tranquilo da história com
a ideia da crise permanente (por exemplo, a crise financeira, a crise ecológica
e, mais recentemente, a crise sanitária). Por esta razão, vivemos hoje sob
o domínio do curto prazo. É preciso atender às suas exigências porque quem está
com fome ou é vítima de violência policial ou de gênero não pode esperar pelo
socialismo para comer ou ser libertado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas não se pode perder de vista o debate civilizatório que põe a questão
das lutas de médio prazo. A pandemia, ao mesmo tempo que tornou o curto prazo
em urgência máxima, criou a oportunidade para pensar que há alternativas de
vida e que, se não queremos entrar num período de pandemia intermitente, temos
de atender aos avisos que a natureza nos está a dar. Se não alterarmos os
nossos modos de produzir, de consumir e de viver, caminharemos para um inferno
pandêmico. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; mso-margin-bottom-alt: auto;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 18pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Num momento em que os fascistas estão cada vez mais perto do poder, quando
não estão já no poder, uma das lutas mais importantes é a luta pela democracia.
A democracia liberal representativa é de baixa intensidade, porque aceita ser
uma ilha relativamente democrática num arquipélago de despotismos sociais, econômicos
e culturais. Por isso, não se sabe defender eficazmente das forças
antidemocráticas. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A democracia liberal
representativa é um essencial ponto de partida, mas não pode ser o ponto de
chegada. O ponto de chegada é uma profunda articulação entre a democracia liberal,
representativa, e a democracia participativa, deliberativa. Neste momento de
lutas defensivas, é particularmente importante defender a democracia liberal,
representativa, para neutralizar os fascistas e para, a partir dela,
radicalizar a democratização da sociedade e da política</b>. As forças
políticas de esquerda devem ter isto particularmente presente porque sabem que
serão elas os primeiros alvos e as primeiras vítimas da violência
fascista. <o:p></o:p></span></p>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-92142789340825436952020-07-25T18:10:00.002-02:002022-05-26T12:47:41.150-02:00“NOM OMNE QUOD LICET HONESTUM EST” (Nem tudo que é legal é honesto)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Dpgautykis4/XxyQmslTeFI/AAAAAAAAByQ/XAYxkZvvzIkvPb-I77E1n8TQywcBgruIACLcBGAsYHQ/s1600/50763253_2044538712311504_7928079981362544640_n-002.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="259" data-original-width="208" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-Dpgautykis4/XxyQmslTeFI/AAAAAAAAByQ/XAYxkZvvzIkvPb-I77E1n8TQywcBgruIACLcBGAsYHQ/s400/50763253_2044538712311504_7928079981362544640_n-002.jpg" width="321" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Valdimiro Lustosa: "Pensemos melhor e tenhamos ação" (Foto: Facebook)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0cm;"><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><b><span face="Arial, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 14pt;">“As instituições políticas, religiosas e educativas contribuem para gerar a ideologia que confunde o interesse da classe capitalista dominante com o interesse geral”.</span></b></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Valdimiro Lustosa</b> – ex-dirigente sindical bancário, bacharel em Direito<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 14pt;">Em determinados momentos da conjuntura de um país, as instituições perdem totalmente a sua importância. Elas passam a existir somente para referendar o que os donos do poder querem. Vejamos a situação do Brasil: para que serve mesmo o legislativo? Para fazer leis, dirão os deputados e senadores. Mas, que leis? A formação da lei já vem com defeito de origem. É a elite que faz a lei. Escreve-a a seu gosto, voltada para seus principais interesses.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Para tanto, banca a eleição dos seus deputados e senadores. Por isso é que se ouve falar da bancada ruralista ou bancada do boi, da bancada evangélica ou bancada da bíblia, da bancada da bala etc. Da mesma forma, pergunta-se: para que serve o judiciário? Para julgar à luz das leis elaboradas por um legislativo corrupto e representante da elite. Ora, na realidade o judiciário serve mesmo é para referendar os interesses da burguesia. Assim também se pode dizer do mesmo papel que exercem a Polícia Federal e o Ministério Público. Todos atendem aos interesses dos homens do dinheiro.</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Quando o cidadão comum procura a justiça, ela não atende ou leva anos a fio para dizer, invariavelmente, NÃO ao pleito do suplicante. Claro que existem exceções. Há juiz e juiz ou como diz a frase: <i>ainda há juízes em Berlim</i>, frase atribuída ao moleiro que havia herdado do seu pai o moinho de vento intitulado moinho de Sans-Souci (episódio ocorrido na Prússia no Século XVIII, quando o Rei Frederico II tentou remover o moleiro das suas terras para ampliar o palácio).<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">O segmento da justiça que ainda atendia um pouco melhor os anseios do hipossuficiente era a Justiça do Trabalho, logo ajustada aos interesses do patronato (vide reforma trabalhista). É só olharmos a redução de processos demandados nos TRTs Brasil afora. Por conta disso, centenas de escritórios de advocacia trabalhista encerraram suas atividades. Quantos ficaram desempregados! E o povo o que diz de tudo isto? Nada, absolutamente nada. Por quê? No meu entendimento, vários fatores contribuem para tanto. Primeiro, a mídia alimenta o discurso do governo ao apoiar os seus projetos, a exemplo das reformas trabalhista e previdenciária, porque os jornais e TVs são pagos para isto; por outro lado, o governo usa as igrejas concedendo-lhes benefícios (isenções fiscais) para que elas defendam a política do governo.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Assim, elas avocam o nome de Deus para amortecer uma possível revolta das pessoas. E os fiéis podem até passar fome, mas não deixam de pagar o dízimo porque são iludidos pelos pregadores do evangelho que prometem o reino do céu. Uma pregação que já faz mais de 2.000 anos e ninguém conhece ninguém que tenha alcançado o reino do céu e que viesse aqui na Terra dizer como é o reino do céu aqui prometido.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">A burguesia se delicia com tudo isso. Aliás, ela nunca vem de cara limpa falar diretamente com o povão. A História demonstra que a classe poderosa nunca se apresenta de cara descoberta tal como é. Cobre-se com as bandeiras da religião ou do patriotismo. Acontece que, apenas reconhece e proclama como bom para todos, aquilo que é bom para ela. Por detrás do Estado existe toda uma malha doutrinal, de valores, mitos, instituições e outras tantas formas de iludir.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">As instituições políticas, religiosas e educativas contribuem para gerar a ideologia que confunde o interesse da classe capitalista dominante com o interesse geral, justificando as relações de classe existentes como as únicas naturais e, portanto, perpétuas e inalteráveis. Todas essas instituições se conjugam na criação de uma consciência uniforme, para conferir unidade ao pensamento burguês.</span><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Para preservar o sistema que os favorece, os ricos e poderosos investem muito na persuasão. É nesse contexto geral que intervêm nos meios de comunicação de massa e na capacidade dos pregadores do evangelho que têm um poder de persuasão muito eficiente. O governo, que é representante da burguesia, faz “dobradinha” com as igrejas e até usa o espaço físico religioso como comitê de um futuro partido político. Enquanto isso, a promessa do reino do céu continua nas pregações das igrejas. Até quando não se sabe. O reino do céu fica parecendo as tabuletas dos armazéns e bares do interior do nosso país: FIADO SÓ AMANHÃ! Haja paciência!<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Baudelaire em um dos seus textos, assim se expressou:<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-bottom: 0cm;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><br /><i><span style="background: rgb(250, 250, 250);">É preciso estar sempre embriagado. Para não sentirem o fardo incrível do tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.</span></i><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">O poeta tinha razão. Como enfrentar tamanha perversidade? Acho que temos que nos embriagar mesmo de virtude, de coragem e fazermos como fez o povo do Chile que já nos apontou o caminho. Pensemos melhor e tenhamos ação. O que estamos vendo no Brasil é algo assustador. Não sabemos quando isto terá fim. <i>Alea jacta est!</i></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></b></div><div><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><i><br /></i></span></span></div></div>jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-84770921965082110182020-07-21T18:39:00.000-02:002020-07-21T18:39:01.077-02:00“AUTORITARISMO FURTIVO” (OU “DEMOCRACIA HÍBRIDA”)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xPzfj9oMjx8/XxdRuQTaOEI/AAAAAAAABx0/KBa8wjfchkIJp19fDSx7ymARPYf-QE5oQCLcBGAsYHQ/s1600/Foto-Renato-Parada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="1200" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-xPzfj9oMjx8/XxdRuQTaOEI/AAAAAAAABx0/KBa8wjfchkIJp19fDSx7ymARPYf-QE5oQCLcBGAsYHQ/s400/Foto-Renato-Parada.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">André Singer, cientista político (Foto: da Internet)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">“É muito difícil para a sociedade perceber o que
está acontecendo, porque aparentemente as instituições estão funcionando,
existe uma fachada legal...”</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">(Meus amigos me sacaneiam porque não uso Whatsapp
e ainda uso e-mail. Mas o que eu quero mesmo é voltar a usar cartas).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Por<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">
Jadson Oliveira </b>– jornalista/blogueiro – editor deste<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Blog Evidentemente<o:p></o:p></b></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Caro
companheiro <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Lustosa</b> (Valdimiro
Lustosa, também chamado Guri),<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Há
dias tento escrever alguma coisa sobre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">‘A
tão falada democracia... uma falácia”</b>, espicaçado por seu artigo (‘reflexões’)
aqui publicado no último dia 24/junho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">(É
pena que este meu Blog Evidentemente é pouco visitado. Seu artigo teve apenas
91 acessos até hoje. Merecia mais).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Mas
esse Corona, com o flagelo do confinamento mal feito e o genocídio anunciado,
tem me deixado de saco cheio e me tirado a parca inspiração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">A
verdade é que sempre tive pouca consideração pela tal da democracia. Um
substantivo difícil de digerir. Me falta sempre um adjetivo para temperá-la.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Nos
velhos tempos de militante comunista, era mais fácil. A gente tascava logo a
“democracia burguesa” e estava consumada a condenação perpétua à dita cuja.
Navegávamos em ilusões, utopias, escudando-nos nas certezas com as quais a
juventude nos brindava. Éramos militantes, otimistas, mais alegres e mais
felizes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Agora,
em se falando de Brasil, já entrando no declinar do lavajatismo – arrastando
para a lama da história o bolsonarismo, seu filho dileto -, continuamos a nos
debater em busca dum adjetivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Às
vezes, também, dum substantivo: é o caso da mídia hegemônica (monopólios
tradicionais dos meios de comunicação, Globo & Cia). Para eles, os
monopólios, é mais simples: se os governantes são contra o império
estadunidense, trata-se duma ditadura. Estão aí Venezuela, Cuba, Irã, China,
Coreia do Norte; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Se
são alinhados com o império, trata-se duma democracia: Brasil, Israel,
Colômbia, Arábia Saudita, pra não falar no próprio Estados Unidos, “a maior (ou
melhor?) democracia do mundo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">RESSURGE A DEMOCRACIA: manchete de O Globo
anunciando a vitória do golpe de 1964 <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Há
ainda fascismo, viés fascista, autoritarismo, neoliberalismo, liberal fascista.
Uns tresloucados por aí (extrema-direita, terraplanistas?) ainda falam,
atualmente, no Brasil, da existência de comunismo no Estado brasileiro
(certamente implantado ou incrementado pelo petismo). Santa ignorância! nesses
tempos de notícias mentirosas aos milhões, instantâneas (fake news).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">E
mais: a conexão com o capitalismo. Você mesmo, companheiro,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no seu artigo referido acima, destaca “os
escandalosos lucros dos bancos brasileiros ou dos estrangeiros que operam no
Brasil”, ao falar da nossa cruel realidade marcada pela desigualdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Destaca
ainda no seu segundo artigo aqui postado no último dia 13 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">‘A ironia da Folha de S.Paulo’</b> -, ao se
referir à Revolução Francesa. Você lembra que o “Terceiro Estado (a plebe), que
era a maioria, sustentava os outros dois” (o primeiro e o segundo – o clero
católico e a nobreza, respectivamente). “Assim é o capitalismo”, arremata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Tal
conexão está também em comentários de companheiros nossos/leitores do blog: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Osvaldo Laranjeira</b>:</span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;"> “Como alguém disse: "precisamos desmistificar um
caminhão de ilusões da democracia capitalista". Creio que o problema está
no adjetivo "capitalista". Pois enquanto o capitalismo vigorar jamais
teremos uma democracia participativa e que mereça a velha formulação: do povo,
pelo povo e para o povo. Também nunca veremos o tal Estado democrático de
direito”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Irenio
Viana</span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">: “A democracia, verdadeiramente, é
uma falácia mesmo, é a moneycracia”; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Rubia
Oliveira</b>: “Democracia SÓ para os ricos. Pobre só tem O VOTO, mesmo assim,
ERROU feio”; e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Téo Chaves</b> observa
que “a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">democracia</i> está submissa às
armas, à ignorância, à desigualdade...”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR;">Isso bate com uma reflexão que sempre
me ocorre: não seria mais justo, mais esclarecedor, se ressaltar a vigência do
sistema capitalista, ao invés do desgastado sistema democrático? Lembremos da
memorável manchete do jornal O Globo, logo após o golpe militar de 31 de março
de 1964: RESSURGE A DEMOCRACIA (foi dia 1º de abril ou 2 de abril?). </span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Mas,
porém, todavia, companheiro Lustosa, volto aos adjetivos. (Não esquecer que,
oficialmente, vivemos na chamada “democracia representativa”, doente terminal
há décadas. Característica central: os eleitores votam e escolhem seus
representantes de quatro em quatro anos. E adeus: na próxima eleição, nos vemos
novamente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Confesso
ter uma simpatia especial pela chamada “democracia participativa” (ou “direta” –
alô, companheiro Laranjeira). Conheci-a, um pouco, nas duas temporadas que
passei em Caracas, 2008 (três meses) e 2012 (cinco meses): eleição todos os
anos, dispositivo constitucional revogatório de mandato presidencial, povo nas
ruas permanentemente, milícias populares, comunas populares, mídia
contra-hegemônica a todo vapor contra os monopólios privados de comunicação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Autoritarismo incremental, aplicado por dentro
das leis e conduzido por líderes democraticamente eleitos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Centrando
na conjuntura atual brasileira: golpe contra Dilma, governos Temer/Bolsonaro e,
principal, descalabro<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>resultante do
genocídio sanitário e da crise econômica e política. Com o agravante:
incapacidade da esquerda (ou centro-esquerda) – baleada pela campanha do
suposto combate à corrupção - de interagir com as massas populares. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">O
sociólogo português Boaventura de Sousa Santos cunhou uma conceituação que,
pelo que entendi, é bem esclarecedora para nossos dias: “democracia híbrida”. É
uma meia democracia e meia ditadura. Com as características da alternativa
abaixo, acho que dá pra entender (queria deixar um link aqui, mas não consegui
localizar pelo Google. Vale a pena ler).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">Outra,
que achei espetacular, é dum grupo de estudiosos brasileiros, conforme um
deles, o cientista político André Singer. Chama-se “autoritarismo furtivo”.
Segue o resumo do próprio Singer (baseado em postagem do site Brasil247):<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">1 – “O autoritarismo furtivo é incremental, ele
vai se dando continuamente, pouco a pouco. Todos os dias o Poder Executivo vai
tentando alargar seus poderes e suprimir os contrapoderes. Vai tentando se
sobrepor até o momento em que você imperceptivelmente cai em uma ditadura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">2 - A segunda característica é que ele
justamente se dá por dentro das leis, não rompendo com as leis. Um exemplo bem
fácil para nós aqui no Brasil é o impeachment da ex-presidente Dilma, porque
eles usaram uma brecha que existia dentro das leis. O que esse processo gerou
foi uma ruptura de democracia por dentro das leis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">3 - A terceira característica é que esse
processo de autoritarismo furtivo é conduzido por líderes democraticamente
eleitos, então não vem com uma força de fora do sistema político, como as
Forças Armadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">O resultado é que é muito difícil para a
sociedade perceber o que está acontecendo, porque aparentemente as instituições
estão funcionando, existe uma fachada legal, uma fachada de normalidade que é
feita de propósito”.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: Calibri;">É
isso aí, Lustosinha, um forte abraço. Espero ajudar no seu esforço de reflexão.
Agradeço por manter respirando este meu blog nesse malfadado confinamento. O
qual, infelizmente, deve romper no tempo, pois o tal do distanciamento social
segue capenga, sob os auspícios do (des)governo Bolsonaro/Guedes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-15898300726901402562020-07-13T23:50:00.000-02:002020-07-13T23:50:08.428-02:00A IRONIA DA FOLHA DE S.PAULO<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-soPwYYsTurA/Xw0ObOJZU_I/AAAAAAAABxQ/BArein6YITwArcOQ50KoFfYFtfKIeYX-ACLcBGAsYHQ/s1600/OIP%2B%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="269" height="267" src="https://1.bp.blogspot.com/-soPwYYsTurA/Xw0ObOJZU_I/AAAAAAAABxQ/BArein6YITwArcOQ50KoFfYFtfKIeYX-ACLcBGAsYHQ/s400/OIP%2B%25281%2529.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jair Bolsonaro: eleito com a ajuda da chamada grande imprensa (Foto: Internet)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Usar amarelo em nome da
democracia é mais uma manobra da elite para que o povo possa esquecer o apoio
maciço que a imprensa brasileira deu a Jair Bolsonaro em 2018.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Por<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Valdimiro Lustosa </b>– ex-dirigente sindical, bacharel em Direito<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br />
</span></i></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Há poucos dias li nas páginas do jornal da família Frias, o
chamamento apelativo: “Use amarelo pela democracia”! Seria uma réplica do
movimento das diretas já de 1983/1984? Seja como for, sabemos que a Folha de S.Paulo,
até mesmo nas diretas já só veio a se manifestar a favor quando o movimento já
estava forte. Até lá o jornal ficou omisso. Quando viu que a onda era crescente
não hesitou e apoiou. Oportunismo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br />
</span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Agora, decorridos 36 anos, vem com a campanha do “Use amarelo
pela democracia”! Cheira à ironia. Um jornal que apoiou o golpe de 1964,
compactuou com o regime militar, fez campanha cerrada para a derrubada da
presidente Dilma Rousseff, foi linha de frente na campanha de Bolsonaro contra
Haddad e agora, porque a maré não lhe está sendo favorável, deita falação contra
o presidente, deixando a entender que foi enganado e que não era isto que
esperava da sua política econômico-social. A imprensa brasileira sempre agiu
assim. Sabia perfeitamente, quem era Bolsonaro, mas por ódio, por capricho ou
por interesses outros, apoiou o modelo que está aí.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br />
</span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Usar amarelo em nome da democracia é mais uma manobra da
elite para que o povo possa esquecer o apoio maciço que a imprensa brasileira
deu a Jair Bolsonaro em 2018. A imprensa que sempre defendeu os projetos da
burguesia quer vestir o povo de amarelo com um novo slogan: “Um jornal a
serviço da democracia”. Em 1961 o slogan era “Um jornal a serviço do Brasil”.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br />
</span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A elite que depôs Dilma Rousseff do poder em 2016 foi quem
colocou o Bolsonaro na presidência com o apoio irrestrito da mídia. Todos se
lembram do pato amarelo da FIESP, órgão ultrarreacionário que patrocinou as
campanhas do desmonte da CLT que albergava direitos dos trabalhadores,
retirando praticamente todos os direitos trabalhistas, bem como apoiou
firmemente a reforma da previdência que restringiu o direito de aposentadoria.
Ora, depois de tanta perversidade, veste-se de amarelo para enganar os
incautos, pregando um nacionalismo manjado. Que nacionalismo é este que entrega
de mão beijada as empresas nacionais, que queima a floresta amazônica para
vender madeira e plantar capim para criar gado? Ora, quem comprou seu carvão
molhado que o abane! Eu não comungo desse tipo de nacionalismo. Nacionalismo na
essência seria preservar nossas riquezas, investir em pesquisas científicas, na
educação, na geração de empregos para o nosso povo, não essa manobra
oportunista das cores nacionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br />
</span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">A mesma mídia que critica OPORTUNISTICAMENTE, o governo
Bolsonaro é a mesma que apoia as reformas trabalhista e previdenciária; que apoia
a política de desmonte da riqueza nacional com a venda, ou melhor, com a
entrega das nossas empresas ao capital estrangeiro a preço de banana. Uma
lástima! Conclamar o povo para vestir amarelo e liderar um futuro governo sem a
participação popular. Esse é o projeto. Já assisti a esse filme. A campanha das
diretas já gorou! O que sobrou para o povo? Nem o bagaço da laranja. Não entro
mais nessa. Os tempos são outros, mas parece que ainda continuamos iludidos.
Qualquer mudança na política institucional do país só beneficia a classe
dominante que, em associação com as igrejas, espolia os trabalhadores. Seria
muito bacana se o povo entendesse essas manobras para, no momento certo, dar o
troco, votando em seus verdadeiros representantes e não nos representantes dos
segmentos burgueses da sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br />
</span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Se tomarmos como exemplo a Revolução Francesa, estribada no
lema “Liberté, Égalité, Fraternité”, podemos ver que sempre a plebe fica a ver
navios, ou seja, na hora da luta, a massa vai à frente, mas na hora de repartir
os benefícios... Na França foram criados três estados: o Primeiro Estado
representado pelo clero e câmaras diocesanas; o Segundo Estado representado
pela nobreza; o Terceiro Estado era, conforme Eric Hobsbaum, representado por
uma entidade fictícia destinada a todos os que NÃO eram nobres e nem membros do
clero, ou seja, a plebe. O Terceiro Estado, que era a maioria, sustentava os
outros dois! Assim é o capitalismo. O Primeiro Estado e o Segundo Estado não
pagavam impostos e tinham uma série de privilégios, enquanto a plebe tinha que
se virar para ter seus representantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br />
</span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Assim é como tudo funciona no capitalismo. Há pouco tempo
quiseram destruir o Partido dos Trabalhadores. A elite não aceita de jeito
nenhum que os trabalhadores tenham seus representantes, mas ela banca a
campanha dos seus parlamentares para fazerem leis que atendam os seus desejos.
Desta forma a burguesia se perpetua no comando das nações, seja aqui, ali,
alhures, sempre foi assim, até um dia, até talvez, até quem sabe.<o:p></o:p></span></div>
<br />jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-15548429170599359962020-06-24T13:39:00.000-02:002020-06-24T13:39:16.082-02:00A TÃO FALADA DEMOCRACIA... UMA FALÁCIA!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-zitAp6upq5E/XvNzAD4gXPI/AAAAAAAABwk/OBYhZ8amPQgANgLJcB6k36pEa_gpMX1TACLcBGAsYHQ/s1600/50763253_2044538712311504_7928079981362544640_n-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="321" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-zitAp6upq5E/XvNzAD4gXPI/AAAAAAAABwk/OBYhZ8amPQgANgLJcB6k36pEa_gpMX1TACLcBGAsYHQ/s400/50763253_2044538712311504_7928079981362544640_n-001.jpg" width="327" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Valdimiro Lustosa (Foto: da página do autor no Facebook)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Era de se esperar um mundo mais humano em busca do bem-estar
social, da harmonia entre os povos, de uma distribuição de renda menos
perversa, em busca de dias mais felizes.” (Como brinde, ‘Números’, uma preciosidade
do poeta italiano Trilussa)</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">REFLEXÕES</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--></span></b><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Valdimiro Lustosa </b>–
ex-dirigente sindical, bacharel em Direito (título principal e destaque acima
são da edição deste blog)</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
<span style="background: white;">Tenho aproveitado o período de isolamento social
para me dedicar um pouco à leitura e fazer reflexões sobre o momento da
pandemia e o momento político brasileiro. Assim, deparei-me com textos altamente
esclarecedores, dignos de análises profundas do porquê estamos passando por
momentos tão cruéis. Não que em outras eras o mundo tenha sido uma maravilha.
Em absoluto. Vivemos momentos tão desastrosos com guerras, crises, escravidão
etc. Todavia estamos no Século XXI e parece que ainda não saímos do Século
XIX. Era de se esperar um mundo mais humano em busca do bem-estar social,
da harmonia entre os povos, de uma distribuição de renda menos perversa, em
busca de dias mais felizes. No entanto o que vemos é a correria pela
maximização do lucro (vide os escandalosos lucros dos bancos brasileiros ou dos
estrangeiros que operam no Brasil). Os trabalhadores perderam seus direitos que
foram arrancados por uma LEI CRIADA para, segundo os magnatas do poder, gerar mais
empregos. O que vimos e estamos a assistir é um verdadeiro massacre com perdas
de empregos que já somam no momento mais de 24 milhões de pessoas
desempregadas. Que reforma é esta?!! O que vimos foi a destruição da
previdência para ninguém poder se aposentar como antes. Depois falam em
DEMOCRACIA. É UMA FALÁCIA! Aliás, sobre o tema democracia, gostaria de falar
a <i>posteriori.</i> Vendem-se as empresas brasileiras e assim não
teremos mais empregos. Esta é a proposta dos homens do dinheiro que bancam candidaturas
e têm seus representantes no Congresso Nacional para elaboração de leis que
interessem somente a eles. Pedem e pregam o NEOLIBERALISMO, ou seja, o Estado
deve ficar fora das decisões econômicas, contudo, quando há uma crise como a
que estamos passando e que afeta em cheio a economia notadamente, as pequenas
empresas e os mais pobres, a burguesia não contribui com um real para salvar os
mais necessitados. Todos esperam e cobram do governo. Neste momento ninguém
quer ser liberal!</span><br />
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white;">O que é a
liberdade</span></b><span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
<span style="background: white;">Nas democracias o povo parece fazer o que quer,
mas a liberdade política não consiste nisso. Num Estado, isto é, numa sociedade
em que há leis, a liberdade não pode consistir senão em poder fazer o que se
deve querer e em não ser constrangido a fazer o que não se deve desejar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Deve-se ter em mente o que é
independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que
as leis permitem: se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não
teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
<br />
<b><span style="background: white;">Os versos de Trilussa<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
<i><span style="background: white;">Trilussa, poeta italiano cujo verdadeiro nome
era Carlo Alberto Salustri, viveu no tempo de Mussolini e ousou escrever
fábulas criticando ferinamente o regime fascista. Segundo Paulo Duarte,
tradutor de sua obra, Trilussa reuniu cinquenta poemas em Libro muto (Livro
mudo), cuja edição logo se esgotou: “O fascismo, como sempre acontece em
momentos tais, só descobriu que o Livro mudo era um protesto violento
escarnecedor e mordente quando o livro já estava na rua”. Mas também explica
que Mussolini, no seu tempo de socialismo e boêmia, foi amigo de Trilussa, o
que talvez justifique sua complacência com o poeta. Se bem que não se pode
negar um certo oportunismo perante tão ilustre personalidade, famosa no mundo
inteiro. Quando um escritor perguntou a Mussolini a respeito da censura
rigorosa que fazia calar toda crítica, ele teria retrucado: “Abolição da
liberdade? E Trilussa?...”<o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
<span style="background: white;"> <b>Números</b></span><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Eu valho muito pouco, sou
sincero,</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br />
<span style="background: white;">Dizia o Um ao Zero,</span><br />
<span style="background: white;">No entanto, quanto vales tu? Na prática</span><br />
<span style="background: white;">És tão vazio e inconcludente</span><br />
<span style="background: white;">Quanto na matemática.</span><br />
<span style="background: white;">Ao passo que eu, se me coloco à frente</span><br />
<span style="background: white;">De cinco zeros bem iguais</span><br />
<span style="background: white;">A ti, sabes acaso quanto fico?</span><br />
<span style="background: white;">Cem mil, meu caro, nem um tico</span><br />
<span style="background: white;">A menos nem um tico a mais,</span><br />
<span style="background: white;">Questão de número. Aliás é aquilo</span><br />
<span style="background: white;">Que sucede com todo ditador</span><br />
<span style="background: white;">Que cresce em importância e em valor</span><br />
<span style="background: white;">Quanto mais são os zeros a segui-lo.</span><o:p></o:p></span></div>
<br />jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-25557860102408974062020-05-29T23:45:00.000-02:002020-05-29T23:45:26.205-02:00“VOU SER FUZILADO DAQUI A POUCO (...) NÃO QUERO QUE O FRIO ME FAÇA TREMER”<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-lhfLDTR65XI/XtG5cVt_6gI/AAAAAAAABvk/El2g54rrzEEKvICbwz2lwhQZb4Ie9cliwCLcBGAsYHQ/s1600/soldados-da-unidade-einsatzgruppen-durante-execuc3a7c3a3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="424" data-original-width="429" height="395" src="https://1.bp.blogspot.com/-lhfLDTR65XI/XtG5cVt_6gI/AAAAAAAABvk/El2g54rrzEEKvICbwz2lwhQZb4Ie9cliwCLcBGAsYHQ/s400/soldados-da-unidade-einsatzgruppen-durante-execuc3a7c3a3o.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A execução aí na foto (da Internet) não tem relação com a da carta abaixo</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">“Assumi meu lugar no Exército de
Libertação, e morro quando a luz da vitória já começa a brilhar”.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Spartaco
Fontanot</b> – soldado voluntário da luta antifascista na França ocupada durante
a Segunda Guerra Mundial.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“Querida
mamãe: De todas as pessoas que conheço, a senhora é a única que vai sentir
mais, por isso meus pensamentos são para a senhora. Não culpe ninguém mais por
minha morte, porque eu mesmo escolhi minha sorte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Não
sei como lhe escrever, porque, mesmo tendo a cabeça clara, não consigo
encontrar as palavras certas. Assumi meu lugar no Exército de Libertação, e
morro quando a luz da vitória já começa a brilhar (...) Vou ser fuzilado daqui
a pouco com 23 outros camaradas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Depois
da guerra a senhora deve exigir seus direitos a uma pensão. Eles lhe entregarão
minhas coisas na prisão, só que estou ficando com o colete de papai, porque não
quero que o frio me faça tremer (...) Mais uma vez, digo adeus. Coragem!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Seu
filho,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Spartaco”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Spartaco Fontanot, metalúrgico, 22 anos,
membro do grupo resistente de Misak Manouchian, 1944, in Lettere (1954, p.306)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">PS: Transcrito do livro ‘Era dos
Extremos – O breve século XX – 1914-1991’, autor Eric Hobsbawm, página 144,
editora Companhia das Letras. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Conforme pesquisa na Internet, Spartaco
Fontanot nasceu na Itália em 1922 e foi fuzilado no Forte Mont-Valérien, na
França, em fevereiro de 1944, quando a Segunda Guerra Mundial estava chegando
ao fim. Participava como voluntário da resistência contra o fascismo/nazismo na
França ocupada.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 7.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 15.0pt; mso-outline-level: 3;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Misak (ou Missak, como encontrei na
Internet) Manouchian, o nome do grupo de resistência, foi um poeta e militante
comunista do povo armênio, nascido na Turquia.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1071907018403174010.post-18160741941325278542020-04-06T14:24:00.000-02:002020-04-06T14:24:23.774-02:00“HERÓI NÃO É SOMENTE AQUELE QUE DERRAMA SEU SANGUE NO CAMPO DE BATALHA”<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-PByN6QjevNE/XotTMHM_TCI/AAAAAAAABtY/4Le5RoIrOowcY5Pk-IKV1ah5MbNkDA5rQCLcBGAsYHQ/s1600/Ponte%2BNova%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1200" height="480" src="https://1.bp.blogspot.com/-PByN6QjevNE/XotTMHM_TCI/AAAAAAAABtY/4Le5RoIrOowcY5Pk-IKV1ah5MbNkDA5rQCLcBGAsYHQ/s640/Ponte%2BNova%2B1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: da Internet)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A década de 1950 não sai da memória daquele menino.
Nem os “intelectuais” que faziam sua cabeça, a partir dos ensinamentos do
Instituto Ponte Nova: Raimundo Viana, Jeová Queiroz e outros e outras.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por <b>Jadson Oliveira </b>(jornalista/blogueiro)
– editor deste<b> Blog Evidentemente<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eram os nossos
intelectuais. Para os que ficavam na terra, pobres mortais! e os viam ora
partir ora chegar, sentados nos bancos do caminhão pau de arara, rapazes e
moças cheios de juventude e beleza, cantando canções alegres, boleros – “eu
também me perdi, vou vagando passo a passo, na esperança de um dia encontrar
uma nova ilusão...” -, restava uma pontinha de inveja. Será que um dia também
chego lá?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Eram um rasgo de alegria
e futuro. Estudar no Instituto Ponte Nova (na hoje cidade de Wagner), lá pela
década de 1950, era o grande sonho da classe média e elite de Seabra – então
uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cidadezinha, hoje pomposamente
chamada “a capital da Chapada”. De Seabra e também de muitas outras cidades da
região e até de mais longe, até de Santa Maria da Vitória, lá no Sudoeste do
estado – que o diga nosso companheiro Valdimiro Lustosa Soares, o popular Guri,
que lá estudou e depois foi pra Lençóis estudar (e jogar bola).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não sei se soa muito
grandiloquente chamá-los de intelectuais. Na nossa cabeça, dos pobres mortais,
eram sim, enchiam nossos olhos, corações e mentes. Não quero nem falar nos
talvez (na minha cabeça) mais proeminentes: Ivan e Iovane, dos Oliveira dos Fabrício.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Guardei na memória a bela
frase que dá título a esta crônica: “Herói não é somente aquele que derrama seu
sangue no campo de batalha”. Foi a abertura dum discurso de Raimundo Viana, de
Iraquara, então estudante de Ponte Nova, filho de seo Zezinho e dona Guió, neto
do velho Honório e dona Pianga, sobrinho de Prisa, irmão de Rui e Reinaldo (doutor
Reinaldo), além de outros e outras mais.<o:p></o:p></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-3jAVL-hH_90/XotUMWCVOeI/AAAAAAAABtk/P7TinArit2Q9HvHIdn-diEOHwm9DWbH8wCLcBGAsYHQ/s1600/Raimundo%2BViana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1007" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-3jAVL-hH_90/XotUMWCVOeI/AAAAAAAABtk/P7TinArit2Q9HvHIdn-diEOHwm9DWbH8wCLcBGAsYHQ/s400/Raimundo%2BViana.jpg" width="313" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Raimundo Viana, na faixa dos 50 anos, com sua mãe Dona Guió (Guiomar Azevedo) (Foto: do arquivo de familiares)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O aluno Raimundo Viana
discursava numa solenidade em Seabra (certamente relacionada com alguma
homenagem ao Instituto Ponte Nova), no prédio principal da cidade de então
(hoje, creio, é sede do gabinete do prefeito). Ele fazia o elogio ao chefe da
missão presbiteriana estadunidense (Dr. Baker? Fundação Baker?), dirigente da
instituição mantenedora do Instituto (me parece que o tradicional Colégio 2 de
Julho, hoje Faculdade, em Salvador, também foi cria dos mesmos presbiterianos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O contexto da frase de
Raimundo é óbvio: herói era também o missionário, que não derramou o sangue
numa guerra, mas desbravou os rincões sertanejos da Bahia para implantar uma
escola que traria a luz da educação para os baianos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Outro dos que chamo
intelectuais: Jeová Queiroz (filho de seo Franklin e dona Donana, irmão do nego
Robério e da professora Marilande, além de outros e outras mais).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tão “intelectual” que,
certa vez, sentado no batente do bar de Osvaldo Sales (o mais importante da
cidadezinha), com uma rapaziada de nós, pobres mortais, caiu na temeridade de
usar o termo “contusão” durante trivial papo sobre um jogador machucado durante
algum jogo (certamente do Flamengo ou Vasco, times pelos quais a rapaziada
torcia, graças às emissoras de rádio do Rio de Janeiro, nossos únicos meios de
comunicação de massa: Mayrink Veiga, Nacional e Globo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Contusão?! – espantamos
nós. Todos na roda desconheciam tal palavra. O nosso amigo, apesar da áurea de
estudante de Ponte Nova, devia estar equivocado: não seria “confusão”? Confusão!
- não tem nada a ver, o jogador está contundido, explicou Jeová meio perplexo.
Mas, diante da incredulidade geral, desistiu. Fez uma cara assim como pensando
(sem falar): “São uns bocós, imbecis...” (ou coisa parecida).<o:p></o:p></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Xkx7rZm1BTE/XotV-9S6QPI/AAAAAAAABuA/4yTGgEzoCC8wORC9T1il8KDs1cODPDpOwCLcBGAsYHQ/s1600/Jeov%25C3%25A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="469" data-original-width="496" height="377" src="https://1.bp.blogspot.com/-Xkx7rZm1BTE/XotV-9S6QPI/AAAAAAAABuA/4yTGgEzoCC8wORC9T1il8KDs1cODPDpOwCLcBGAsYHQ/s400/Jeov%25C3%25A1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jeová Queiroz, já com 68/69 anos, na praia de Porto de Galinhas (Pernambuco) (Foto: do arquivo de familiares)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi Jeová que, certa vez,
me revelou a existência dum troço importante do organismo humano: o sistema
imunológico. Me disse que era bom a gente usar uma pomada, por exemplo, quando
tinha algum ferimento, porque iria fortalecer o “exército” de defensores do
corpo. Eu achei uma novidade simplesmente espetacular. (O assunto foi
badaladíssimo quando do auge do HIV e volta à berlinda agora nestes tempos do
coronavírus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi Jeová, também, que
ensinou a mim e a meu irmão um pouco mais velho (Stimison) a jogar futebol de
salão. Com uma particularidade: a gente achava que Jeová, com aquela cara
de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>gozador, estava nos enrolando e nunca
conseguiríamos ganhar dele, pois a todo momento, a depender do lance do jogo,
ele “inventava” uma regra que o favorecia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Já falei em outras
crônicas sobre Ponte Nova (lembranças da década de 1950) e tenho muito a falar
ainda. Por enquanto, registro logo que o Ginásio Municipal de Seabra, que
começou a funcionar em 1958, foi uma consequência, mais ou menos natural, da
existência do Instituto Ponte Nova.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É bastante lembrar as primeiras
(e queridas) professoras (e um querido professor) que iniciaram o ginásio,
todas saídas de Ponte Nova: Marilande Queiroz (diretora), Darcy Queiroz
(secretária), Iovane Oliveira (professor de Matemática), Dilcinha Abreu
(Português), Nog Sena (Francês), Zenilde Moreira (Geografia). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Será que esqueci alguém
deste grande time?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">PS: O Instituto Ponte Nova foi criado por
presbiterianos dos Estados Unidos, em 1906, na hoje cidade de Wagner, a 390
quilômetros de Salvador (era Itacira, distrito de Lençóis). Além dos serviços
prestados à educação, em especial na região da Chapada, teve papel relevante na
área da saúde (a missão incluía um hospital). Teve influência também na cultura:
além do aparecimento dos “protestantes” (ou “crentes”), lembro, por exemplo,
com certa nostalgia, que a gente jogava beisebol.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apesar de ter ficado na minha memória o nome “Dr.
Baker”, vi no Wikipédia que o missionário presbiteriano norte-americano
chamava-se William Alfred Waddell. Ainda segundo o Wikipédia, a escola foi
subsidiada pelos estadunidenses até 1971.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pela década de 1950, época de minhas recordações, o
diretor do Instituto era “doutor Jaime”, como era conhecido entre nós. Trata-se
do pastor presbiteriano Jaime Wright, que tornou-se conhecido nacionalmente como
defensor dos direitos humanos. Nos anos 1970/1980, colaborou com a equipe do
arcebispo Dom Evaristo Arns na feitura do dossiê sobre os crimes da ditadura militar (tortura
e assassinato de oposicionistas), trabalho que resultou no livro ‘Brasil: Nunca
Mais’. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O “professor Jairo” (de Educação Física) era muito badalado
pelos estudantes por ser o organizador do time de futebol do colégio. Um time
respeitadíssimo na região. Havia inclusive um craque famosíssimo chamado Pedro
Hora, o qual, na sua opinião, jogava mais do que Pelé. “Não é brincadeira,
não”, me advertiu ele próprio um dia, muito seriamente (isso é tema para outra
crônica).<o:p></o:p></span></i></div>
<br />jadson oliveirahttp://www.blogger.com/profile/14386408224346806711noreply@blogger.com5